sábado, 31 de outubro de 2009

NOVAMENTE PONTE DE SOR NAS NOTÍCIAS !

Não, não é sobre a Delphi, visto que aí o caso está resolvido. Em termos de comunicação social, o assunto Delphi está morto e Delphi morta, Delphi posta!

Ponte de Sor volta a ser falada nos noticiários. E como se aprende nas escolas de jornalismo, a notícia é quando o homem morde o cão, nunca o contrário.

Claro que o motivo não pode ser bom, não é sobre a fábrica polaca que irá substituir a Delphi (esperemos que seja verdade), a notícia é sobre esquemas, tramóias e corrupção

Nos últimos dias, a Polícia Judiciária iniciou uma operação a que deu o nome de «Face Oculta», que incidiu na actividade de um grupo de empresas que manteria um esquema organizado para beneficiar da adjudicação de concursos e consultas públicas na área de recolha e gestão de resíduos industriais, abarcando, essencialmente, a REN e a REFER.

As investigações já produziram, até agora, 13 arguidos. Outros decerto se seguirão, pois a procissão ainda vai no adro!

Nomes sonantes lá aparecem: o ex-ministro Armando Vara, o presidente da REN, José Penedos e outros nomes não tão sonantes que não vale a pena aqui estar a descriminar.

E é aqui que a nossa cidade aparece, no meio deste lodaçal de intrigas e corrupção.

Segundo a RTP,

«A investigação levou a PJ a mais de 30 locais por todo o país - Aveiro, Ovar, Santa Maria da Feira, Lisboa, Oeiras, Sines, Alcochete, Faro, Ponte de Sôr e Viseu - resultando dessa acção a constituição de 13 arguidos e a detenção de uma única pessoa, o empresário Manuel José Godinho, que hoje está a ser ouvido no Juízo de Instrução Criminal da Comarca do Baixo Vouga.»

O resto da notícia podem ler aqui.



Esperamos, atentamente e ansiosamente, os novos episódios.


E quanto às personalidades cá do burgo, quem serão?


Será que o Príncipe da Transilvânia voltou a fazer das suas?


PAPAGAIO DALTÓNICO

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27 Comments:

At 31 de outubro de 2009 às 21:22, Anonymous Anónimo said...

Armando Vara está a ser acusado de receber dinheiro para influenciar decisões políticas. Lamento informar mas esta actividade não é crime em Portugal. É praticada, de forma legalizada, por agências de comunicação, associações empresariais, autarcas, deputados, assessores de imprensa e associações diversas. Armando Vara é mais competente e cobra menos.

Nota: Pagar a detentores de cargos públicos para influenciar decisões é crime. Receber dinheiro para influenciar detentores de cargos públicos não é.

 
At 31 de outubro de 2009 às 21:34, Anonymous Anónimo said...

ONDE É QUE EU JÁ VI DISTO?
EM PONTE DE SÔR:

«A carreira de um corrupto

O dr. Mário Soares pediu esta semana à imprensa e à televisão que não insistissem no que ele chama "sensacionalismo" e percebessem, de uma vez, que o "sensacionalismo" não "paga": não "vende papel", nem aumenta audiências. Logo por azar três dias depois saiu um novo "escândalo" das profundezas do Ministério Público. Pior ainda: esse escândalo alegadamente envolve antigos membros de um governo PS e um velho amigo do primeiro-ministro. Em prosa tremendista, o Ministério Público declarou que há no caso uma "rede tentacular". Não sei se há "rede" ou não há "rede". Só sei, como sabe, ou desconfia, a maioria dos portugueses, que o regime se tornou numa enorme rede de corrupção. E não tenho a menor dúvida sobre a maneira como na prática isso aconteceu.

Basta imaginar a carreira típica de um corrupto. Começou por se inscrever num partido (no PS ou no PSD, evidentemente). Ou tinha influência, própria ou da família, ou conseguiu arranjar um "protector" (um empresário, um advogado, alguém com prestígio ou com dinheiro) para se promover a presidente da concelhia ou a qualquer cargo de importância. Daí passou para a administração central, para a Câmara do sítio ou, com muita sorte, para uma empresa pública. Com o tempo chegou a uma situação em que podia "pagar" os "favores" que até ali recebera e fazer novos "favores", em que já participava como sócio. Entretanto conhecia mais gente e alargava pouco a pouco os seus "negócios". Se punha o pé fora da legalidade, punha com cuidado, bem protegido por amigos de confiança e pretextos plausíveis.

