PORRA! ATÉ A PRIMA
O processo Freeport não vai acabar tão depressa e está a deixar José Sócrates nervoso.
Hoje tinha o tom da voz um tom acima para gabar a sua ministra da santa educação e já falava, não para o país (alguma vez falou), mas para os queridos eleitores.
Já se percebeu: José Sócrates quando apertado fica fora de si.
O seu ministro adjunto, Pedro Silva Pereira, hoje à noite ao ser entrevistado por Mário Crespo na SIC, teve sempre o pé no travão e no limite da contenção ligou a cassete.
Mário Crespo, que até lhe perguntou por uma prima de José Sócrates que era sua secretária (acho que ouvi bem entre tanto ruído), acabou por o deixar acelerar num espasmo total, como quem diz: nada a fazer, fala e vai-te embora.
O problema de José Sócrates é que a sua vidinha está cheia de episódios de lana caprina, que no fundo revelam bem o seu patamar cultural e técnico (começando no inglês e passando pelo técnico), um curriculum medíocre, também típico dos dias que correm: o tempo dos pequenos de espírito triunfarem mais pelas manobras do engraxatório, da reverência ao chefinho, tudo embrulhado num permanente assustado perfil.
Este caso até nem deve ser nenhum escândalo.
Nem acredito em corrupção, embora eu ainda esteja naquela fase em que acredito no Pai Natal, apesar de estar a tentar curar-me.
O que é grave em tudo isto, é o lado miserável de espectáculo que José Sócrates dá: arma-se em vítima, evoca os malandros do costume, e ele é um santo que gosta dos portugueses, da classe média, dos professores, do alcatrão, da velocidade, e soube honrar os justos e profundos anseios da comunidade gay, a civil e agora a prisioneira.
O país agora não fala de problemas, crises e azias económicas.
Hábil em televisão, o primeiro arregaça as mangas e à falta de actores para fazerem distrair os portugueses é ele mesmo que vem para a pantalha, num jogo de sombras e ilusões, fazer o papel da sua vida: o entretrainer nacional. No episódio de hoje há indignação, amanhã intriga, depois paixão e esmola, por fim uma banhada total para um público pobre de espírito e ainda por cima de carteira.
L.C.
Hoje tinha o tom da voz um tom acima para gabar a sua ministra da santa educação e já falava, não para o país (alguma vez falou), mas para os queridos eleitores.
Já se percebeu: José Sócrates quando apertado fica fora de si.
O seu ministro adjunto, Pedro Silva Pereira, hoje à noite ao ser entrevistado por Mário Crespo na SIC, teve sempre o pé no travão e no limite da contenção ligou a cassete.
Mário Crespo, que até lhe perguntou por uma prima de José Sócrates que era sua secretária (acho que ouvi bem entre tanto ruído), acabou por o deixar acelerar num espasmo total, como quem diz: nada a fazer, fala e vai-te embora.
O problema de José Sócrates é que a sua vidinha está cheia de episódios de lana caprina, que no fundo revelam bem o seu patamar cultural e técnico (começando no inglês e passando pelo técnico), um curriculum medíocre, também típico dos dias que correm: o tempo dos pequenos de espírito triunfarem mais pelas manobras do engraxatório, da reverência ao chefinho, tudo embrulhado num permanente assustado perfil.
Este caso até nem deve ser nenhum escândalo.
Nem acredito em corrupção, embora eu ainda esteja naquela fase em que acredito no Pai Natal, apesar de estar a tentar curar-me.
O que é grave em tudo isto, é o lado miserável de espectáculo que José Sócrates dá: arma-se em vítima, evoca os malandros do costume, e ele é um santo que gosta dos portugueses, da classe média, dos professores, do alcatrão, da velocidade, e soube honrar os justos e profundos anseios da comunidade gay, a civil e agora a prisioneira.
O país agora não fala de problemas, crises e azias económicas.
Hábil em televisão, o primeiro arregaça as mangas e à falta de actores para fazerem distrair os portugueses é ele mesmo que vem para a pantalha, num jogo de sombras e ilusões, fazer o papel da sua vida: o entretrainer nacional. No episódio de hoje há indignação, amanhã intriga, depois paixão e esmola, por fim uma banhada total para um público pobre de espírito e ainda por cima de carteira.
L.C.
Etiquetas: Amigos do Partido Socialista, Compadrio, Corrupção, Educação, José Sócrates, Partido Socialista, Vigarices, Vigaristas
5 Comments:
Nos jornais, vinha anunciado Passos Coelho.
Todavia, Mário Crespo - para a sua "entrevista" onde espera vir a ter um milhão de espectadores (só se forem cegos, surdos e mudos) - chamou Pedro Silva Pereira, o mais perfeitinho dos clones de José Sócrates. Ou Silva Pereira "chamou-se" à entrevista, pouco importa e vai dar no mesmo. Vi-o, de passagem, a falar em "ofícios" e de "ambiente". Ainda bem que houve House na Fox.
Olha que admiração!
Cá pela cidade de Ponte de Sôr é a família toda.
Irmão, primo, etc...
José Sócrates garantiu aos portugueses (e ele é um homem honrado) que não recebeu luvas no caso Freeport, que não ia aumentar os impostos, que ia arranjr 150.000 postos de trabalho, que não ia pôr portagens nas SCUTs, que Portugal não estava em recessão, etc. etc. O homem fala sempre verdade.
