"ACTOR" RELES!
Clicar na imagem para ler o artigo de Philippe Raynaud que Mário Soares deveria ter lido para ser mais comedido no que escreve e não andar sempre a reboque de lampejos de esquerda que lhe servem para se afirmar o que nunca foi...
Mário Soares, o principal apaniguado do regime que temos, escreveu um artigo no Diário de Notícias de ontem, 25 de Agosto.
Nele estende ideias feitas há muitos anos, sobre o socialismo democrático que nada mais significa do que a rendição de um partido socialista dito de esquerda a uma social-democracia de direita envergonhada.
Como sempre, fala de cor e citando ideias alheias que bebe nos sítios habituais, como é, por exemplo, a revista francesa Le Nouvel Observateur. Nos anos setenta, havia quem jurasse que Mário Soares só tinha ideias políticas sobre assuntos internacionais, depois de ler Jean Daniel, o director da publicação.
Agora, no artigo do DN, cita mais uma vez o Nouvel Observateur para repescar outra ideia peregrina que já adiantou noutros sítios, depois de ler qualquer coisa sobre o assunto: Marx e a explicação da crise económica que se vive no mundo.
Para Mário Soares que cita (mal) outros opinionistas, Marx permite compreender melhor o capitalismo de hoje. Mário Soares compreende, por assim dizer. Assimila-o à deriva neoliberal e está dado o mote para fustigar até os socialistas neoliberais formados na terceira via, uma verdadeira fraude intelectual . Pasme-se! Mário Soares acaba de dar o golpe de misericórdia na falta de ideias políticas do actual Partido Socialista.
Mário Soares não deve ter lido o artigo do até ao fim, com a opinião do autor Aude Lancelin, quando o mesmo afirma que Marx poderá ter prenunciado a crise actual do capitalismo, ao descrever o seu funcionamento e essência visível, mas após a desorientação do Inverno, o capitalismo está por aqui, mais que nunca e as suas alternativas credíveis ainda não foram inventadas.
Aliás, Mário Soares numa perspectiva marxista quem é?
Um burguês típico.
Um apaniguado do capitalismo e dos seus rebentos florescentes que sempre lhe apararam o jogo, enquanto esteve no poder político executivo.
Mário Soares nunca foi um socialista, porque optou imediatamente a seguir a 25 de Abril de 1974 em meter o socialismo na gaveta, de onde nunca mais saiu.
Inventou depois a treta da expressão socialismo democrático, para não assumir abertamente o que sempre foi : uma social-democrata indistinguível dos restantes e que se sentam nos partidos que putativamente estão à direita.
Uma vergonha taxionómica e que tem servido os intentos pessoais e político-partidários de quem nunca foi o que diz ser.
Foi Mário Soares enquanto político que nos conduziu para uma bancarrota quase certa se não tivesse vindo o capitalissimo FMI.
Foi Mário Soares quem deu os passos finais ( os iniciais já tinham sido dados pelo marcelismo) para nos meter na capitalíssima CEE e foi Mário Soares quem sempre governou para satisfazer as políticas de direita ou seja, anti-socialistas como os comunistas sempre, sempre denunciaram.
Ver Mário Soares escrever em prol de Marx.
Só mesmo por ironia.
Um burguês típico a cuspir na própria sopa?
Nem tanto.
Um burguês típico refastelado no único refúgio que lhe consente a coerência: o paradoxo, como sempre foi.
O artigo de Mário Soares aliás, revela outra coisa extraordinária que faz luz intensa sobre acontecimentos relativamente recentes da história portuguesa.
Ao referir-se a um pretenso conflito institucional, Mario Soares confessa o assédio de uma boa dezena de jornalistas que o tentou contactar para falar sobre o assunto para colher de mim uma frase ou duas-não seria preciso mais- para alimentar o pseudoconflito institucional.
Para lidar com essa situação, Mário Soares é um mestre e dá a sua receita a conhecer: Claro que o bom senso-e alguma experiência que conservo de um passado, cada vez mais longínquo-aconselhou-se a estar calado, a não lançar achas numa fogueira cujo objectivo ignoro(...).
Esta frase ilumina o mistério do silêncio de Mário Soares nos primeiros meses do escândalo Casa Pia que abalou o PS de alto a baixo e justificou reuniões de cúpula em gabinetes de crise para lidar com a situação catastrófica que se anunciava para o partido, com vários dos seus dirigentes suspeitos de envolvimento em práticas pedófilas.
Mário Soares durante essa época de crise grave e intensa para o partido, manteve-se sempre calado e sem qualquer referência nos media que não nos mentideros e nos boatos.