Um dia, por fidelidade ao chefe, "trabalho" no partido (financiamento directo ou indirecto) e recomendação de interesses "nacionais", foi chamado ao governo: a secretário de Estado, normalmente. No governo, proibiu ou permitiu conforme lhe convinha ou lhe mandavam e convenceu outro secretário de Estado ou mesmo um ministro mais "versado" ou "ingénuo" a colaborar na sua "obra". Torcendo um regra aqui, explorando uma ambiguidade ali, a sua reputação cresceu. Não precisava agora de se mexer. Era, como se diz no calão da tribo, um "facilitador". A iniciativa privada gostava dele, o "sector público" gostava dele, o alto funcionalismo (a quem, de quando em quando, dava uma gorjeta) gostava dele. Ninguém lhe tocava. O corrupto ascendia à respeitabilidade. E anda, por aí, no meio de nós.

Vasco Pulido Valente
PÚBLICO
31-10-2009»

 
At 31 de outubro de 2009 às 21:39, Anonymous Anónimo said...

Mais uma vez,o nome da cidade envolvido em corrupção..., coitadinho do sr. dr. João, pessoa "tão séria", como aquele seu camarada Vara, estão sempre em todas... são mesmo amigos do partido.

 
At 31 de outubro de 2009 às 21:41, Anonymous A.F. said...

A política sucateira
da nossa democracia,
traduz a embusteira
desta suja plutocracia.

O tráfico de influências
entre gente engravatada,
é marcado por saliências
de mofatra ocultada.

 
At 31 de outubro de 2009 às 22:41, Anonymous Anónimo said...

QUEM RECEBIA PRENDAS

Gestores

Altos quadros de empresas públicas receberam automóveis Mercedes e Audi.

Militares

Militares da Brigada de Trânsito e das equipas de Protecção da Natureza e Ambiente.

Penedos

Mais de 200 mil euros em oito cheques na conta do arguido Paulo Penedos.

Finanças

Funcionários e chefias dos serviços de Finanças das áreas das empresas de Godinho.

Empresas

Refer, CP, Petrogal, Lisnave e REN estão entre as empresas envolvidas.

Colaborador

Membros de executivos municipais, funcionários camarários e fiscais municipais.

 
At 1 de novembro de 2009 às 19:00, Anonymous Anónimo said...

engraçado investigam mas as obras da barragem e que ninguem investiga sera que ninguem investiga aquelas ilegalidades ou ninguem tem a coragem de as denunciar. No que diz respeito a corrupção em ponte de sor não existem corruptos.A culpa e dos comunistas que nem denunciar as obras são capazes e ainda queriam governar a camra porra será que ´~ao tenho razão aquilo que se passa em montargil e uma vrgonha não e desenvolvimento e a CDU onde anda de ferias oui deichou de fazer o seu papel pedir responssabilidades a quem de direito e nos locais certos, vá lá estão na hora e no local trabalhem para isso votamos em vós queremos que homrem o nosso concelho com a vossa luta mostrem ao povo que aquilo e uma ilegalidade completa, por isso as obras estão embargadas, alguma coisa estara errada peçam responsabilidades está na altura de pedir responsabilidades a quem de direito está na hora de com respeito e cordaliedade politica denunciar a PJ uma investigação a sério, doa a quem doer.

 
At 1 de novembro de 2009 às 20:46, Anonymous Anónimo said...

São apenas 77 caixas automáticas, de um universo de 13 mil ATM, mas pode ser um precedente importante. Quem levantar dinheiro na rede NetPay paga como se estivesse no estrangeiro

Levantar dinheiro numa caixa automática pode dar direito ao pagamento de uma comissão. Isto se o consumidor o fizer numa das 77 ATM da rede NetPay.

A revelação da cobrança desta comissão é feita pelo próprio dono da rede NetPay - o Banco Português de Negócios (BPN). Em resposta a um e-mail que circula na Internet, o banco emitiu um esclarecimento explicando que são aplicadas taxas se o levantamento for feito com "cartões com a marca Multibanco e que são normalmente emitidos sob uma insígnia internacional - Visa ou Mastercard - que funcionam a crédito e a débito (vulgarmente designados por duais ou mistos) e permitem que em ATM Sibs (Multibanco) o cliente possa efectuar levantamentos a débito (default) ou a crédito".

Ora, estes cartões correspondem a mais de 90% dos que circulam em Portugal, ou seja, cerca de 18 milhões. Trata-se daqueles que ostentam a marca Multibanco e são também Visa/Electron ou Mastercard/Maestro. Permitem levantar dinheiro a débito em Portugal e no estrangeiro e funcionam como cash-advance (levantamento a crédito), operação sujeita a comissão.

No caso dos levantamentos feitos com estes 18 milhões de cartões nas 77 ATM da rede NetPay, estes "são considerados pelas entidades emissoras dos cartões como cash-advance e são comissionados como tal pelas entidades emissoras dos referidos cartões". A NetPay não usa o processador nacional, a Sibs, e processa as suas operações no exterior.

