quarta-feira, 11 de junho de 2008

A (Ir)RESPONSÁVEL

O Mundo altamente competitivo em que vivemos é uma realidade incontornável.
Hoje não basta sermos bons, temos que ser os melhores, sob pena de sermos ultrapassados.
O esforço que cada um de nós faz na nossa escola, no nosso emprego, na sociedade deixou de ser uma opção, ao invés, é uma obrigatoriedade para todos aqueles que queiram vingar, tanto nos estudos, como na sua empresa ou ainda na sua comunidade. Mas assim como todo o nosso envolvente é exigente para connosco, também nós temos de o ser para com ele.
Actualmente, o truque não está em ser diferente, está antes em ser mais exigente. Ser exigente, não é pedir o impossível, é exigir o melhor. E é o melhor que eu exijo para Ponte de Sor enquanto munícipe.
Preocupa-me os últimos acontecimentos relativos à panorâmica socioeconómica da minha terra.
O anunciado encerramento do maior empregador do concelho não deixa ninguém indiferente.
No que respeita à juventude pontessorense, ciente do que é o fenómeno da globalização, encara com inquietação toda esta situação.
É a confirmação que a nossa cidade ainda não tem para oferecer aos mais jovens saídas profissionais.
São elas poucas, precárias e cada vez menos.
No caso do fecho da Delphi, interrogo-me sobre uma série de questões.
Não digo que a câmara não tem feito os possíveis para negociar e minimizar os efeitos desta situação.



Mas vejamos,
- Há quanto tempo se sabe que a Delphi iria fechar?
- O que foi feito para se evitar este desenrolar?
- Que alternativas a câmara preparou para as pessoas que a Delphi vai deixar no desemprego?
Há muito tempo que era previsível este desfecho.
O que foi feito para se evitar o encerramento da fábrica (quando falo no passado falo de há 5, 6 anos para cá), acredito que tenha sido muito…mas esse muito parece que foi pouco ou então mal feito.
É dever do estado, em consonância com as empresas, tomar as devidas precauções perante as dificuldades, oportunidades e constrangimentos com que nos deparamos.
Mais responsabilidade ainda tem o estado perante situações que são previsíveis de acontecer.
Localmente, são as câmaras as entidades que devem salvaguardar os nossos interesses enquanto munícipes.


A câmara é uma das responsáveis pelo encerramento da Delphi. Ou melhor, é a responsável pelo número de pessoas que vão para o desemprego.
Isto porque,
- Não soube negociar condições mais vantajosas para a permanência da Delphi;
- Não arranjou alternativas para a reinserção profissional dos trabalhadores até agora…e já lá vão tantos anos.
Com a gestão deste processo por parte da câmara, esta dá um sinal, muito negativo, a todos aqueles que gostariam de trabalhar no concelho de Ponte de Sor.
Sempre tive esperança, que após tantos anos de viagens regulares ao estrangeiro do executivo da câmara, tantos amigos que fizeram por esse mundo fora, a câmara conseguisse trazer para Ponte de Sor novas indústrias ou então aumentasse as nossas exportações.
Na realidade, não aumentámos as exportações, não vieram mais industrias, nem tão pouco os amigos!
Temos que ser mais exigentes.
Estas situações são lamentáveis.
As viagens são importantes e concordo com elas, mas não podem ser exclusivamente para lazer, tanto mais que o dinheiro gasto nas deslocações é de todos e os dinheiros públicos devem sempre ser investidos em todos, não gastos apenas por alguns.

Gonçalo Godinho e Santos

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24 Comments:

At 11 de junho de 2008 às 21:23, Anonymous Anónimo said...

Uma análise séria sobre a crise da Delphi que merece ser lida «de fio a pavio».
Está de parabéns o seu autor.
Mais uma vez o Dr. João Pinto fica mal no retrato.

 
At 12 de junho de 2008 às 00:42, Anonymous Anónimo said...

O que se está a passar na nossa terra é sem duvida o espelho de todo o nosso país.Sinto que estamos a cair num poço sem fundo .

 
At 12 de junho de 2008 às 02:15, Anonymous Anónimo said...

no que diz respeito á delphi,gostaria de ter lido no artigo algo de concreto,sem as habituais frases feitas.A delphi deixa de pagar 600 euros/mês por operário para pagar 80 (oitenta) euros/mês.E o que poderá fazer uma camara municipal,independentemente da cor politica que tenha,para anular uma decisão destas?Acreditam que seria a camara capaz de travar uma decisão destas?A Espanha,tantas vezes usada como modelo,pôde fazer algo contra a decisão de encerrar a fábrica de Puerto Real (CADIZ)com 1600 trabalhadores,ou lá não existem governo,alcaldes,sindicatos?Uma decisão de encerramento deste tipo não passa por pres. de camara por muito jeito que isto possa dar á oposição desta camara ou de outra.

 
At 12 de junho de 2008 às 07:45, Anonymous Anónimo said...