Estranhei sempre que um indivíduo que nunca teve medo de se pronunciar sobre fosse o que fosse, estivesse sempre tão calado e ausente da ribalta. Não se ouviu nunca uma palavra de defesa dos entalados, apaniguados do seu partido e a única vez que saiu dessa toca escura foi para atacar em modo soez o antigo PGR, Souto Moura, a propósito de uma infâmia que Mário Soares devia saber melhor que ninguém do que se tratava: um estratagema para castigar o antigo PGR pelo que putativamente fez ao PS, deixando correr a investigação sem entraves de maior.
Coisa nunca vista em Portugal, em épocas passadas. Coisa nunca vista no tempo em que Mário Soares estava no poder supremo da própria presidência...
Mesmo no tempo dos ballet rose , escândalo que o mesmo Mário Soares tomou a iniciativa de denunciar publica e internacionalmente para entalar o regime, com base em provas que recentemente se conheceram através do advogado que as apresentou.
Confesso que tal atitude de Mário Soares, em paralelo com a de agora, me lembra inapelavelmente uma peça shakespeareana.
Não sei se uma tragédia se uma comédia, embora penda para esta última...com um nojo profundo.
José
Mário Soares, o principal apaniguado do regime que temos, escreveu um artigo no Diário de Notícias de ontem, 25 de Agosto.
Nele estende ideias feitas há muitos anos, sobre o socialismo democrático que nada mais significa do que a rendição de um partido socialista dito de esquerda a uma social-democracia de direita envergonhada.
Como sempre, fala de cor e citando ideias alheias que bebe nos sítios habituais, como é, por exemplo, a revista francesa Le Nouvel Observateur. Nos anos setenta, havia quem jurasse que Mário Soares só tinha ideias políticas sobre assuntos internacionais, depois de ler Jean Daniel, o director da publicação.
Agora, no artigo do DN, cita mais uma vez o Nouvel Observateur para repescar outra ideia peregrina que já adiantou noutros sítios, depois de ler qualquer coisa sobre o assunto: Marx e a explicação da crise económica que se vive no mundo.
Para Mário Soares que cita (mal) outros opinionistas, Marx permite compreender melhor o capitalismo de hoje. Mário Soares compreende, por assim dizer. Assimila-o à deriva neoliberal e está dado o mote para fustigar até os socialistas neoliberais formados na terceira via, uma verdadeira fraude intelectual . Pasme-se! Mário Soares acaba de dar o golpe de misericórdia na falta de ideias políticas do actual Partido Socialista.
Mário Soares não deve ter lido o artigo do até ao fim, com a opinião do autor Aude Lancelin, quando o mesmo afirma que Marx poderá ter prenunciado a crise actual do capitalismo, ao descrever o seu funcionamento e essência visível, mas após a desorientação do Inverno, o capitalismo está por aqui, mais que nunca e as suas alternativas credíveis ainda não foram inventadas.
Aliás, Mário Soares numa perspectiva marxista quem é?
Um burguês típico.
Um apaniguado do capitalismo e dos seus rebentos florescentes que sempre lhe apararam o jogo, enquanto esteve no poder político executivo.
Mário Soares nunca foi um socialista, porque optou imediatamente a seguir a 25 de Abril de 1974 em meter o socialismo na gaveta, de onde nunca mais saiu.
Inventou depois a treta da expressão socialismo democrático, para não assumir abertamente o que sempre foi : uma social-democrata indistinguível dos restantes e que se sentam nos partidos que putativamente estão à direita.
Uma vergonha taxionómica e que tem servido os intentos pessoais e político-partidários de quem nunca foi o que diz ser.
Foi Mário Soares enquanto político que nos conduziu para uma bancarrota quase certa se não tivesse vindo o capitalissimo FMI.
Foi Mário Soares quem deu os passos finais ( os iniciais já tinham sido dados pelo marcelismo) para nos meter na capitalíssima CEE e foi Mário Soares quem sempre governou para satisfazer as políticas de direita ou seja, anti-socialistas como os comunistas sempre, sempre denunciaram.
Ver Mário Soares escrever em prol de Marx.
Só mesmo por ironia.
Um burguês típico a cuspir na própria sopa?
Nem tanto.
Um burguês típico refastelado no único refúgio que lhe consente a coerência: o paradoxo, como sempre foi.
O artigo de Mário Soares aliás, revela outra coisa extraordinária que faz luz intensa sobre acontecimentos relativamente recentes da história portuguesa.