O BPN, que não adianta o valor da comissão, diz que estas são cobradas pela Visa ou Mastercard. Mas não alerta os utilizadores da sua rede de ATM para o facto de estarem a pagar uma taxa sobre a operação.

 
At 1 de novembro de 2009 às 21:06, Anonymous Anónimo said...

Cada vez é mais difícil entender a língua portuguesa…
Para os corruptos, eleitos e gestores dos serviços da Administração Pública, roubar o Estado e fugir aos impostos, não é crime. Eles são uns heróis, que enriquecem, sem trabalhar, sem produzir, e sem prejudicar "ninguém". E até se dão ao luxo de dar aos pobres!

Aliás, eles não roubam, não corrompem, nem são corrompidos: eles fazem "crimes de natureza económica", como agora se diz nos telejornais do PS.

Eles não têm prejuízo nem dívidas: eles têm "passivo".
À Banca, eles chamam agora "Indústria Financeira".
E à usura chamam-lhe "produto financeiro".

Cada vez é mais difícil a gente entender a língua portuguesa, sobretudo quando estamos a ser roubados, legalmente.

 
At 2 de novembro de 2009 às 12:31, Anonymous por ai said...

O aterro que andava a ser feito dentro do regolfo da barragem de montargil foi ontem dia 9 pelas 12:00 embargado pela ARH do Tejo,o dito aterro era para fazer um campo de golfe com licença passada pela CMPS, e construção da Sonagil para a Solago.
Quando os responsáveis pela ARH chegaram ao local ficaram de boca aberta como era posivel nos tempos que correm tal acontecer.
A obra foi embargada pela ARH e a construçao da marina também.
Foi dado um prazo de 12 dias para tirarem a terra mas neste pais os ricos nao respeitam a justiça os 12 dias ja passaram e a terra continua na mesma vamos ver o que vai dar.

 
At 2 de novembro de 2009 às 12:34, Anonymous por ai said...

O embargo foi no dia 9 de Setembro

 
At 2 de novembro de 2009 às 14:17, Anonymous Anónimo said...

Delphi: Operários de Ponte Sor já começaram a receber cartas de despedimento

Ponte Sor, Portalegre, 02 Nov (Lusa) - Os operários da Delphi, em Ponte Sor, já começaram a receber as cartas de despedimento e as respectivas indemnizações, disse hoje à agência Lusa o secretário-geral do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), José Simões.

"Os trabalhadores já começaram a receber as cartas de despedimento e alguns até já se encontram em casa com as respectivas indemnizações", disse.

No entanto, segundo o dirigente sindical, existem "alguns problemas" com processos de despedimento que estão a ser entregues a trabalhadores da unidade alentejana.

LUSA

 
At 2 de novembro de 2009 às 18:20, Anonymous Anónimo said...

Quanto aos Varas e aos Penedos, não é de estranhar estas noticias.

Aliás quando os socialistas estão algum tempo no governo começam a aparecer estórias destas, é o costume desde os tempos de Macau e dos amigos do Mário Soares.

Aqui no burgo e no que respeita à Barragem de Montargil e ao Saraiva, então a maioria do pessoal votou no Pinto não foi?

Quiseram que estas vergonhas e atentados ao património público continua-se, não foi?

O que querem agora, que a CDU e o PSD venham denunciar, apresentar queixas, discutir, brigar pelo interesse do n/ concelho?

Façam-no vocês e o presidente de câmara que elegeram com maioria.

Não quiseram que tudo continua-se como estava.

Não se queixem, porque este concelho e estes país só tem aquilo de merece.

Só mais uma coisa, deixem-se de andar a escrever merdas no blog sobre o concelho do Pinto e o país do Sócrates porque foram grande parte de vós que lá os colocaram.

VOTARAM NOS SOCIALISTAS, SÓCRATES E PINTO, agora aguentem-se.

 
At 2 de novembro de 2009 às 18:55, Anonymous L.C. said...

Ninguém aprendeu com a crise bancária, que foi uma crise por quebra na confiança e pelo rebentar de uma bolha de jogadas à casino. A banca abanou, o Estado deu a mão (nós pagámos) e os senhores banqueiros juraram portar-se bem. Estão a ver...

No nosso cantinho o BPN foi salvo com uma medida à PREC, o BPP teve uma mãozinha do Salvador e o BCP não foi nacionalizado, mas acabou com uma administração que parecia uma tutela do Estado, uma sucursal da Caixa. Socialistas e maçons depois do Jardim Opus Day.

Passada a borrasca, agora que parecia acalmar a tormenta financeira, surge a Face Oculta na banca, uma face que parece ter permitido jogadas de luvas e dinheiro vivo em conluíos entre sucateiros e doutores formados à pressa.

