quinta-feira, 25 de outubro de 2007

O VAZIO DO...

O Governo, em Portugal, gosta de jogar Monopoly. E reserva-se o direito de desempenhar o papel de banca.
Ele distribui, parte e reparte. E está a conseguir fazer o que ninguém conseguíra fazer até hoje: fazer do país um far-west, onde a pobreza se instala impunemente.

O problema deste sítio não está, apenas, na desertificação do tecido social.
Está na pobreza de ideias de alguns dos seus líderes políticos.


José Sócrates é o mar Aral da mendicidade de ideias neste país.
Estende a mão à caridade alheia porque, manifestamente, não tem uma única.
Quando se lê a sua entrevista ao último número da revista L’Express percebe-se a dimensão do pensamento político do primeiro-ministro: é uma Arrábida esburacada por dentro.
Há, nela, uma frase que diz tudo sobre o seu vazio de ideias: O pragmatismo, de que me reclamo, significa agir na cultura do resultado.
Sócrates não é um ideólogo: é um contabilista. E o país é o seu livro de merceeiro.
O primeiro-ministro tornou-se um mero funcionário da gestão da economia, onde esquerda e direita se confundem.
Sócrates diz que sem risco, não há política, o que também é um conceito inovador.
Winston Churchill, se escutasse isto, puxaria de um charuto para não rir à gargalhada.
Sobre as relações com África utiliza a política Fausto Papetti: o saxofonista que toca para que todos gostem.
Apetece perguntar: há uma estratégia portuguesa para África?
Não se vê.
Mas o vazio ideológico, e de simples ideias, de Sócrates explica isso. E muito mais.


F.S.

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1 Comments:

At 25 de outubro de 2007 às 22:59, Blogger Pedro C said...

Desculpe. Li com atenção. Li até duas vezes. Podia não ter percebido à primeira. Sabe a idade começa a pesar e já não discorro com a mesma fluidez de outros tempos
Espremi, espremi e olhe... não escorreu nada, absolutamente nada daquilo que o amigo escreveu.
Desculpe lá. Pura retórica é, de facto, isto. Uma mão cheia de verborreia anti-governo, sim.
Sabe, a questão é esta. Mais de 30 anos de democracia e, aparentemente, temos os políticos que, eventualmente, merecemos, mas, deixe-me dizer-lhe, que temos também o povo e a mentalidade que merecemos.
Se dúvidas houvera, bastaria ler esta sua intervenção.
Mas já agora, dê uma voltinha aí pelo seu passado recente e aponte-me um exemplozito de melhor governação que se veja. Um único que lhe sirva de suporte a esta sua inefável vontade de dizer coisas (mal).
Atenção: eu não disse que "isto" é bom.
Só lhe peço é que me mostre melhor.
Sem demagogias, caro. Sem demagogias.
E não se aborreça.
Certamente que eu já estou mais cansado deste meu país que o meu caro amigo. Pode crer.
Mas, ainda vejo...

Pedro C.

 

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