Ao referir-se a um pretenso conflito institucional, Mario Soares confessa o assédio de uma boa dezena de jornalistas que o tentou contactar para falar sobre o assunto para colher de mim uma frase ou duas-não seria preciso mais- para alimentar o pseudoconflito institucional.
Para lidar com essa situação, Mário Soares é um mestre e dá a sua receita a conhecer: Claro que o bom senso-e alguma experiência que conservo de um passado, cada vez mais longínquo-aconselhou-se a estar calado, a não lançar achas numa fogueira cujo objectivo ignoro(...).
Esta frase ilumina o mistério do silêncio de Mário Soares nos primeiros meses do escândalo Casa Pia que abalou o PS de alto a baixo e justificou reuniões de cúpula em gabinetes de crise para lidar com a situação catastrófica que se anunciava para o partido, com vários dos seus dirigentes suspeitos de envolvimento em práticas pedófilas.
Mário Soares durante essa época de crise grave e intensa para o partido, manteve-se sempre calado e sem qualquer referência nos media que não nos mentideros e nos boatos.
Estranhei sempre que um indivíduo que nunca teve medo de se pronunciar sobre fosse o que fosse, estivesse sempre tão calado e ausente da ribalta. Não se ouviu nunca uma palavra de defesa dos entalados, apaniguados do seu partido e a única vez que saiu dessa toca escura foi para atacar em modo soez o antigo PGR, Souto Moura, a propósito de uma infâmia que Mário Soares devia saber melhor que ninguém do que se tratava: um estratagema para castigar o antigo PGR pelo que putativamente fez ao PS, deixando correr a investigação sem entraves de maior.
Coisa nunca vista em Portugal, em épocas passadas. Coisa nunca vista no tempo em que Mário Soares estava no poder supremo da própria presidência...
Mesmo no tempo dos ballet rose , escândalo que o mesmo Mário Soares tomou a iniciativa de denunciar publica e internacionalmente para entalar o regime, com base em provas que recentemente se conheceram através do advogado que as apresentou.
Confesso que tal atitude de Mário Soares, em paralelo com a de agora, me lembra inapelavelmente uma peça shakespeareana.
Não sei se uma tragédia se uma comédia, embora penda para esta última...com um nojo profundo.
José
Etiquetas: Mário Soares, Partido Socialista, Portugal 2009, Vigarices
4 Comments:
«Mário Soares, o senhor "treze por cento" das últimas presidenciais, veio de novo em socorro do admirável líder. Não faz mais que a sua obrigação. Afinal, se não fosse Soares, Sócrates dificilmente teria sido apresentado a esse modelo de democrata que é o sargentão Chávez. Desta vez, o ex-pai da pátria virou-se para Ferreira Leite que acusa de banal e patética. Logo ele que, de há uns anos para cá, sobretudo desde que decidiu prestar vassalagem intelectual ao primeiro-ministro não pára de fazer figuras tristes. Pelo meio usa uma expressão extraordinária cujo conteúdo é apenas enigmático para não ser tolo, o de "cooperação geoestratégica institucional" (sic). Só se Soares continua a imaginar-se planetário e de influência mundial, "obamica". Porém, nem tudo é manifestamente péssimo e absurdo. Acaba por reconhecer que Ferreira Leite é «uma pessoa séria, decidida, que tem o culto da verdade, que só faz o que deve e não abre concessões para ninguém, sejam amigos ou não.» Tomara o dr. Soares ter acabado a sua fabulosa carreira assim.
Mas,este dinossauro ainda não morreu?Cale-se,oh ainda não percebeu que ninguem o ouve a delirar.
Bela reflexão em relação a esse reçábiado que chama tumor a Paulo Portas depois deste ter despedido a sua amada esposa da Cruz Vermelha e chama economista de segunda quando adversário de Cavaco nas eleições, claro depois do exaltar um ano antes em Cortes (Leiria) onte tem um tentáculo da sua Pseudo Fundação. Não esquecer também a birra depois de ter levado "baile" pelo seu amigo e grande aristocrata travestido Manuel Alegre. Esse mesmo senhor que achincalhou a GNR na ponte sobre o tejo (antiga Salazar) para se exaltar... dar-lhe atenção é perder tempo!!!!
Ressabiados são todos e estão também todos fora de prazo, na actual situação Marx já era e Mário Soares idem. Ainda não perceberam que a conjuntura é outra? Ainda andam à volta com filosofias que não se aplicam à nossa realidade!!!Ou ainda não repararam no que se passa HOJE Na nossa terra, no nosso país, no planeta????? Cambada de palermas, andam todos a dormir no séc. passado
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