O escândalo Vara e sucateiro é demasiado reles para ser verdade. Claro que tudo isto é sempre considerando a presunção de inocência, mas o que a Judiciária acusa e o Tribunal aceita já é uma dimensão preocupante para este enredo.

O BCP não pode ter à frente dos seus destinos um administrador assim suspeito. E se a justiça só é feita quando o julgamento terminar até às últimas instâncias, não é possível ter administradores com um peso destes sobre a cabeça. É mau para o banco e é terrível para quem é suspeito. Mas a vida é assim. Quem tem cargos públicos deve ter a capacidade de se saber retirar quando está a ser o problema e não a sua solução.

Mas o escândalo bancário não se resume só ao BCP. A tramóia feita na CGD com aquele empréstimo de milhões à OnGoing, através dos fundos das reformas, e que ninguém explica por completo tal operação de alto risco, é a demonstração de que há gente que nunca aprende, nem quer e tem raiva a quem sabe!

Na noite das eleições Vara foi dos primeiros a ir ao Altis saudar Sócrates. Entrou à pressa. Sócrates diz ser grande amigo do bancário que virou banqueiro. E Sócrates apanhado em Bruxelas no meio da bronca respondeu à Barroso:" não me pronuncio sobre casos de justiça!". Claro. E ninguém lhe perguntou: mas Vara não foi posto na Caixa por si e por acaso não seria bonito defender um amigo numa hora má? Até o Presidente da Caixa o fez e não consta que seja amigo e que tenha promovido o secretário de Estado da Tolerância Zero, das matróculas K e dessa ideia de jerico que é a matrículas terem ao lado a data do veículo, a gestor da CGD.

 
At 2 de novembro de 2009 às 19:02, Anonymous Anónimo said...

Poderei concordar na integra com o conteudo do seu comentario mas no particular nao, nem todos votaram nesses senhores por esses e outros motivos e que existe oposição tanto a CDU como o PSD tem não só o direito como a obrigação politica de pedir responsabilidades ao executivo das obras que foram alvo de embargo, porque motivo as mesmas foram embargadas, é obrigação da oposição ter conhecimento, por dois motivos, primeiro porque tem que estar informada, segundo porque foram eleitos e tem de informar o eleitorado que os elegeu.
tanto o Senhor engenheiro Lisardo como o Senhor Arquiteto Amante tem conhecimentos na materia por estes e por outros motivos e sob pena de um dia virem a ser politicamente acusados de conivencia politica façam o favor de se informarem, de se documentarem e de denunciarem o caso se houver irregularidades a quem de direito pois a sua posição na autarquia assim o obriga são vereadores de pleno direito eleitos democraticamente, e por eles temos o mesmo respeito .
meus senhores ficamos nos os pontesorensses e os cidadãos anonimos que ainda respeitamos um pouco as leis deste pais a espera do vosso arduo trabalho porque nos todos sabemos que vai ser arduo e sabem ao que me refiro.
Já agora um bom mandato a todos e uma oposição justa penssando em todos e não so em alguns.
De um grupo de amigos que se costumama juntar todos os fins de semana em vale de vilão junto da barrgem e claro e que ja esta a penssar em mudar de local para o maranhão talvez.

 
At 2 de novembro de 2009 às 21:55, Anonymous Anónimo said...

Sobre o que a agencia Lusa afirma é mentira que os trabalhadores da delphi já estão a receber as edemnizações ,as cartas de despedimento sim,alguns estão em casa é verdade todos são trabalhadores da Delphi até 31 de Dezembro e só ai é que se acerta as contas ,ao menos digam a verdade uma vez que seja .

 
At 3 de novembro de 2009 às 11:31, Anonymous Anónimo said...

Desespero
Dia negro para milhares de trabalhadores portugueses

Os trabalhadores da Delphi já estão a receber as cartas de despedimento, mas só terão as indemnizações acordadas no final de Dezembro


Os mais de 430 trabalhadores da Delphi de Ponte de Sor já começaram a receber as cartas de despedimento, que será consumado nos próximos dias 30 e 31 de Dezembro, mas o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) diz que os processos estão "incompletos", pois "não indicam" o salário do trabalhador.

"Ou se tratou de lapso ou a empresa não quer que essa informação seja conhecida. No entanto, a lei é clara quando refere que os processos têm de incluir todos os elementos relativos ao trabalhador, como a antiguidade e a categoria profissional. Nas cartas enviadas está lá tudo, só falta a indicação do salário", disse o secre- tário-geral, José Simões, acrescentando que as indemnizações não estão a ser pagas: "O cheque só será entregue aos trabalhadores no final de Dezembro".

