FUMAR...
Por enquanto só há leis a proibir fumar.
Mas com o andar dos tempos haverá leis que tornam obrigatório não fumar.
Declaração de interesses – Estou à vontade para falar do assunto: deixei de fumar sem imposição, sem ajuda e sem drama, há coisa de ano e meio.
Para além do que ganhei em matéria de respiração e de paladar, conquistei o direito de utilizar o Metropolitano de Lisboa.
Não sei se já repararam mas o Metro de Lisboa não tem avisos afixados a dizer que é proibido fumar.
Os avisos afixados dizem que o Metro é para não fumadores.
Num país civilizado o Metro já teria engolido a discriminação.
O proibido como o obrigatório são em Portugal tiques próprios do poder.
Não há maneira mais eficaz de exibir o poder que através de proibições e obrigações.
Em Portugal, onde a educação, as boas maneiras e a sã convivência são tretas, não se chama a atenção dos outros para que cumpram os deveres cívicos e, por exemplo, não despejem desperdícios no quintal do vizinho. Planta-se uma estaca e uma tabuleta que decreta: É proibido vazar entulho. Ou até mesmo bazar intulho, mais à medida do sucesso escolar do País.
Entrou agora em vigor a proibição de fumar em locais públicos o que fia mais fino.
A cruzada antitabagista tem inspiração no país mais poluidor do mundo, e nas respectivas seguradoras, e já se escreveu que se destinava a exibir a força capaz de cortar pela raiz um hábito tão enraizado e de tão forte dependência. Seria uma espécie de teste com vista a futuras proibições e obrigações.
Não acredito em bruxas.
Mas também não creio que o poder esteja assim tão preocupado com a saúde pública.
Mas se está quando é que proíbe a circulação automóvel ou a venda da comida de plástico?
J.P.G.
Mas com o andar dos tempos haverá leis que tornam obrigatório não fumar.
Declaração de interesses – Estou à vontade para falar do assunto: deixei de fumar sem imposição, sem ajuda e sem drama, há coisa de ano e meio.
Para além do que ganhei em matéria de respiração e de paladar, conquistei o direito de utilizar o Metropolitano de Lisboa.
Não sei se já repararam mas o Metro de Lisboa não tem avisos afixados a dizer que é proibido fumar.
Os avisos afixados dizem que o Metro é para não fumadores.
Num país civilizado o Metro já teria engolido a discriminação.
O proibido como o obrigatório são em Portugal tiques próprios do poder.
Não há maneira mais eficaz de exibir o poder que através de proibições e obrigações.
Em Portugal, onde a educação, as boas maneiras e a sã convivência são tretas, não se chama a atenção dos outros para que cumpram os deveres cívicos e, por exemplo, não despejem desperdícios no quintal do vizinho. Planta-se uma estaca e uma tabuleta que decreta: É proibido vazar entulho. Ou até mesmo bazar intulho, mais à medida do sucesso escolar do País.
Entrou agora em vigor a proibição de fumar em locais públicos o que fia mais fino.
A cruzada antitabagista tem inspiração no país mais poluidor do mundo, e nas respectivas seguradoras, e já se escreveu que se destinava a exibir a força capaz de cortar pela raiz um hábito tão enraizado e de tão forte dependência. Seria uma espécie de teste com vista a futuras proibições e obrigações.
Não acredito em bruxas.
Mas também não creio que o poder esteja assim tão preocupado com a saúde pública.
Mas se está quando é que proíbe a circulação automóvel ou a venda da comida de plástico?
J.P.G.
Etiquetas: Comida de Plástico, Cruzada Antitabagista, Liberdade, Tabaco
9 Comments:
Para já são só os cães e os fumadores... depois se verá!
Como era perfeitamente previsível, começou mal o ano de 2008:
Quando os preços de bens e serviços (conseguirá a corja explicar a razão pela qual as portagens das auto-estradas têm um aumento de 2,6%?) sobem acima da inflação...
Quando o Lisboa/Dakar voltou a não partir do porto de águas profundas de Portimão, como tinha, falsa e estupidamente, prometido um secretário de estado...
Com o desemprego que já aumentou com mais 50 trabalhadores de uma têxtil do vale do ave, com salários em atraso, que deram com o nariz na porta quando hoje se apresentaram ao trabalho...
Quando mais serviços de saúde fecharam as portas - para bem das populações - sendo teoricamente substituídos por ambulâncias que transportarão os doentes (que entretanto não se transformem em cadáveres) para as urgências de sobrecarregados hospitais...
Quando começou a ser aplicada a lei fascizante - mal enjorcada e pouco clara, como é hábito, e que nem sequer é respeitada pelo polícia-mor - que proíbe o fumo em restaurantes, cafés e discotecas...
(aproveito para informar solenemente os proprietários de estabelecimentos que me impedem de exercer a minha liberdade de fumar de que não voltarei a pôr os pés nesses estabelecimentos)...
