NOVO LIVRO DE JOSÉ LUÍS PEIXOTO
DIA 14 DE NOVEMBRO
NA SUA LIVRARIA
NA SUA LIVRARIA
Ana sabia que a burra não valia muito dinheiro. As mãos de Ana eram velhas. Os dedos eram grossos e tinham riscos feitos pela lâmina da navalha de retalhar azeitonas. As palmas das mãos eram grossas e tinham o toque da superfície serrada de um tronco. As mãos do velho Durico eram magras e escuras. As costas das mãos, quando as estendia debaixo de um candeeiro de petróleo, eram suaves. As unhas eram certas por serem cortadas com uma navalha, à noite, quando a fogueira lhe iluminava o rosto. As palmas das mãos cheiravam a terra castanha e a fumo. As mãos de Ana passaram a corda para as mãos do velho Durico. As mãos do velho Durico pousaram duas notas nas mãos de Ana. A corda na mão do velho Durico era pesada e áspera, quando a puxava havia um movimento do corpo da burra que o seguia. Com aquela corda, puxava um corpo. As notas na mão de Ana eram muito leves, como se fossem feitas de teias de aranha, como se fossem uma camada de pó ou qualquer coisa invisível. Ana, o anjo e a cadela entraram nas ruas da vila, atravessaram-nas e, quando chegaram à estrada do monte, sabiam que havia um lugar dentro deles, o interior de uma gota de chuva, onde faltava algo que tinham perdido para sempre.
José Luís Peixoto tem um novo livro.
CAL, o título da obra, vai estar nas livrarias a 14 de Novembro e já é considerado uma das melhores obras de ficção do escritor nascido em Galveias.
Diz Eduardo Prado Coelho que a grande força [de José Luís Peixoto] está no modo como narra histórias que se dobram para dentro da sua própria loucura e no fio puríssimo de luz com que as vai reunindo e salvando do esquecimento.
CAL reúne textos de natureza diversa (3 poemas, 17 contos, 1 peça de teatro), ancorados num espaço rural e na vivência e memória dos mais velhos.
Aqui, a experiência da duração, da continuidade, funde-se com o sonho e com a loucura, num tempo fora do tempo.
Como um fio puríssimo de luz, uma ausência presente atravessa os gestos e as emoções destas figuras.
Em cumplicidade com a morte, a vida torna-se mais límpida, talvez mais pura.
A luz, como treva visível - força redentora das suas personagens -, é certamente um dos fios condutores de CAL.
Parte dos textos incluídos neste livro tiveram uma publicação limitada na imprensa escrita.
Os poemas Olhe os seus netos. Eles hão-de querer que o avô, As mulheres de 80 anos sentam-se em todas as cadeiras e A gente corremos pelas ruas da vila são aqui publicados pela primeira vez.
CAL, o título da obra, vai estar nas livrarias a 14 de Novembro e já é considerado uma das melhores obras de ficção do escritor nascido em Galveias.
Diz Eduardo Prado Coelho que a grande força [de José Luís Peixoto] está no modo como narra histórias que se dobram para dentro da sua própria loucura e no fio puríssimo de luz com que as vai reunindo e salvando do esquecimento.
CAL reúne textos de natureza diversa (3 poemas, 17 contos, 1 peça de teatro), ancorados num espaço rural e na vivência e memória dos mais velhos.
Aqui, a experiência da duração, da continuidade, funde-se com o sonho e com a loucura, num tempo fora do tempo.
Como um fio puríssimo de luz, uma ausência presente atravessa os gestos e as emoções destas figuras.
Em cumplicidade com a morte, a vida torna-se mais límpida, talvez mais pura.
A luz, como treva visível - força redentora das suas personagens -, é certamente um dos fios condutores de CAL.
Parte dos textos incluídos neste livro tiveram uma publicação limitada na imprensa escrita.
Os poemas Olhe os seus netos. Eles hão-de querer que o avô, As mulheres de 80 anos sentam-se em todas as cadeiras e A gente corremos pelas ruas da vila são aqui publicados pela primeira vez.
Etiquetas: José Luís Peixoto
11 Comments:
Pontessorenses
Aí vem mais um comunicado...
É a resposta ao jornal "A ponte", mais uma vez tiveram funcionárias auxiliares dos serviços gerais a dobrar milhares de panfletos numa sala fechada.
Daqui por uns dias eles lá estarão na vossa caixa do correio!
É uma vergonha este sr. usar trabalhadores da Câmara e dinheiros públicos para fazer valer o seu contraditório, nós já sabemos como são os comunicados do presidente, autenticas chaladas.
Isto já ultrapassa todos os limites do poder, é quase imoral, todos aqueles que têm casos judiciais com o presidente tem de pagar do seu bolso, o Taveira Pinto, é o Município que paga!!
É a justiça que temos, chegou o momento dos advogados de acusação dos crimes que o Pinto é acusado de pedirem a retirada do mandato a este presidente.
Zé da Ponte, cria uma petição electrónica aqui no blog, tipo abaixo-assinado para ser entregue ao ministério público de Ponte de Sor, temos de começar por fazer alguma coisa para acabar esta impunidade que nos corrói o concelho.
Seria uma óptima ideia, se é que o Ministério Público aceita...Mas pelo menos que o MP tenha conhecimento que o Sr.Taveira Pinto já gastou muito muito dinheiro Publico para:Esclarecimentos parvos...Advogados...Enfim...Quando deveria ser do bolso dele..OS PROCESSOS SÃO DELE(pinto)NÃO Presidente...
Então mas este post não era sobre o José Luis Peixoto?