O acordo de despedimento colectivo, assinado em Outubro de 2008 entre a empresa, sindicatos e Governo, estabelece uma indemnização de 2,3 salários mensais por cada ano de trabalho. "Estamos convictos de que o acordo será cumprido", afirmou José Simões.

Para além das cartas de despedimento, alguns operários foram também mandados para casa. Entre estes incluem-se delegados sindicais. "Isso é demonstrativo de que a empresa gosta imenso das organizações sindicais", ironizou o secretário-geral do SIMA.

Quanto ao anunciado interesse de uma nova multinacional em adquirir parte das instalações em Ponte de Sor, assegurando a contratação de alguns funcionários agora despedidos, o dirigente sindical disse que tudo "não passa de boas-vontades e de promessas", sem que tenha sido concretizada qualquer proposta. "A única certeza é o desemprego", lamentou.

Em declarações ao DN, o governador civil de Portalegre, Jaime Estorninho, reconheceu que o encerramento da Delphi, maior empregadora do Norte Alentejano, terá um "grande impacto" na estrutura económica e social do distrito. "As indemnizações resolvem o problema imediato das pessoas, mas são postos de trabalho que dificilmente serão recuperados, dada a fragilidade do tecido económico da região", sustentou.

LUÍS MANETA
DIÁRIO DE NOTÍCIAS

 
At 3 de novembro de 2009 às 15:20, Anonymous Anónimo said...

A "Globalização", tal como foi concebida, vai determinar a derrocada económica do ocidente que passará para segundo plano e será ultrapassado pelas as novas superpotências que a globalização ajudou a criar: a China, a Índia e outros países. O Ocidente caiu na armadilha da globalização que interessava às grandes Companhias que pretendiam aproveitar-se dos baixos custos de produção no oriente. Todos sabem que o custo da mão de obra é insignificante no valor dos bens aí produzidos, em virtude dos baixos salários e da inexistência de quaisquer obrigações sociais. Os países ocidentais perderam a aposta quando aceitaram a "globalização selvagem" sem exigirem aos países do oriente que prestassem às suas populações melhores condições sociais, como: regras laborais justas, melhores salários, menos horas e menos dias de trabalho, férias anuais pagas, assistência na infância, na saúde e na velhice. A única alternativa será a de nivelar os salários e as condições sociais no ocidente pelas do oriente e é a isso que estamos a assistir neste momento, enquanto algumas empresas não resistem à concorrência e fecham as portas para sempre, outras estão a deslocar-se para oriente para assegurar a sua própria sobrevivência, o que provocará o desemprego e o definhar da economia ocidental em favor do Oriente. Quanto aos trabalhadores, será que vão aceitar trabalhar a troco de um ou dois quilos de arroz por dia sem direito a descanso semanal, sem férias, sem reforma na velhice, etc...? Não! por isso o ocidente está já a iniciar um penoso caminhar em direcção ao caos: a indigência e o crime mais ou menos violentos irão crescer e atingir níveis inimagináveis apenas vistos em filmes de ficção que nos põem à beira do fim dos tempos como consta nos escritos bíblicos. Para icentivar a não deslocalização de empresas estão a ser-lhes dadas facilidades fiscais e de isenção de contribuições para a Segurança Social, a qual será cada vez mais paga apenas pelos assalariados e pelos pequenos comerciantes e industriais sem dimensão para se deslocalizarem. Tal não será suficiente, nem para evitar as deslocalizações, nem para financiar a SS com necessidades acrescidas, apesar das reduções das prestações aos necessitados. A democracia só é viável se existir uma classe média apreciável; sem ela como esperam os políticos manter-se no poder? Como vão convencer os trabalhadores escravizados a votar neles? Será com o apoio de criminosos e outros marginais? Será que vão conseguir enganar a maioria dos trabalhadores e convencê-los de que a miséria é bom pra eles?
Finalmente, quando tudo estabilizar o centro do mundo económico serão as novas economias do oriente e a época áurea do ocidente pertencerá ao passado.
O terceiro mundo será então aqui, e, em breve, as ruas encher-se-ão por cá de grupos de salteadores desesperados, sobrevivendo à custa do saque. Com o declínio da classe média, haverá os ricos (alguns à custa do crime violento e/ou económico), que habitarão autênticas fortalezas protegidas por todo o tipo de protecções e que apenas sairão rodeados por guarda-costas dispostos a matar ou a morrer pelo seu “senhor”; e os pobres, uma enorme mole de gente desocupada de mendigos e de salteadores lutando pela sobrevivência a todo o custo e cuja protecção apenas poderá ser conseguida agrupando-se, pois as ruas serão dominadas pelos marginais, ficando as polícias confinadas aos seus espaços próprios e reservadas para reprimir as “explosões” sociais que possam surgir.
Os políticos, desonestamente, para justificarem o corte de regalias sociais, continuarão a lamentar a redução da "natalidade", num discurso perverso que não relaciona o desemprego como futuro mais que provável para as novas gerações, até porque a intervenção humana será cada vez mais desnecessária à produção face às novas tecnologias. E não havendo uma melhor repartição da riqueza, não há a possibilidade de grande aumento em ocupações alternativas, como, lazer, saúde, etc.
PS e PSD são os dois fiéis

 
At 3 de novembro de 2009 às 15:22, Anonymous Anónimo said...