De facto é pena que a câmara faça mais depressa pavilhões desportivos do que traga mais industria...o taveira pinto já prevê que daqui a 2 anos temos 6 atletas olímpicos

 
At 12 de junho de 2008 às 09:22, Anonymous Anónimo said...

Daqui a 2 anos vamos ter é o corja toda na pildra.

 
At 12 de junho de 2008 às 09:27, Anonymous Anónimo said...

O sr anónimo das 2 h e 15 minutos deve-se informar melhor, antes de escrever sobre o que se passou em Puerto Real.
Deve ver bem qual foi o papel do Ayuntamento Puerto Real, do Governo da Andaluzia, da Junta da Andaluzia em precionar o Governo Central de Madrid, bem como as soluções que foram encontradas as quais são muito diferentes das da Câmara Municipal de Ponte de Sôr e do Governo de Portugal.

 
At 12 de junho de 2008 às 12:24, Anonymous Anónimo said...

De repente a fome saltou para a ordem do dia. No início as referências ao problema eram exclusivas de políticos (Alegre, Soares, Portas, Louçã... ) e sindicatos (CGTP), o que tornava o assunto uma guerra política. Mas a entrada em cena de personagens como Dom Manuel Martins, antigo bispo de Setúbal, deu ao problema outra dimensão: a de crise social. Grave.

Esta "despolitização" do problema cria um problema acrescido a Sócrates. Porque reforça a ideia de que é o Governo o principal responsável pelas desigualdades sociais. Daí o apoio generalizado à contestação social: 200 mil pessoas na rua, greve dos pescadadores e camionistas... Até agora, Sócrates tem sabido resistir à tentação de abrir os cordões à bolsa (com excepção da suspensão da taxa social aos pescadores). Mas fá-lo-á durante muito tempo? É que até do seu melhor aliado, o Presidente da República, chegam sinais contraditórios: aquando da greve dos pescadores, Cavaco chegou a dizer que o Governo saberia os apoios a dar ao sector...

São tempos difíceis para Sócrates: por um lado vê degradar-se, rapidamente, a base de apoio de uma nova maioria. Daí a pressão para o eleitoralismo. Do outro sabe que, se ceder, pode deitar a perder tudo o que fez em matéria de défice orçamental e dar cabo de um dos seus grandes atributos: a autoridade. Agora é que vamos saber se temos primeiro-ministro...

 
At 12 de junho de 2008 às 18:45, Anonymous Anónimo said...

Qual será a desculpa que o Pinto vai arranjar desta vez para se voltar a recandidatar? Só vejo uma: garantir o emprego ao irmão e os subsídios à equipa de basquete dos filhos.

 
At 12 de junho de 2008 às 19:41, Anonymous Anónimo said...

É mesmo uma pena as pessoas continuarem a acreditar nesse parvo do Taveira Pinto...continua essa merda a prometer empregos às pessoas...que trás para cá outras fábricas...
Lembre-se bem:Logo na Primeira vez que ele ganhou as eleições,nessa campanha dizis com as Goelas bem abertas,que uma pessoa da familia que tem fábricas no Montijo iria cá Investir forte...Quantas fábricas cá tem???(zero)...
as outras que ele diz agora serão parecidas...

 
At 13 de junho de 2008 às 23:38, Anonymous Anónimo said...

Não compreendo como acabou o gasóleo em Ponte de Sor..então o presidente taveira deixou isso acontecer? Epá é só venderem-lhe as bombas do concelho por um preço simbólico que vão ver nunca mais falta combustivel em ponte de sor...
Não sei como ainda há gente que acredita naquele enegrume..Cambada de otários

 
At 14 de junho de 2008 às 21:09, Anonymous Anónimo said...

Trabalho com palavras. Disseco-as até ao tutano. Muitas vezes fico contente com o resultado, outras nem por isso. Gostava que as que vou transcrever fossem minhas, não são. São de Daniel Oliveira, mas não resisti a mostrá-las:
«...o PS, entregue a um cabide sem alma, sem currículo e sem memória que vive cercado de gnomos políticos, dá os sinais de autismo típicos do fim de um ciclo. Quanto maior o isolamento e a irritação do seu próprio eleitorado maior a arrogância e mais palco para figuras de vigésima linha. Do cavaquismo ao barrosismo, foi sempre assim no fim de todos os consulados.
É por isso natural que o ministro mais trapalhão deste governo (Mário Lino) e o provedor Vitalino (Vitalino Canas, porta voz do PS e provedor de empresas de trabalho temporário) valorizem a lealdade ao chefe. Não existem para lá dela, não existirão depois dela».

Estas palavras aplicam-se a toda a governação PS, de Norte a Sul do país, e, como uma luva, a Ponte dec Sôr.

 
At 15 de junho de 2008 às 23:03, Anonymous Anónimo said...

Lamento que os meninos da JSD, só falem quando lhes cheira a eleições.
Cresce Gonçalo.

 
At 15 de junho de 2008 às 23:38, Anonymous Anónimo said...