Mas que vergonha, tudo serve, mas afinal é para comentar o lançamento do novo livro do Peixoto ou para falar do P. da Câmara.
Vão- se tratar seus imbecis.......
Não sou adepto da escrita do peixoto, mas reconheço que está a ter um percurso literário interessante. agora gostaria de fala sobre a fundação antonio prates que visitei no fim de semana. fiquei parva com a a miséria que é a fundação mas cheia de pretenção. os funcionários são não percebm nada. é mesmo dinheiro mal gasto. e penso que pela terra não fez rigorosamente nada.
anonimos, só anónimos..tamos bonitos tamos. nos pontessorenses, não crescemos. Excepto o Peixoto, claro.
Este post é mais um exemplo do nojo que é este blog. Foi feito para dizer mal, e só dizer mal... Mas não admira de quem vem não se podia esperar melhor!? Mas tambem quando há oportunidade para se ter algum comentário mais construtivo, não se vê nada porque a credibilidade deste blog nojo é zero. E o exemplo disso é este post sobre o José Luís, e demonstra bem o carácter da pessoa e das 3 ou 4 pessoas que para aqui continuam a mandar a verborreia do mal dizer. Deixem o Zé LP em paz, não aproveitem o seu trabalho e a sua imagem para continuar a sujar o nome da nossa terra e das pessoas que por cá fazem serviço publico. A chalassa é já tão grande que ninguém acredita em voz, e o Zé LP merece bem que nós os seus conterrâneos o apoiemos sem invejas, mas com o espírito simples e de amizade com que ele nos trata a todos. Força Zé Luís faz outro romance como este e continua a gravar no papel o que de melhor tens para nos dizer. Parabéns!!!
Um amigo teu
O anónimo que escreveu isto:«Este post é mais um exemplo do nojo que é este blog. Foi feito para dizer mal, e só dizer mal... Mas não admira de quem vem não se podia esperar melhor!»
Além de ser um grande BURRO, com todas as letras, vejamos:
1-Onde é que o "post" ofende quem quer que seja, limita-se a divulgar a nova obra do Zé Luís, basta ler:
«[Photo]
DIA 14 DE NOVEMBRO
NA SUA LIVRARIA
[Photo]Ana sabia que a burra não valia muito dinheiro. As mãos de Ana eram velhas. Os dedos eram grossos e tinham riscos feitos pela lâmina da navalha de retalhar azeitonas. As palmas das mãos eram grossas e tinham o toque da superfície serrada de um tronco. As mãos do velho Durico eram magras e escuras. As costas das mãos, quando as estendia debaixo de um candeeiro de petróleo, eram suaves. As unhas eram certas por serem cortadas com uma navalha, à noite, quando a fogueira lhe iluminava o rosto. As palmas das mãos cheiravam a terra castanha e a fumo. As mãos de Ana passaram a corda para as mãos do velho Durico. As mãos do velho Durico pousaram duas notas nas mãos de Ana. A corda na mão do velho Durico era pesada e áspera, quando a puxava havia um movimento do corpo da burra que o seguia. Com aquela corda, puxava um corpo. As notas na mão de Ana eram muito leves, como se fossem feitas de teias de aranha, como se fossem uma camada de pó ou qualquer coisa invisível. Ana, o anjo e a cadela entraram nas ruas da vila, atravessaram-nas e, quando chegaram à estrada do monte, sabiam que havia um lugar dentro deles, o interior de uma gota de chuva, onde faltava algo que tinham perdido para sempre.
[Photo]
José Luís Peixoto tem um novo livro.
CAL, o título da obra, vai estar nas livrarias a 14 de Novembro e já é considerado uma das melhores obras de ficção do escritor nascido em Galveias.
Diz Eduardo Prado Coelho que a grande força [de José Luís Peixoto] está no modo como narra histórias que se dobram para dentro da sua própria loucura e no fio puríssimo de luz com que as vai reunindo e salvando do esquecimento.
CAL reúne textos de natureza diversa (3 poemas, 17 contos, 1 peça de teatro), ancorados num espaço rural e na vivência e memória dos mais velhos.
Aqui, a experiência da duração, da continuidade, funde-se com o sonho e com a loucura, num tempo fora do tempo.
Como um fio puríssimo de luz, uma ausência presente atravessa os gestos e as emoções destas figuras.
Em cumplicidade com a morte, a vida torna-se mais límpida, talvez mais pura.
A luz, como treva visível - força redentora das suas personagens -, é certamente um dos fios condutores de CAL.
Parte dos textos incluídos neste livro tiveram uma publicação limitada na imprensa escrita.
Os poemas Olhe os seus netos. Eles hão-de querer que o avô, As mulheres de 80 anos sentam-se em todas as cadeiras e A gente corremos pelas ruas da vila são aqui publicados pela primeira vez.»
Já leu bem, volte a ler duas vezes, para ver se percebe;
2-O anónimo não sabe distinguir entre um post e um comentário por isso é BURRO e dos grandes;
3-O anónimo ainda não percebeu quer queira quer não vive-se numa democracia e cada um de nós ainda é livre de escrever o que quer apesar de alguns BURROS terem tapa olhos;
4-O seu comentário é próprio de um BURRO, que nem ler sabe.
..."O seu comentário é próprio de um BURRO, que nem ler sabe"...
Ó minha amiga, o que você anda à procura eu não tenho lhe dar!
Além de BURRO o anónimo último é um GRANDE FILHO DA PUTA.
Que tristeza o nivel cultural de algumas pesoas da minha terra.
Deve ser do nivel do Presidente ou da cultura da Fundaçao d atreta
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