O PORTUGAL REAL NÃO EXISTE
Houve um tempo em que a democracia portuguesa fazia piruetas à volta do seu bloco central. Era, 100 anos depois, a reposição, como farsa, do rotativismo da monarquia. Quando um partido estava cansado do poder, convocavam-se eleições, mudava o Governo, e os perdedores eram contemplados com lugares no Estado ou nas empresas que dele dependiam.
A paz podre do bloco central terminou quando Sócrates chegou ao poder.
Veio de boleia na carroça do PS, mas com o tempo foi absorvendo o PSD.
O PS de Sócrates é hoje o bloco central, com um líder rodeado de uma guarda pretoriana, que gere o poder.
Nada se move à sua volta, nem uma brisa, sem a sua autorização.
Contido, é um líder que sabe o que quer.
À sua volta, os boys foram substituídos pelos megafone men que acham, como o líder do PS-Porto, que a directora da DREN está a fazer um bom trabalho e que foi Fernando Charrua que teve um reprovável comportamento cívico.
Compreende-se.
Os megafone men de Sócrates julgam que ele é a reincarnação da Fada Sininho.
Usa os seus pozinhos de perlimpimpim e zás!
Temos um país à semelhança do seu sonho.
Enfim, conseguiu motivar alguma elite conservadora para as suas reformas tecnológicas.
Mas ainda não se entendeu se elas mudarão o país. Ou, apenas, a sua relação com um poder onde as estatísticas são a única verdade reconhecida.
Mas esse é o mundo de fantasia da Fada Sininho em S. Bento.
Onde o Portugal real não existe.
O que existe é o do pequeno núcleo que decide os destinos alheios.
F.S.
Veio de boleia na carroça do PS, mas com o tempo foi absorvendo o PSD.
O PS de Sócrates é hoje o bloco central, com um líder rodeado de uma guarda pretoriana, que gere o poder.
Nada se move à sua volta, nem uma brisa, sem a sua autorização.
Contido, é um líder que sabe o que quer.
À sua volta, os boys foram substituídos pelos megafone men que acham, como o líder do PS-Porto, que a directora da DREN está a fazer um bom trabalho e que foi Fernando Charrua que teve um reprovável comportamento cívico.
Compreende-se.
Os megafone men de Sócrates julgam que ele é a reincarnação da Fada Sininho.
Usa os seus pozinhos de perlimpimpim e zás!
Temos um país à semelhança do seu sonho.
Enfim, conseguiu motivar alguma elite conservadora para as suas reformas tecnológicas.
Mas ainda não se entendeu se elas mudarão o país. Ou, apenas, a sua relação com um poder onde as estatísticas são a única verdade reconhecida.
Mas esse é o mundo de fantasia da Fada Sininho em S. Bento.
Onde o Portugal real não existe.
O que existe é o do pequeno núcleo que decide os destinos alheios.
F.S.
Etiquetas: José Sócrates, Partido Socialista, Portugal
5 Comments:
UE: desemprego cai, Portugal tem 6ª taxa mais alta
A taxa de desemprego na região da zona euro manteve-se estabilizada em Junho com Portugal a posicionar-se com o sexto valor mais elevado no conjunto da União Europeia, onde a estatística mostra decréscimo de uma décima, para os 6,9%, revelam dados do Eurostat esta terça-feira.
Com o desemprego estabilizado na zona euro (6,9% do total da população activa), o decréscimo na média dos 27 Estados-membros entre Maio e Junho reflecte a evolução na Polónia (13,9% para 10,2%) e na Suécia (7,2% para 5,3%), embora os valores mais baixos continuem a beneficiar as economias da Holanda (,3%), Dinamarca (3,5%), Chipe (3,9%) e Irlanda (4%).
Em Junho de 2006, a taxa de desemprego na zona euro e na União Europeia situava-se nos 7,9%, enquanto em Portugal os 7,9% de Junho (estável face a Maio) comparam em alta com 7,6% de um ano atrás.