Quando o Presidente da República - talvez o maior responsável ("governou" durante 10 anos) pelo actual estado de miséria e corrupção no rectângulo - faz um "discurso" com palminhas à governação do falso engenheiro e introduz a nota populista de indignação contra os altos salários dos quadros de algumas empresas, esquecendo que é um tri-reformado de luxo...
começou mal 2008...
Ao ver a fotografia do inspector-geral da ASAE a fumar num espaço público fechado com aquele ar vaidoso a que tem habituado os portugueses fiquei cheio de interrogações.
Comecei por achar que alguém com as suas funções deveria evitar vários locais, até porque sabemos que em empresas como os casinos é habitual serem feitas ofertas de borlas a entidades públicas que de alguma forma têm jurisdição sobre a sua actividade, como é o caso da ASEAE. Como terão pensado muitos portugueses fiquei com dúvidas sobre o inspector-geral e um dos seus sub-inspectores pagaram a noite do seu bolso ou beneficiaram de uma borla.
Por mais cambalhotas que o inspector-geral dê ou por ais pareceres que os seus serviços faça qualquer português percebe que a sala de jantar do casino obedece às mesmas leis que se aplicam a qualquer restaurante, assim como a sala de jogo deve estar igualmente sujeita às regras de qualquer bingo ou associação recreativa. O inspector-geral não vai conseguir convencer ninguém de que a lei não se aplica aos casinos e ir para as televisões dizer que a lei não refere especificamente os casinos é ridículo, seria esperar que a lei só seria eficaz se enumerasse as centenas de tipos de estabelecimentos públicos que têm espaços fechados. Dizer que o estudo dos seus serviços foi feito há um mês é gozar connosco, a não se que ele já nessa altura estivesse preocupado com aqueles estabelecimentos.
O inspector-geral da ASAE ridicularizou o Governo e retirou toda a credibilidade da nova lei, o mínimo que lhe deveria acontecer era ser demitido. Mas como já vimos com o caso da DREN Sócrates não deite este tipo de gente, parece que gosta deles.
DOIS AUTOS POR CAUSA DA LEI ANTI-TABACO
«Um outro auto foi levantado no Algarve, no dia de ontem, quando o proprietário de um café na Fuzeta chamou a GNR para autuar um cliente que se recusava a apagar o cigarro.
Quando a patrulha chegou ao local, o prevaricador já tinha abandonado o local, pelo que não pode ser identificado. No entanto, a GNR acabou por multar o dono do estabelecimento, por não ter colado os obrigatórios dísticos de proibição de fumar. »
No:Correio da Manhã
Conclusão: mais vale não chamar a GNR!
Arquivem-se os autos.
O inspector geral da ASAE diz que só fumou no restaurante do casino porque, no seu entender, existe um conflito entre a lei do tabaco e a do jogo que precisa ser clarificado. Enquanto a tal clarificaçãozinha não aparece, o responsável máximo pela fiscalização do cumprimento da lei do tabaco vai regendo o seu comportamento pelo disposto na lei do jogo. Estamos conversados.
António Nunes, presidente da ASAE, foi visto e fotografado a fumar no restaurante do Casino Estoril depois das zero horas de 1 de Janeiro.
Num país anglo-saxónico já teria apresentado a sua demissão. Como estamos em Portugal, desculpou-se da pior forma possível, alegando, com base no articulado da Lei do Jogo, que a Lei do Tabaco não se aplica aos casinos.
Podia ter tido a franqueza de reconhecer que a força do hábito é muito forte.
Optando pela ressalva legalista, ainda por estabelecer, fica numa posição insustentável.
Se o grupo técnico consultivo da direcção-geral da Saúde vier dizer agora o contrário do que disse antes da entrada em vigor da Lei, dando cobertura às pretensões da Associação Portuguesa de Casinos, perde toda a autoridade.
A Associação Portuguesa de Casinos tem todo o direito a fazer o lobbying que entender.
Mas devia tê-lo feito antes, para que essa ressalva ficasse expressa (como acontece, por exemplo, nas áreas de psiquiatria dos hospitais).
De resto, se é a Lei do Jogo que tem prevalência na matéria, ninguém percebe por que razão Mário Assis Ferreira, presidente da sociedade Estoril Sol, entrevistado em directo do “local do crime”, se escudou com a natureza do réveillon.
Bastava ter dito: A nossa lei é outra.
VIVA A PIDE
Será que também é proibido fumar nos blogues?
Quem me conheça sabe bem que não tenho a menor simpatia pelos fascistaszecos higiénicos da ASAE nem pelos regulamentos que dizem cumprir, mas parece-me que estar a pegar nesta história da cigarrada do chefe da quadrilha no casino é ser uma bocado como eles... ou não?
desculpem....não tem nada a ver!!!alguem me pode informar qual o horário de funcionamento do bar "ST"? parece que este bar é especial....e não tem horarios para cumprir!!!! para quando alguem que defenda o povo.... onde pára a ASAE? obrigado
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