quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

PALAVRA


Não se entende a expectativa e a polémica que andam por aí sobre a ratificação do Tratado de Lisboa.



Claro que desta vez tem de haver referendo.
É essencial
, como disse a seu tempo o primeiro-ministro, homem de palavra.

É certo que os empresários, e também o mandatário da candidatura de Cavaco Silva à chefia do Estado, discordam do referendo.
Já se sabe que mesmo no PS há vozes e nozes.
dirigentes e militantes do PS a favor do referendo e da promessa eleitoral que o PS fez aos portugueses, como há socialistas de recente extracção que consideram o Tratado excessivamente complicado para que fique sujeito à decisão do cidadão comum, da gentinha que paga impostos e que elege o poder político.
Também se sabe que o PSD era mas já não é a favor do referendo, o que dá ao PS uma oportunidade rara para exibir uma diferença entre os dois partidos, como deu a Luís Filipe Menezes uma oportunidade de se distinguir de Luís Marques Mendes.

A liderança do PS anda a atrasar o anúncio de uma decisão.
Mas isso é apenas para manter qualquer coisa na agenda política.
Se não fosse a questão da ratificação do Tratado o que se discutiria por esta altura?
A filiação partidária do Pai Natal?

De maneira que assim que passem as festas, teremos o anúncio formal da decisão prometida aos eleitores pelo PS, como forma de legitimação democrática do processo de construção europeia.
É essencial, Sócrates, Outubro de 2004.
A ratificação do Tratado deve ser precedida de referendo popular, Programa do Governo, Fevereiro de 2005.
Pelo que o Governo mantém o objectivo de referendar o Tratado.
Mantenho, Sócrates, Dezembro de 2006.
O PS e os seus líderes são instituições e pessoas de palavra. Ou não?

J.P.G.

Etiquetas: , , , , ,

5 Comments:

At 28 de dezembro de 2007 às 19:50, Anonymous Anónimo said...

No nosso "socialismo" a vida é o único bem com preço tabelado?

Num país onde os preços dos produtos, desde o pão aos combustíveis, foram liberalizados em defesa (dizem eles) do cidadãos fui surpreendido com uma notícia que nos dava conta de que ia ser adoptada uma portaria em que serão fixadas as indemnizações a pagar pelas companhias de seguros em caso de acidente. Ao que parece a proposta parte do Instituto de Seguros de Portugal, ao que dizem é o organismo regulador do sector. Ainda não percebi muito bem o que é esta coisa dos organismos reguladores, até ao momento não os i regular nada para além das boas relações entre os seus dirigentes e as grandes empresas.

Não deixa de ser curioso que quando nos vão chegando notícias sobre alguns acórdãos de tribunais decidindo indemnizações mais significativas venham estabelecer limites para as mesmas. Num sector onde o cidadão comum enfrenta os poderosos gabinetes jurídicos das empresas seguradoras, onde estes gabinetes tudo fazem para protelar as decisões ou para conseguir indemnizações simbólicas, eis que alguém achou que os tribunais estavam a ser ou poderiam vir a ser mãos largas e decidiu tabelar o preço da vida dos portugueses.

É assim o “socialismo” à portuguesa, os portugueses pagam pelo papo seco o dinheiro que o padeiro pede mas vai ter o valor da sua vida fixado em tabela governamental. Parece que no mercado dos seguros o mercado não funciona e o Governo decidiu intervir em favor dos mais poderoso, isto porque os juízes poderiam enganar-se.

 
At 28 de dezembro de 2007 às 23:23, Anonymous Anónimo said...