Mario Crespo portou-se muito bem, pelo menos perguntou sobre o que o povo gosta de saber e não se deixou intimidar.
Não usa luvas.
Só mesmo ele na SIC e a Manela na TVI.
Pedro Silva Pereira, que em 2002 - aquando da Declaração de Impacto Ambiental e da alteração dos limites da ZPE do Estuário do Tejo foram aprovadas - era secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza - deu esta garantia durante uma entrevista conduzida por Mário Crespo, na SIC.
Para o Ministro da Presidência, o caso Freeport está a viver de "suspeitas alimentadas na comunicação social".
"Tudo deve ser investigado e investigado até ao fim", disse.
Conhecedor do dossier Freeport, Pedro Silva Pereira negou que, no âmbito da alteração da ZPE, as organizações ambientais não tenham sido consultadas, garantindo que "o Governo até isso fez", apesar de se tratar de uma recomendação - "não obrigatória" - da Assembleia da República.
Segundo o ministro, a Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente foi recebida pelo Governo, no âmbito da alteração dos limites da ZPE do Estuário do Tejo.
Sem "comentar enredos", o ministro da Presidência alertou para aquilo que disse ser a prova da "maior mentira" que estará a ser contada e que se prende com a alegada relação entre a Declaração de Impacto Ambiental (DIA) do projecto Freeport e alteração dos limites da ZPE do Estuário do Tejo.
Isto porque a DIA data de 14 de Março de 2002 e o decreto-lei que altera os limites da ZPE é de 20 de Maio do mesmo ano.
"É uma falsa relação", garantiu.
Questionado sobre a alegada existência no Ministério do Ambiente, quando José Sócrates era ministro desta pasta, de "favores a troco de dinheiro", Pedro Silva Pereira limitou-se a classificar a pergunta de "insultuosa".
Ora bem:
São estas intervenções que acabam por me reconvencer que esta gente está toda implicada nesta lixeira de favores, corrupção e compadrio. Não me refiro apenas ao caso Freeport, que toda a gente sabe, em Alcochete e nas redondezas, como é que foi feita a coisa.
Toda a gente vendeu terrenos ou tem amigos que os venderam.
Tudo "mamou" directa ou indirectamente com a especulação imobiliária e já tinha "mamado" antes com a ponte Vasco da Gama.
A corrupção e a negociata estão no sangue do tuga.
Não vale a pena ir por aí.
A classe política mais não faz do que espelhar fielmente (e se calhar até por defeito) o verdadeiro âmago da alma corrupta tuga.
A isto chegou um antigo povo de navegadores e heróis.
O que, em qualquer parte do mundo civilizado é considerado um crime altamente censurável e socialmente envergonhante é, para nós, uma coisa normalíssima e perfeitamente natural.
Pedir favores, pagar "luvas" e "agradecer" a quem ajuda a fazer "negócios" é do mais banal que há neste país.
Este procedimento em Inglaterra, França, Holanda, Suécia, Noruega, etc, dá prisão.
Mas aqui é assim. É a nossa "cultura".
Nada a fazer.
O verdadeiro negócio, no caso Freeport, não foi, de facto, a construção que se vê.
Foi o outro.
O que deu 4 milhões a quem não colocou uma pedra, um vidro, uma porta.
A muitos, provavelmente.
Eu devo dizer que, neste caso, recuso-me a acreditar que Sócras tenha recebido algum. Pelo menos "algum" substancial.
Não sei porquê, mas não acredito.
Tenho a certeza - como todos temos - que o seu diploma e a sua licenciatura são falsos.
Bem entendido. E que os projectos dos barracões na Guarda - toda a gente lá o sabe - não são da sua autoria.
Desse tipo de pequena corrupção ele é perfeitamente capaz, como se vê.
Agora... da corrupção mesmo???
Da grossa???
Receber milhões???
E continuava na política à espera de quê?
De que isto se soubesse?
Não acredito.
Podem ter sobrado umas migalhas, pela porta do cavalo, mas a parte de leão não foi para ele.
De certeza absoluta.
É claro que muitos se abotoaram à grande e à portuguesa.
Disso também ninguém tem dúvidas absolutamente nenhumas.
Mas não só com o Freeport.
Com tudo o que se constrói e quando há muito dinheiro em jogo.
Em Portugal "sobra sempre para todos", como na América Latina.
Mas quando se vê esta réplica do Sócrates (veste-se exactamente como ele, penteia-se exactamente como ele, age exactamente como ele) vir a terreiro dizer que «a desanexação da Zona Protegida do Tejo nada teve a ver com o Freeport», apetece-me reconvencer-me de tudo o que me convenci.
Estes insultos à inteligência mais banal não os aceito de modo nenhum.
Vá lá insultar quem ele quiser.
Isso é que foi um grande insulto, e não a pergunta do Mário Crespo.
Quando ouço estas marionetas apetece-me logo duvidar que a coisa possa ter sido assim tão ingénua...
Mas nem tudo é mau:
Acabámos de entrar no Guinness:
Somos o único país do mundo desenvolvido que consegue ter um primeiro ministro suspeito de forte corrupção, no activo.
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