sexta-feira, 18 de maio de 2007

OS NÚMEROS


Não há ministro que não use as estatísticas à sua maneira. Manuel Pinho disse, na 6ª feira, que os números do PIB (que o INE divulgou na 3ª), trariam "boas notícias". E que notícias: nem o mais optimista dos analistas acertou no número. Na 4ª feira, Teixeira dos Santos, à margem de uma conferência (em Londres), disse que o crescimento do investimento deve ultrapassar, em breve, o das exportações.

Não há confirmação (ainda) do que disse o ministro, mas a sua previsão é surpreendente. Porque as exportações estão a crescer a 12%; e porque não há instituição que não preveja uma evolução moderada deste indicador. A começar pelo Banco de Portugal.

Como explicar o optimismo do ministro? Excedeu-se a vender o país a investidores externos? Não é crível. Sabe mais do que qualquer um de nós? É possível. Por ter tido acesso a dados do INE, como provavelmente aconteceu com Manuel Pinho? Não sabemos. Mas uma coisa é certa: o acesso a informação privilegiada, e a sua divulgação antes do INE (entidade que tutela as estatísticas), só descredibiliza a instituição. Porque a associa aos objectivos do Governo.

Seria estranho que alguém sensato, como Teixeira dos Santos, caísse nesse erro.

P.S. – Há meses que o IEFP sugere a estabilização, ou redução do desemprego. Ontem o INE pôs os pontos nos "is": não só não estabilizou, como aumentou (8,4%)
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C. L.

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6 Comments:

At 18 de maio de 2007 às 17:38, Anonymous Anónimo said...

Esse tal manuel pinho nao e o mesmo das barracas na China??
Nunca acreditem nun gajo que mete gaffes tao grabdes, tb deve ter tirado economia na tal UNI ond eo Socrates andou

 
At 18 de maio de 2007 às 22:18, Anonymous Anónimo said...

Eu e a minha mulher, ambos com licenciaturas e mestrados em Economia e Gestão, ficámos desempregados (fim de contratos a prazo), mas não contamos para as estatísticas. Não estamos inscritos no Centro de Emprego porque não temos direito a subsídio e corríamos o risco de ser chamados para varredores ou de sermos enviados para um curso de formação em "empreendorismo" ou outra treta qualquer. Mal por mal... Como nós devem estar mais uns milhares, para além dos 470 mil. Vamos procurando emprego por todos os meios ao nosso alcance e por nossa conta e risco. Adiámos a vinda do primeiro filho e, aos 30 anos, passamos pela vergonha de continuar a sacrificar os nossos pais. Não se vislumbra futuro nenhum neste país de cunhas, tráfico de influências e compadrio. Sentimo-nos marginalizados e escorraçados da nossa terra como imprestáveis. O estrangeiro está a tornar-se uma hipótese consistente. Ir e NUNCA MAIS voltar é o que apetece fazer!

 
At 19 de maio de 2007 às 16:34, Anonymous Anónimo said...

Por razões OBVIAMENTE diferentes da chamada “extrema-direita” portuguesa, penso que é necessário e urgente repensar seriamente o fenómeno imigração em Portugal.

O número de desempregados, segundo dados saídos ontem do INE diz o seguinte:“… Nunca, nos últimos 21 anos, houve tanta gente sem trabalho…” .

A pergunta que qualquer pessoa coloca de imediato é a seguinte: Então como é possível que num país com mais de 400.000 desempregados haja perto de UM MILHÃO de imigrantes???!!!

É óbvio que a resposta é esta: Aos tubarões do capital e os safardanas dos políticos que lhe fazem o frete é da maior utilidade que isto assim se mantenha, ou seja: Quanto mais “PRETOS” - Sejam eles de África, de Leste ou da América Latina, vierem para Portugal às molhadas, sujeitando-se aos baixos salários, ao não registo na Segurança Social, à fuga ao pagamento de impostos etc… … melhor! … Entretanto, paralelamente vão pagando os naturais deste país a gula filha-de-puta desses ditos empresários, pois não conseguem ver aumentada a sua qualidade de vida ( antes pelo contrário), como sofrem ainda E CADA VEZ MAIS com o clima de insegurança devido à marginalidade crescente que emerge assustadoramente no seio dessa classe imigrante. A França foi um aviso há pouco tempo atrás.

 
At 19 de maio de 2007 às 16:37, Anonymous Anónimo said...

O ministro do Trabalho encontrou uma justificação tão idiota para o aumento do desemprego que fico na dúvida, não sei se era uma piada ou se o governante se passou do juízo. Justificar o aumento do desemprego com um aumento da produtividade associado ao crescimento económico só revela que a cobardia política do ministro é tanta que prefere passar por doido a discutir o tema com honestidade intelectual.

O ministro sabe muito bem que não tem havido investimento, o crescimento económico é miserável e que o desemprego não parou de aumentar, basta abrir um jornal para se perceber que as empresas que encerram as portas e lançam os trabalhadores no desemprego não estão a aumentar a produtividade.

Alguém devia explicar ao ministro que pode enganar meia dúzia de papalvos mas isso não altera a realidade económica.

 
At 20 de maio de 2007 às 13:19, Anonymous Anónimo said...

Afinal tb deve ter sido colega do Sr Socrates na UNI, com tantos rasgos de inteligencia so pode mesmo.

 
At 21 de maio de 2007 às 21:28, Anonymous Anónimo said...

Soi agora se ve a cambada de mentirosos que sao, se ate mentem nas habilitaçoes literarias,como nao hao-de mentir noutras coisas
sao mesmos ruins

 

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