quinta-feira, 12 de abril de 2007

AS EMBRULHADAS NÃO ACABARAM

Depois de Gago fechar a Independente Sócrates virá falar à Nação sobre as tropelias em torno do seu curriculum.
Com diz hoje o DN online o primeiro-ministro irá usar a faculdade como bode expiatório.
Mas eu gostava de saber se as questões abaixo postas são ou não são factos incontornáveis?


1- Em 1996 a Independente não licenciava engenheiros

2- Em 1996 não tinha conselho cientifico

3- O mesmo professor fez-lhe quatro cadeiras

4- O reitor fez-lhe o exame de inglês técnico
5- A filha do reitor assinou o canudo a um domingo

6- Os colegas não o viram nunca nas aulas. Só nos exames. Entrava, ficava a um canto e saía antes do fim.
7- O professor que lhe deu quatro cadeiras acabou no governo, era amigo de Vara ( que também se doutorou por lá num esquema semelhante) e acabou expulso do governo depois de ter nomeado uma empregada brasileira do restaurante Bacalhau para alta responsável), é ver no expresso.
8- Sócrates usava papel timbrado do governo para comunicar com o reitor.

As embrulhadas não acabam


Para quem defende o rigor, a qualidade do ensino, a excelência, a competência na função pública, para quem quer um país moderno, culto e capaz, não me parece grande curriculum, nem atitude recomendável.

Estes moralistas acabam sempre por revelar a sua verdadeira face.

Mesmo que o curriculum seja verdadeiro, e eu nem duvido, o que me parece evidente é que foi tudo saído na Farinha Amparo, sem esforço, sem rigor, sem qualidade.
Simplex meus caros !!!

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8 Comments:

At 12 de abril de 2007 às 23:41, Anonymous Anónimo said...

"AS EMBRULHADAS NÃO ACABARAM"

POIS NÃO:

Sócrates tem dois certificados de licenciatura diferentes
Notícia TVI
Documentos apontam para um número diferente de cadeiras feitas na UnI.

José Sócrates possui dois certificados de licenciatura na Universidade Independente (UnI). Um, publicado nos jornais, diz que o primeiro-ministro acabou a licenciatura a 8 de Setembro de 1996. Esta é a data que Sócrates referiu na entrevista à RTP. O outro, que consta no ficheiro pessoal de Sócrates na Câmara Municipal da Covilhã (CMC), foi emitido em 26 de Agosto de 1996 e atesta que o chefe do Executivo acabou a licenciatura em 8 de Agosto do mesmo ano.

As diferenças entre ambos não se ficam por aqui. O certificado que se encontra na CMC atesta que o primeiro-ministro teve equivalências a 24 cadeiras e que realizou sete na UnI. São elas Inglês Técnico, Computação Numérica, Análise de estruturas, Betão Armado e pré-Esforçado, Investigação Operacional, Estruturas Operacionais e Projecto e Dissertação.

No segundo certificado, o chefe do Executivo teve equivalências a 27 cadeiras e fez cinco durante o ano lectivo na Independente. Às cadeiras de Computação Numérica e Investigação Operacional Sócrates terá tido equivalência, ao contrário do que atesta o primeiro certificado.

Em entrevista à RTP, o primeiro-ministro reiterou ter tirado apenas cinco cadeiras na Universidade Independente, no ano lectivo de 1995/1996.

Palavras para quê!
Quanto mais se mexe na merda...

 
At 13 de abril de 2007 às 00:08, Anonymous Anónimo said...

Todos conhecem esta anedota:

O que é que antes de o ser já o era?
A resposta é Pescada.

Agora a nova versão

O que é que antes de o ser já o era?
A resposta é o Engenheiro Sócrates!!

 
At 13 de abril de 2007 às 12:40, Anonymous Anónimo said...

Andava tão comprimido
Mal podia respirar
O ano estava perdido
E a raposa a espreitar.

O Pai escreveu-lhe da terra
"Então filho o teu estudo?"
Afonso não deu resposta
Pobre rapaz estava mudo! bis

Refrão

Oh! Afonso, Oh! Afonso, Oh! Afonso, Oh! Afonso
Olhá sebenta,
Olha que o ano rebenta! bis

Lá começou a estudar
Horas e horas sem fim
Até esqueceu namorar
Afonso, pobre de ti.

O tempo era sempre curto
E o livro tão comprido
Afonso andava louco

"Ai! Mais um ano perdido!" bis

Refrão

E lá regressou a casa
Tão triste quase a chorar.
O Pai fez uma festa
Por o seu filho chegar.

"Meu filho já és Doutor!"
Diz o Pai todo possante
"Ó Pai eu não sou Doutor
Eu sou um grande estudante!"

 
At 13 de abril de 2007 às 12:42, Anonymous Anónimo said...