Le contenu du texte est exactement le même que le précédent, à l'exception des dispositions qui choquaient les nationalistes, comme le drapeau ou l'hymne, qui ont été retirées. De plus, il comporte deux points essentiels et inacceptables pour quelqu'un de gauche: l'harmonisation fiscale et sociale est interdite par le nouveau texte. Toute stratégie de construction de l'Europe sociale est définitivement mise en pièce. C'est pourquoi il faut le repousser.
www.liberation.fr/actualite/politiques
/287351.FR.php
« Je me suis livré au travail de comparaison de la rédaction du nouveau traité de Lisbonne avec la Constitution, sur les “neuf points essentiels” publiés sur mon blog », admet Valéry Giscard d’Estaing. « A ma surprise et, à vrai dire, à ma grande satisfaction, ces neuf points sont repris mot pour mot dans le nouveau projet. Il n’y a pas une virgule qui change ! Simplement il faut bien les chercher puisqu’ils sont dispersés dans les textes auxquels renvoie le nouveau traité, à savoir aux traités de Rome et de Maastricht.
www.revue-republicaine.fr/
spip.php?article1562
só para lembrar ao falso engenheiro que tem de cumprir a promessa eleitoral de realização de referendo ao "tratado" europeu que não é mais do que uma cópia da "constituição" europeia. mas como parece óbvio que ele não o quer fazer, convidam-se todos os cidadãos a assinarem a petição para a realização do referendo
www.europeanreferendum.eu/pt/
inicio.html?no_cache=1
porque se não o fizerem e deixarem que a corja que lidera a europa tome a decisão ao arrepeio da democracia, brevemente teremos a "constituição" europeia original e que foi "chumbada" em vigor. basta que a corja invente uma adenda ou uma revisão ao tratado...

 
At 28 de dezembro de 2007 às 23:25, Anonymous Anónimo said...

José Sócrates endereçou aos portugueses uma Mensagem de Natal.
A Mensagem pode dividir-se em dois blocos:
1º A Presidência Portuguesa do Conselho Europeu, em que se louvou;
2º Política interna ,em que se louvou.
Quanto à Presidência Portuguesa da "União Europeia" há que dizer que José Sócrates esteve bem. No entanto, esse " bom desempenho" não se ficou a dever exclusivamente a Portugal e à sua capacidade negocial ou outra. A União Europeia tem interesses e os estados mais poderosos só aceitam "negociar" se lhes for assegurado tudo o que querem.
A Presidência Portuguesa foi a continuação da Presidência Alemã e todos os dados estavam lançados. A Alemanha, a França, a Itália, a Espanha e vários outros paises da União tinham interesses vitais a defender.Defenderam-nos!
Nomeadamente o relançamento das relações económicas com África.
Só o Reino Unido ficou à margem, dados os problemas no Zimbabwe.
Na Política Interna, José Sócrates e o seu Governo NÃO TÊM QUALQUER MOTIVO PARA SE SENTIREM BEM.
Nunca em outro Governo os Portugueses sofreram tantas restrições nos seus direitos:
- Na saúde com o encerramento de centros de saúde e maternidades;
-A maior vergonha que um povo pode sofrer que é de obrigar as suas mulheres a irem dar à luz, fazer o parto a Espanha.
- Desemprego galopante;
- Emigração galopante;
- Os alunos portugueses serem uns dos mais mal preparados da União Europeia;
- A perda de influência real em Angola, com este país a enviar os alunos para o Reino Unido e para o Brasil, desviando os investimentos para o Brasil, para Espanha, para o Reino Unido, nomeadamente a aquisição de imóveis;
- A falta de convergência com os países mais desenvolvidos da União e sermos ultrapassados pela esmagadora maioria dos outros parceiros europeus.
- A falta de formação bruta de capital fixo, isto é, o investimento produtivo em fábricas, na agricultura, nas pescas.
- O combate ao défice foi feito não pelo aumento de riqueza e produtividade, mas pelo desinvestimento, paralisando a nossa economia;
- Mesmo o "crescimento económico" anunciado assenta na conjuntura internacional, na mão de obra barata.
- A taxa de "crescimento económico" fica muito aquém da dos outros parceiros europeus, DIVERGINDO PORTUGAL, ou seja, os outros crescem mais, aumentam a riqueza mais, melhoram os indíces de bem estar, ficando para Portugal as migalhas.
- Na Justiça já ninguém acredita. Os portugueses não acreditam no sistema, que cada vez mais é desenhado e redesenhado para a defesa de interesses bem concretos dos que mandam em Portugal.
Quem percorre o País como eu faço, de comarca em comarca, de Norte a Sul e Ilhas apercebe-se que a desertificação do interior significa pobreza, miséria.
Portugal assemelha-se cada vez mais a um deserto com auto-estradas. Há auto estradas mas não há agricultura, indústria, serviços, esperança.
É um esqueleto a que falta o nervo - gente - e a carne , isto é as condições de desenvolvimento.
Os concelhos do Interior de Portugal estão sem capacidade, sem condições para a retoma. Os jovens fogem para o estrangeiro ou para o Litoral, os velhos para junto dos filhos e netos , no Litoral.
Um Portugal onde cada vez há menos população é como um carro a que se vá retirando potência. Arrasta-se até parar.
Portugal está parado.
À CUSTA DO SACRIFÍCIO DOS PORTUGUESES.
A situação é má de mais para ser verdade.
Não há esperança em Portugal.
O Governo falhou em todos os domínios, pois não conseguiu fazer as reformas necessárias , de forma harmoniosa, equilibrada.E era possível agir de forma mais justa e equilibrada, sem tanos sacrifícios para os portugueses.
Mesmo na questão do Novo Aeroporto só o facto de José Sócrates querer alguma acalmia durante a Presidência Portuguesa da União Europeia, e a sociedade civil se ter mobilizado, pagando estudos, levou a que a OTA deixasse de ser um dogma e o mais razoável, Alcochete, passasse a ter força.
José Sócrates não tem motivos para estar contente.Os portugueses seguramente têm DIREITO A MAIS E MELHOR, a novas políticas , racionais, ambiciosas, que nos façam convergir e não divergir, assistindo a que todos nos ultrapassem, ficando nós cada vez mais próximo do carro vassoura.