Para o caramelo das 7.41 PM, do dia 12 de Junho.
É lamentável que venhas com essa conversa contra o Dr. Taveira Pinto, mas certamente não te recordarás que, ainda não decorrido muito tempo,tinhas uma vida óptima, quando quem tú pretendes ofender,sustentava a tua casa com presentes, principalmente para a tua mulher, que certamente não seria pelos teus lindos olhos.
O teu local mais apropriado seria aqui em Santarém na Praça de Touros.
Despeço-me fazendo-te uma pega de caras.

 
At 15 de junho de 2008 às 23:39, Anonymous Anónimo said...

Para o caramelo das 7.41 PM, do dia 12 de Junho.
É lamentável que venhas com essa conversa contra o Dr. Taveira Pinto, mas certamente não te recordarás que, ainda não decorrido muito tempo,tinhas uma vida óptima, quando quem tú pretendes ofender,sustentava a tua casa com presentes, principalmente para a tua mulher, que certamente não seria pelos teus lindos olhos.
O teu local mais apropriado seria aqui em Santarém na Praça de Touros.
Despeço-me fazendo-te uma pega de caras.

 
At 16 de junho de 2008 às 23:07, Anonymous Anónimo said...

Este último comentador é que devia ser lidado onde quer mandar lidar os outros.A memória deste animal é curta não é seu t... corrido, deves ser da família do grande empresário do Montijo que nunca se viu o investimento...

 
At 17 de junho de 2008 às 14:49, Anonymous Anónimo said...

"Lamento que os meninos da JSD, só falem quando lhes cheira a eleições."
esta é q é verdade gonçalo...

 
At 17 de junho de 2008 às 19:25, Anonymous Anónimo said...

JULGAVA QUE OS COMENTARIOS A DAR PARA A ESTUPIDEZ E ORDINARICE FOSSE MARCA REGISTADA DOS TRABALHADORES DA DELPHI.VEJO QUE NÃO E LAMENTO QUE ESTE BLOG CONTINUE A SER UMA "LIXEIRA MENTAL".NÃO OS PODEMOS EXTERMINAR?

 
At 17 de junho de 2008 às 23:20, Anonymous Anónimo said...

Parece que um dos meninos da JSD já se anda a por em campoes mas colheu mal a porta de entrada, porque a RTL está na desgraça.

 
At 17 de junho de 2008 às 23:49, Anonymous Anónimo said...

Os jotas do PSD ainda falam e escrevem os jotas do PS, nem sequer existem.
Quem viu a secção do PS de Ponte de Sor no passado e quem vê o núcleo do PS de Ponte de Sor.
As diferenças são muito notórias.

 
At 18 de junho de 2008 às 17:47, Anonymous Anónimo said...

PARA..o das 7,25 ....quando falares nos da delphi dobra a lingua ,quanto ao exterminar logo se ve quem extermina quem ,não á cá praça de touros mas depressa se faz uma entendeste ó cavalgadura

 
At 25 de junho de 2008 às 21:47, Anonymous Anónimo said...

Há JSD em Ponte de Sor?
Pensei que era parte do passado, já não estou ai em Ponte de Sor,á algum tempo, mas só me lembro de ver a JSD com o que está na RTL.
Pode ser que desta a radio chegue a algum lado!!!!

 
At 8 de agosto de 2008 às 21:43, Anonymous Anónimo said...

Pois é Gonçalo as eleições estão próximas. A Delphi foi mantida em suspenso enquanto foi possível chegou o veredicto que sabiamos que ínadiavel não é só P.Sor que está com problemas, infelizmente é muito mais complexo que isso e a solução não passa pelo município passa pelo governo, se o município conseguir arranjar uma saída óptimo, não me parece evidente.

 
At 8 de agosto de 2008 às 21:50, Anonymous Anónimo said...

A Andaluzia não é o Alto Alentejo nem Puerto Real é a Delphi o governo espanhol mão é governo português. As situações são diferentes, a comparação é útil se percebermos os poderes negociais das autonomias e em particulatr da Andaluzia, a mais pobre região espanhola. AH!!! e há outra coisa !! os espanhóis também não são parecidos com os portugueses.

 
At 8 de agosto de 2008 às 22:04, Anonymous Anónimo said...

Numa discussão entre vários filósofos sobre o futuro de Portugal, se havia ou não havia futuro, se era culpa nossa ou de todos os outros, se eramos nós os piores de todos, se os outros só por estarem longe ou não serem nós eram menos maus... A discussão foi transmitida em directo pela radio antena dois e tinha lugar no Porto. Estavam os pensadores mais conceituadose, a conversa acabou em diálogo entre J.Gil e E.Lourenço. Que disse um coisa muito interessante, mais ou menos assim: O que interessa e o que modifica todas as situações, não são as contingências e o que acontece, há sempre crises e situações complicadas a acontecer, aqui e em todo o lado. O que interessa é a atitude que se tem perante essas situações, i.e., não somos tão diferentes, que só a nós é que nos acontecem coisas terriveis que nos desgraçam a vida. A nossa atitude perante essas situações e a atitude de /dos outros é que faz a diferença. (entre as pessoas, entre os paises)

 

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