Ainda, de acordo com o gabinete europeu de estatística, a União Europeia registava 16,1 milhões de desempregados, em Junho, dos quais 10,4 milhões na região de moeda única. O nível de desemprego na UE compara com os 4,5% dos EUA (Junho) e 3,8% do Japão (Maio).
A soma dos lucros dos quatro maiores bancos privados portugueses subiu 23%, para 1,137 mil milhões de euros, no primeiro semestre, face a igual período de 2006.
Bancos lucram 6,3 milhões por dia
Os quatro maiores bancos privados a operar em Portugal lucraram cerca de 6,3 milhões de euros por dia, ou seja, 263,6 mil euros por hora, nos primeiros seis meses do ano.
A Operação Furacão acabou por se revelar a Operação Brisa Suave, se haviam dúvidas o comunicado da Procuradoria-Geral da República antecipou o que vai acontecer:
«Relativamente às sociedades e pessoas que tenham aderido ao esquema de fraude e se mostre, de acordo com a Administração Fiscal, que a situação tributária se encontra integralmente regularizada, considerando-se reposta a verdade tributária, prevemos que, em breve, o Ministério Público possa definir a respectiva situação processual, sendo então apreciada a sua sujeição ou não a julgamento, nos termos das possibilidades e condicionantes legalmente previstas.»
Diário de Notícias
Antes de mais, importa questionar o porquê deste comunicado?
É mais do que evidente que depois de todo o barulho que se fez era necessário preparar o ambiente, de preferência num momento em que os portugueses estão mais preocupados com a pressão do ar dos pneus do que com quem foge ao fisco.
A partir do momento em que a PGR diz isto é uma evidência que a solução está adoptada, agora é uma questão de os portugueses não levarem a mal porque as suas contas bancárias são passadas a pente fino se reclamarem das decisões enquanto aos que montam esquemas para não pagarem milhões podem redimir, pagar o imposto e ficarem prontos para outra.
É evidente que há uma lei para que isto seja possível, bastou concluir que não houve associação criminosa e os que fugiram ao fisco, bem como os bancos que os ajudaram, ficarem a rir.
Quem os ajudou?
Quem foi negligente?
Recordo-me que há uns meses o Correio da Manhã revelou que um funcionário do fisco ganhava mais de 25.000 euros pagos por uma instituição financeira.
Na ocasião alguém deu a explicação brilhante de que esses ganhos eram obtidos a título der formação, todavia, ficámos sem saber quem era o professor, qual o banco-aluno ou se estava autorizado a ensinar.
O ministério das Finanças até se desculpou dizendo que não podia analisar a situação fiscal dos seus funcionários, algo que entra em contradição com a decisão de criar uma base de dados com todas as informações dos funcionários públicos.
E se o banco que pagou tão bem ao tal professor for um dos envolvidos na Operação Brisa Suave? E se houverem mais funcionários do fisco a ensinarem bancos?
É evidente que um assunto nada tem que ver com o outro.
Mas se em vez de milhões de euros de fuga ao fisco e de dezenas de milhares de euros pagos a zelosos funcionários aposto que a lei seria outra, que para além de devolver o papo-seco roubado teria que ir ao tribunal.
Aposto também que o ladrão de papo-secos não teria sido recebido pelo PGR para apresentação de cumprimentos aquando da sua nomeação, ao contrário do que sucedeu com o presidente do Millennium, um dos bancos suspeitos de envolvimento na Operação Brisa Suave.
Moral da história: se queres uma vida tranquila não roubes um papo-seco, junta-te à banca e rouba milhões, com alguma sorte ainda chegas a comendador.
É uma pena que para os crimes dos pobres o Governo não tenha feito uma lei tão simpática.
São Todos pessoas de bem, só ficaram com os milhões que ficaram, porque pensaram que ninguém ia notar, ou então porque tinham a certeza que se descobrissem, os "Lobbies" e os "Chulos" que estão bem infiltrados no governo iam tratar do assunto como agora se está a verificar.
Quando se mexe com os GRANDES filhos da p..., o furação passa a brisa.....
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