Um exemplo para todos os portugueses, para os estudantes em particular
Está tudo esclarecido. O PM frequentou as aulas na Universidade Independente, pagou as propinas, estudou, fez exames. Nessa época remota o funcionamento dessa instituição era "absolutamente impecável" (sic). Embora se verificassem certas singularidades: notas dadas pelos professores em período de férias (Agosto), concessão de equivalências sem exibição pelo aluno dos títulos invocados, diplomas passados aos domingos, aulas ministradas pelo (magnífico, como todos eles) reitor (por falta de professores ou excesso de tempo livre do mesmo?)...
Mas a culpa não era evidentemente dos alunos. E concretamente aquele aluno fez (e bem) o seu trabalho, aliás em regime pós-laboral, sacrificando assim o seu tempo livre e o merecido descanso das labutas político-governativas: foi a (algumas) aulas (embora não tenha sido avistado por todos os colegas), estudou, fez exames, ficou aprovado em todas as 5 cadeiras (ou bancos, ou "mochos", não sei) que frequentou, sendo de salientar que 4 delas foram regidas pelo mesmo professor, o que indicia tratar-se de um mestre fora-de-série, o que naturalmente acresceria o grau de exigência em relação aos alunos, o mesmo raciocínio sendo válido para a cadeira (banco, etc.) ministrada (magnificamente) pelo próprio reitor.
Tudo isto fez o referido aluno com sacrifício e pertinácia, com o único objectivo de se valorizar. É um exemplo para todos os portugueses. É um orgulho para todos nós. E os estudantes que ponham os olhos neste exemplo e cultivem as virtudes que dele se retiram.
E universidades assim é que se precisam. Universidades que não ponham problemas burocráticos aos alunos na inscrição e nas equivalências, que lhes arranjem planos especiais de licenciatura, que não fechem nas férias e aos domingos, que aproveitem ao máximo a sua massa cinzenta (vulgo corpo docente), evitando contratar massivamente docentes, com a consequente baixa de qualidade do ensino e aproveitando as próprias (e magníficas) capacidades dos reitores.
A ordem de fecho da Universidade Independente é um acto gritante de injustiça e um dano irreparável no nosso mundo universitário.

 
At 13 de abril de 2007 às 12:45, Anonymous Anónimo said...

Os pecados veniais de 1993 (ano da biografia parlamentar) ou de 1995-6 (ano da Independente) preocupam-me pouco. O "jovem" Sócrates (que já não era tão jovem como isso, mas dou o desconto porque nas carreiras políticas das "jotas" envelhece-se devagar) pode sempre dizer que confundiu o "uso social" dos títulos académicos com a sua veracidade. Passons, não é grave, nem nada de especial, até porque sem méritos não se chega a Primeiro-ministro.

O curso pode ter sido de plástico, mas em muitas universidades portuguesas e não só nas privadas, é essa a oferta existente. A troca de favores, que agora parece ser, para os que querem encerrar o assunto, a única dúvida aceitável (com a ajuda inestimável do BE dixit ), só pode ser provada por um inquérito comparativo com outros estudantes em idênticas circunstâncias. Ora, isto é difícil sem uma comissão habilitada e com poderes para inquirir, e a amostra será sempre tão pequena que os resultados serão precários. Se Sócrates teve a vida "facilitada" pela Independente? É natural que sim, porque é sempre boa publicidade ter um deputado como estudante. Mas, para isto Sócrates não tinha que dar nada em troca a não ser "existir" e inscrever-se naquela universidade. Não me parece que sobre isto tenha especiais responsabilidades, e não há a mínima indicação de que terá havido qualquer troca de favores.

Mas não é o Sócrates de 1993 ou de 1996 que me preocupa, é o Sócrates de 2007 revelado pela sua atitude face ao que se está a passar. Preocupa-me o "método", a ocultação da verdade pela confusão lançada com explicações e afirmações contraditórias, as pressões para que o assunto não fosse tratado na comunicação social, a mistura de arrogância e falsa indignação, o "silêncio" que fala ao telefone, a derradeira tentativa de encerrar o assunto quase manu militari usando todos os meios e todas a influências, incluindo insultos e ameaças e tentando criar um vazio de credibilidade sobre quem continua a achar-se pouco esclarecido. Isto preocupa-me até porque é o "método" da OTA, e será o "método" para qualquer coisa que irrite, acosse ou ameace o Primeiro-ministro do alto do seu poder. Não é o carácter que tem que ser julgado, é a qualidade da governação que pode ser afectada por um estilo de tratar as coisas em que se usa o poder, todo o poder, para esconder as fragilidades.