(...)
PS e PSD são os dois fiéis representantes em Portugal desta política. de "Globalização", por isso não podem enjeitar os resultados que estão a surgir.

 
At 3 de novembro de 2009 às 19:23, Anonymous L.C. said...

Das poucas coisas que funcionam bem em Portugal é o Multibanco. Fomos pioneiros neste serviço e hoje estamos à frente no Mundo nesta facilidade aos consumidores. Basta irmos a Espanha para constatarmos como o serviço do país vizinho está anacrónico. Por exemplo na portagem da auto-estrada Barcelona-França não são aceites cartões Electron. Numa gasolineira não me deixaram pagar com Visa e em Perpignan, França, é preciso andar 500 metros no centro para encontrar o único Multibanco disponível.

Via Verde, Multibanco, homebancking, são serviços excelentes em Portugal. São um sinal daquilo que podíamos fazer em inovação noutras áreas.

Pois bem. Como é um serviço avançado, aceite e usado por milhões de portugueses, como é também um serviço que poupa na mão de obra e em custos brutais nas empresas, principalmente na banca, que quer agora a banca? Passar a taxar o uso do serviço.

Andaram há 20 anos a seduzir os clientes para a indiscutível vantagem das operações online e agora que estão implementadas, e os clientes reféns dessa prática, os espertalhões da banca querem ir aí sacar mais uns milhões para os chorudos lucros.

Os mesmos lucros que servem para operações de duvidosas rentabilidades, como foi a operação da CGD com a OnGoing, ou o custo da nacionalização do BPN, ou a iliquidez do BCP sustentada pelos mesmos de sempre.

Não bastando toda esta lata, a banca depois de se ter portado da forma desgraçada como se portou em termos de credibilidade na crise, vem agora praticar spreads loucos, impedindo os pequenos de terem acesso ao crédito, enquanto os grandes manobram como querem.

Discurso de taxista ? Antes fosse. Com uma banca destas o melhor mesmo é meter a massa debaixo do colchão. E quando inventarem uns cofres baratos e seguros então é que a malta não vai mesmo depositar nos bancos.

 
At 4 de novembro de 2009 às 09:06, Anonymous M.A.P. said...

Há uns anos, na cadeia de Paços de Ferreira, dizia-me o "capo" da máfia calabresa Emílio di Giovinni, condenado em Portugal a 16 anos de prisão e extraditado depois para Itália, onde apareceu morto na cela: "Portugal é um paraíso!". Referia-se, não à doçura do clima, mas à das leis penais e processuais penais que, manietando os tribunais, fazem hoje de Portugal, do mesmo modo que alguns países são destinos de turismo sexual, destino privilegiado de turismo criminal.

Ora porque não haveriam os criminosos e corruptos nacionais de usufruir também de tão aprazível e condescendente clima penal? O que se vai sabendo da recente operação "Face Oculta" dá uma ideia da quantidade de gente fina (empresários, políticos, gestores públicos…) que tem enriquecido à sombra da estranha (?) inacção de governos e AR no combate à corrupção. Todos os dias se conhecem novos braços do polvo: REN, REFER, CP, EDP, GALP, Estradas de Portugal, Carris, CTT, IDD, EMEF, Portos de Setúbal, Estaleiros de Viana, Lisnave, Portucel, autarquias… O país tresanda de alto a baixo; o problema é que uma barrela não interessa a ninguém.

 
At 4 de novembro de 2009 às 21:19, Anonymous J.M.M. said...

O caso da "sucata", a corrupção e tráfico de influências é apenas a ponta do iceberg que mina a Democracia Portuguesa.

Todos os portugueses se apercebem que há muita gente a enriquecer sem que se saiba como.

Gente que enriquece apenas porque tem cargos com Poder decisório, geralmente associado a cargos políticos opu amizades políticas.

O caso de Armando Vara e a "Face Oculta" é apenas mais um.

O Polvo vai minando Portugal, ao mesmo tempo que se percebe que o Poder Judicial depois não dá resposta.

Ou os casos emperram no Ministério Público, ou quando chegam a julgamento a decisão leva anos e anos com a impunidade que se sabe.

