O DESMANTELADOR
Enquanto, às segundas, quartas e sextas, propõe pactos ao PS, às terças, quintas e sábados, Luís Filipe Menezes tenta desesperadamente fazer ou dizer alguma coisa que o distinga de Sócrates.
A tarefa já seria hercúlea para um homem só, quanto mais para um homem só e mal acompanhado, pelo que Menezes contratou uma empresa de comunicação para lhe ir dando dicas.
Ora, a principal dica que parece ter recebido até hoje é a de que, quando Sócrates diz mata!, Menezes deve dizer esfola!.
Sócrates despede?, privatiza?, liberaliza?
Menezes não se fica em meia dúzia de meses, desmantelará o Estado que oprime as pessoas.
Além de liberalizar a legislação laboral, porá o Estado fora do ambiente, das comunicações, dos transportes, dos portos e acabará com o que chama de monopólio (supõe-se que do Estado) na saúde, na educação e na segurança social.
Até as prestações sociais serão contratualizadas com privados e teremos, assim, os privados a despedir por conta da liberalização da legislação laboral e, depois, a pagar subsídios de desemprego por conta do Estado, ficando com uns trocos pelo incómodo.
Tudo em meia dúzia de meses é obra.
Mas não subestimemos Menezes, que, em metade desse tempo, já desmantelou o que sobrava da credibilidade do PSD.
M.A.P.
Ora, a principal dica que parece ter recebido até hoje é a de que, quando Sócrates diz mata!, Menezes deve dizer esfola!.
Sócrates despede?, privatiza?, liberaliza?
Menezes não se fica em meia dúzia de meses, desmantelará o Estado que oprime as pessoas.
Além de liberalizar a legislação laboral, porá o Estado fora do ambiente, das comunicações, dos transportes, dos portos e acabará com o que chama de monopólio (supõe-se que do Estado) na saúde, na educação e na segurança social.
Até as prestações sociais serão contratualizadas com privados e teremos, assim, os privados a despedir por conta da liberalização da legislação laboral e, depois, a pagar subsídios de desemprego por conta do Estado, ficando com uns trocos pelo incómodo.
Tudo em meia dúzia de meses é obra.
Mas não subestimemos Menezes, que, em metade desse tempo, já desmantelou o que sobrava da credibilidade do PSD.
M.A.P.
Etiquetas: José Sócrates, Luís Filipe Meneses, Partido Social Democrata, Partido Socialista
3 Comments:
«O líder social-democrata, Luís Filipe Meneses, promete fazer uma “aposta radical” de, em «”meia dúzia de meses, desmantelar de vez o enorme peso de o Estado tem e que oprime as pessoas”. Na entrevista dada ao Expresso, Luís Filipe Menezes reitera a sua proposta de reduzir o peso do Estado, prometendo que, se ganhar as eleições legislativas em 2009, irá “liberalizar a legislação laboral”, argumentando que não é possível ter o “melhor de dois mundos”. Volta a defender privatizações nas áreas do ambiente, comunicações, transportes e portos e na saúde, educação e segurança social, Luís Filipe Menezes insiste na proposta de pôr fim ao “monopólio” do Estado, preconizando a contratualização com os privados. “A única maneira de salvar o Estado Social é acabar com o tabu de que o Estado deve ser o único a prestar serviços”, salienta.»
Alguém sabe o número da emergência para doentes mentais? É que convinha que o fossem buscar e o internassem na ala dos loucos furiosos. Falando um pouco mais a sério, este Luís Filipe Meneses é um verdadeiro cata-vento. Quando chegou à liderança do PSD acabou a defender aquilo que criticava ao Pequeno Mendes, parecia que ia adoptar um discurso que tentasse ultrapassar o PS pela sua esquerda, para acabar agora num discurso que nem a própria direita mais radical tem coragem de fazer. Como ideologicamente esta nunca foi a posição do PSD, nem do próprio Menezes, isto só mostra que quem faz a politica actual, quem decide que propostas fazer e quais a leis que este pais deve ter, deixaram de ser os partidos para serem as “Empresas de Comunicação e imagem” que os aconselham. Muito provavelmente foi este o discurso que lhe optaram na altura em que decidiram que teria de passar a deslocar-se num carro preto de luxo e ser acompanhado por vários “Men in Blacks”. Já nem sequer somos governados por ideais ou ideias, mas por imagens e mentiras. Quanto ás ideias defendidas pelo Luís Filipe Menezes, nada mais são que o vomitar de todas as ideais e conceitos do liberalismo capitalista, do fim dos direitos e do estado, passando todo o poder para a lei da força e do capital. O regresso ao obscurantismo de uma idade média, ao tempo do feudalismo, dos Senhores e dos servos. Do seu poleiro certamente que os Bildeberguianos aplaudiram as ideias, falta saber se também ficaram satisfeitos com o “timing” em que foram feitas.
«Para ajudar na reestruturação interna, o PSD oficializa a 2 de Janeiro de 2008 a sua relação com a agência de comunicação Cunha Vaz & Associados. A partir dessa data os sociais-democratas terão três direcções de serviço e dois gabinetes, um de informática e outro de comunicação, no qual a agência trabalhará de forma integrada, isto é, incluindo o grupo parlamentar. Tudo no âmbito da reforma interna de funcionamento do partido. Quem o diz é José Ribau Esteves, secretário-geral do partido.»
No:Correio da Manhã
O PSD está a ser transformado num misto entre uma direcção-geral e uma empresa de comunicação.
Pergunte-se ao Ribau a quem vai mandar a factura mensal da Cunha Vaz.
Caricatura: a actual direcção do PSD. O PSD está transformado numa caricatura de oposição, pronto a aceitar as migalhas do poder em troca de ilusões. O partido precisará, em 2008, de uma qualquer coisa extraordinária para varrer a mediocridade instalada, tão bem representada no mais recente porta-voz, o sr. Gomes da Silva. Cavaco parte para a mensagem de ano novo com Faria de Oliveira no sapatinho, por troca com Santos Ferreira no banco do Estado. Toma lá, dá cá. Não convém que o derradeiro reduto contra o absolutismo em vigor se deixe embalar pelo canto da sereia. Pior que o canto, porém, é o silêncio mortífero das sereias, como lembrava Kafka, esse sombrio descodificador dos tempos. Haverá um momento em que Cavaco, liberto do estigma da habitual reeleição majestática, falará. Ainda não será na terça-feira
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