Há que mudar de políticas e de políticos, pois os actuais estão gastos, sem ideias, sem capacidade, sem ambição, sem força e com uma inacreditável passividade perante o sofrimento do nosso Povo.

A BEM DA NAÇÃO!

 
At 29 de dezembro de 2007 às 21:28, Anonymous Anónimo said...

Mário Soares defende hoje que o Tratado de Lisboa deve ser ratificado pela Assembleia da República, sem o recurso ao referendo prometido no programa eleitoral socialista de 2005. Mas o fundador do PS nem sempre pensou assim. Há 15 anos, quando era Presidente da República, Soares foi um acérrimo defensor do referendo europeu, utilizando argumentos similares aos que hoje são invocados pelos que advogam uma consulta popular. E chegou mesmo a criticar Cavaco Silva, então primeiro-ministro, por não convocar o referendo em 1992, a propósito do Tratado de Maastricht, que abriu o caminho à união monetária.
"Mostrei-me favorável a uma consulta popular acerca de Maastricht por saber que, no futuro, iriam ocorrer perturbações que conduziriam provavelmente a que os portugueses se interrogassem: “Se tivéssemos seguido outro caminho, as coisas teriam sido diferentes e melhores?!” Da interrogação a culpar o Governo e os partidos vai um breve passo. Assim, a consulta - de cujo resultado positivo nunca duvidei - seria uma válvula de segurança para o futuro”.
“Teria sido inteligente chamar os portugueses ao voto e co-responsabilizá-los por uma decisão que, com o tempo, virá, porventura, a ser polémica", observou Soares. Já sobre o Tratado de Lisboa, tem outra opinião: depois de alguma ambiguidade, defende agora a ratificação parlamentar. "Hoje [o referendo] não faz sentido. Dizer que se quer o referendo é uma maneira de bombardear o tratado.
in:Diário de Notícias

O sacana que um dia se lembrou de colocar o socialismo na gaveta, que nos fez entrar na Comunidade Europeia sem nos perguntar nada, vem agora dizer que defendia o referendo na altura do tratado de Maastricht porque tinha a certeza que ganhava, mas agora não o defende em relação ao de Lisboa por temer que seja bombardeado ou dito por outras palavras que o resultado não seja aquele que deseja. Há demasiada hipocrisia nestas palavras, para alguém que sempre disse defender a democracia como forma da expressão da vontade popular. Estou farto desta gente que se considera com direito a falar e a decidir por mim. O raio que os parta.

 
At 26 de janeiro de 2013 às 10:52, Anonymous Anónimo said...

Sweet site, eu não tinha encontrado o seu blog em minhas pesquisas! Realizar o trabalho fantástico!

 

Enviar um comentário

<< Home