Os portugueses sabem que acontece com enorme frequência que os processos que envolvem políticos arrastam-se nos tribunais durante anos e anos, e terminam ou pela prescrição ou pela manipulação das testemunhas que durante anos vão sendo controladas.

O que estranho é que neste caso "Face Oculta" o Partido Socialista não tenha feito o mesmo que fez no caso Casa Pia, a todos os títulos repugnante.

O PS já não tem a maioria e os tempos económicos são outros. Logo as coisas estão mais complexas.

Mas tudo isto serve para empobrecer Portugal, para nos levar para as piores cifras da União Europeia.

Seria importante que houvesse uma alteração legislativa que determinasse que os magistrados fossem eleitos, como são nos EUA.

Sucata, sucata é o nosso regime político e a força enorme da maçonaria na nossa sociedade.

Quando os portugueses acordarem e sentirem que têm de se libertar desta escumalha as coisas vão ser diferentes.

 
At 5 de novembro de 2009 às 14:08, Anonymous F.S. said...

Nos últimos anos cresceu a convicção de que as vitórias políticas se ganham ao "centro". Mas, claro, para isso é necessário que se defina o que é "centro".
Há uns anos, o então CDS dizia que estava "rigorosamente ao centro". Hoje o PS e, às vezes, o PSD parecem ser o "centro".
Não foi por acaso que Portugal doou ao mundo o "centrão".
Como resultado disso, Sócrates pensou que se não fizesse algumas "reformas" o PS perderia o "centro" e cedê-lo-ia ao PSD.
É certo que o PS e o PSD se esforçaram tanto para interiorizarem a ideologia "centrista", que é mais aquilo que os une do que os divide.
A gestão do papel do Estado e das obras públicas é que os definem como centro-direita ou centro-esquerda. De resto, o chavão do "centro" é a "eficiência".
Mas, estando tão apegado ao "centro", o PS esqueceu-se de que houve uma altura em que se arriscou a perder as eleições.
A questão da avaliação dos professores ia sendo mortal para as ambições de Sócrates.
Foi por isso que Maria de Lurdes Rodrigues foi removida com palmadinhas nas costas.
É por isso que Isabel Alçada é ministra, embora nunca se tenha escutado uma ideia sua sobre o tema.
Esperava-se, pois, mais "centrismo" do PS em matéria de educação nesta legislatura. Mas, aparentemente, Jorge Lacão regressou à política de D. Quixote do anterior Governo relativamente à avaliação dos professores. Avança temerário e, depois de acertar com a cabeça nas pás do moinho, recua aos tombos. O PS deveria ter aprendido a lição. Mas, pelos vistos, tem de voltar à escola primária.

 
At 5 de novembro de 2009 às 21:02, Anonymous J.A.M. said...

O parlamento acaba com desdobramentos e milhas nas viagens de seus membros. Gama é elevado a herói. Mas todos reparam que, na prática, a teoria, até ontem, era outra. Durante mais de três décadas todos os deputados e todos os partidos eram Frei Tomás: "olha para aquilo que eu digo, não olhes para aquilo que eu faço". Agora, arrependeram-se porque tiveram medo! Ainda bem!


O debate na SIC-Notícias de ontem, moderado por Gomes Ferreira, entre magistrados, polícias e jornalistas sobre a corrupção, foi arrasador, mas completamente faccioso. Não deram voz à parte mais interessada e mais conhecedora do processo: os ladrões de colarinho branco que fazem discursos contra a corrupção...


Gostei daquela citação indirecta de Cravinho que fez o moderador: afinal na política portuguesa há muitos inocentes. São os chamados "inocentes úteis"...


Decidi ler todos os meandros disponíveis do processo italiano que desmantelou a P2. Liguei a coisa à "Operation Chaos". Reparei no efeito indirecto do assassinato de Aldo Moro, com vermelhos aos tiros. Foi-me dado concluir que Vaticano, Maçonaria, Magistratura, Empresários e Partidocracia, quando se armam em aprendizes de feiticeiro, podem enredar-se em vergonhas com solitárias mãos limpas...


O que agora aparece em cima, por causa do que está em baixo, é tudo conforme ao que está em baixo. E em matérias de corrupção, o bom senso aconselha que se comece em cima, com os bons exemplos e o arrependimento sincero. Para que essa questão de carácter, dos que estão lá em cima, chegue cá baixo e acabe com os micro-autoritarismos sub-estatais que fazem arrozinho de polvo com duros resíduos de tentáculos e certos laivos de informal picante que fazem ardor nas gargantas fundas.


Seria bom tirarmos imediatas lições desta operação sucata. Se houvesse um Observatório de Grupos de Pressão, pediria ao dito que me publicitasse imediatamente todas as redes, eventualmente legais, de "consultadoria", incluindo o aconselhamento jurídico informal, e de "outsourcing" com que os aparelhos do estadão neocainesiano e os seus anexos pretensamente oposicionistas estão a privatizar clandestinamente o espaço público, com o colaboracionismo da partidocracia e da velha Dona Maria da Cunha...

 
At 6 de novembro de 2009 às 19:03, Anonymous Luís Garcia said...

Jorge de Burgos, monge cego e bibliotecário da obra de Umberto Eco “O Nome da Rosa”, é a sétima vítima de … si próprio.
Nesta muito mais que história quase policial Eco atravessa simbolicamente 7 mortes que ocorrem numa abadia da idade média com uma sequência análoga ao profetizado como o fim dos tempo pelas 7 trompetas do Apocalipse. Nesse tempo a apologia do riso supostamente consignada no II livro da Poética de Aristóteles, confundia-se com a liberdade de acesso ao saber e com uma pré-teologia da libertação, do despojamento da riqueza e da separação dos poderes do Estado e da Igreja e opunha-se ao nominalismo sectário e à acção inquisitorial de uma Igreja Faustosa, herdeira da chamada doação de Constantino.
O labirinto que esmagava o saber não era apenas nominal, traduzia o enleio da existência real.
Em “O Nome da Rosa” estávamos em plena Idade média, tempo de existência fatal e cruel marcado pela acção inquisitorial dessa Igreja de João XXII com origem conceptual na bula Unam Sanctam de Bonifácio VIII.
A esse mundo fatal opunha-se o optimismo de Marsílio de Pádua partidário do Imperador Luís II da Baviera na contenda entre este e o papa João XXII.

A dialéctica que opõe fatalismo e optimismo atravessa os tempos e exprime, de um ponto de vista simbólico, a relação entre as forças centrípeta e centrífuga, entre o estabelecido e o desconhecido, entre o medo e a coragem, entre o imobilismo e a dinâmica.

No mundo de hoje a reprodução dos medos faz-se à velocidade vertiginosa como tudo acontece.
O sistema permanece, resiste à mudança vencendo e absorvendo relações sociais dialécticas pela estimulação individual dos medos, pela imposição da pretensa fatalidade Apocalíptica do capitalismo ser o fim dos tempos. Atrás destes tempos desenha-se a incerteza do desconhecido, o medo do abismo, a insegurança da desordem a fatalidade do caos.

O culto do não, não é possível assenta, ainda que intimamente, no conforto da certeza minimal da nossa própria defesa contra a frustração do arriscar no sonho da mudança.

Assim vamos caminhando de recuo em recuo para posições firmes, com os pés bem assentes na terra. Quando confrontados com uma onda de optimismo, desconfiamos, recuamos, tentamos segurar-nos às amuradas dos nossos medos do insucesso, da nossa angústia da incerteza da vitória. No contexto da não vitória impera a ordem, a regra, o tempo que parece imutável. Qualquer pequeno avanço que ocorra por um qualquer imponderável sócio-histórico-político, transcenderá largamente as nossas expectativas e traduzir-se-á numa estrondosa vitória.

Tudo isto a propósito de tudo e nada, da vida e da existência(zinha) e, afinal de contas, de Ponte de Sôr e do Alentejo.

 
At 6 de novembro de 2009 às 19:24, Anonymous Anónimo said...

Português técnico
Não costumo comentar notícias de processos e de investigações policiais, por temer pelo rigor e pela seriedade da nossa Justiça.
Armando Vara, por razões que não me interessam, apresentou ao Conselho Geral e de Supervisão do BCP a suspensão do seu mandato. Fê-lo formalmente, por carta.
Retive, incrédulo, a última frase:
«Suspenção e não renuncia porque tal poderia ser entendida com assumpção de culpa.»

Quanto mereceria este pedaço de ... português técnico ... na UNI? 16 valores?
Talvez 17, vá!

 
At 6 de novembro de 2009 às 19:26, Anonymous Anónimo said...

26 cêntimos/dia
É este o valor do extraordinário aumento de 1,25%, que o Primeiro-Ministro anunciou hoje para um pensionista que aufere uma reforma de 630 euros.

52 escudos na moeda antiga.

Dá para uma carcaça, ou, mais correctamente, para um papo-seco. É que o aumento não chega sequer para a manteiga.

Porreiro, pá!

26 cêntimos…

 
At 8 de novembro de 2009 às 11:28, Anonymous Anónimo said...

O problema maior é que grande parte dos portugueses têm 200 euros de reforma mas como só pensam em milhares, pensam que ao por a fasquia nos 600 já estão a mostar uma grande coisa.

 

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