*

Há, no entanto, em tudo o que veio a público, um único documento que me preocupa muito mais do que qualquer outro e esse tem que ser cabalmente esclarecido e até agora não o foi. É este, em duas versões do mesmo documento:



Não é um cheque, nem uma escritura, nem um documento legal, mas é o único documento que conhecemos assinado por José Sócrates e tudo nele é obscuro. E todos os dias mais obscuro fica, como se vê hoje no Jornal de Notícias:

"No Parlamento também ninguém sabe explicar quando e como foram feitas as alterações, porque "decorreram 15 anos e é impossível indagar", respondeu ao JN o gabinete da secretária-geral. Adelina Sá Carvalho diz, no entanto, que, "em regra, as correcções são feitas no original", acrescentando que "nenhum dos documentos [dos dois encontrados no Parlamentol] é um original". Não há, portanto, nenhuma explicação para o facto de, em regra, as alterações serem feitas no original de "um registo biográfico que é enviado, por cópia, aos serviços que dele carecem" - como diz a secretária-geral - e existir uma cópia no Arquivo Histórico sem as correcções e outra corrigida na Divisão de Apoio ao Plenário. O gabinete do primeiro- -ministro voltou a garantir ao JN que "foi feita uma clarificação do registo inicial", salientando que em nenhuma das cópias existentes é referido "pelo deputado ter, àquela data, uma licenciatura em Engenharia Civil". O gabinete de Sócrates garante igualmente que as correcções foram feitas "naquela altura", ficando na dúvida apenas quanto ao dia, por já terem passado 15 anos. Sem o original, existem apenas duas cópias que dizem coisas diferentes."

Convinha lembrar à responsável da Assembleia da República as palavras de Mariano Gago sobre a responsabilidade dos "donos" da Universidade Independente pela preservação e integralidade do seu arquivo e que se aplicam como uma luva à Assembleia da República. Convinha que não se esquecesse de que talvez não lhe fique bem ser tão peremptória sobre a impossibilidade de "indagar". Convinha também lembrar ao senhor Procurador Geral da República que, aqui sim, há razões para inquirir.

José Pacheco Pereira

 
At 13 de abril de 2007 às 13:14, Anonymous Anónimo said...

ahhhhh istu é uma paródia....

dois certificados da Independente com datas diferentes? ....e com cadeiras diferentes..... ahhhhhh istu é deliçioso todos os dias há novidades e "lapsos"!!!!.....prá semaine há mais esclarecimentos?

entretanto o Benfica foi cos porcos portanto a crise pode agora ser definitiva.....

 
At 13 de abril de 2007 às 13:18, Anonymous Anónimo said...

Currículo académico
Sócrates esteve matriculado três anos em Direito

Primeiro-ministro inscreveu-se na Universidade Lusíada no final da década de 80, mas desistiu da licenciatura em Direito

José Sócrates esteve matriculado no curso de Direito da Universidade Lusíada nos anos lectivos de 1987-88, 1988-89 e 1989-90.

O gabinete do primeiro-ministro confirmou ao SOL essa informação, adiantando apenas que Sócrates desistiu daquele curso por razões pessoais, não tendo nunca chegado a fazer qualquer exame.

Sócrates foi eleito, pela primeira vez, deputado em 1987. Na altura, o socialista tinha como habilitações académicas o bacheralato em Engenharia Civil pelo Instituto Superior de Engenharia de Coimbra.

Depois da passagem pela Lusíada, Sócrates viria anos mais tarde a inscrever-se no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e depois na Universidade Independente para concluir a licenciatura em Engenharia Civil.


Helena Pereira
In: SOL

 
At 13 de abril de 2007 às 13:54, Anonymous Anónimo said...

Professor da UnI já tinha dado aulas a Sócrates


António José Morais foi professor de Sócrates no ISEL em 1994/95. Em Setembro de 1995, professor e aluno passaram para a Independente (UnI)

José Sócrates foi aluno de António José Morais antes de este ser seu professor em quatro das cinco cadeiras com que obteve a licenciatura na Universidade Independente. O gabinete do primeiro-ministro confirmou ontem ao PÚBLICO que Morais foi professor de Sócrates no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), onde lhe ministrou a cadeira de Geologia e Geotecnia Aplicadas, em 1994/95. "Isso não tem novidade nenhuma", disse Luís Bernardo, um dos assessores do primeiro-ministro.
Questionado na RTP sobre as suas relações com aquele docente, Sócrates respondeu: "Conheci António José Morais quando ele foi meu professor" - não especificando onde. O PÚBLICO noticiara na semana passada que Morais fora professor do ISEL no mesmo ano em que Sócrates lá esteve, e na mesma área, mas não tinha então a confirmação de que tivesse sido seu professor nessa escola.
A notícia de que isso aconteceu surgiu ontem no blogue "doportugalprofundo" e foi confirmada ao fim do dia pelo gabinete do primeiro-ministro. "Isso não tem novidade nenhuma. Isso já antes o primeiro-ministro tinha dito", afirmou, por telefone, Luís Bernardo. "Ao longo destes dias, quando diversos órgãos de comunicação social nos questionaram sempre foi dito que o senhor primeiro-ministro tinha sido aluno do professor Morais no ISEL", adiantou. Solicitado por e-mail a indicar um qualquer jornal que tivesse publicado essa informação, o gabinete não respondeu, limitando-se a transcrever algumas das declarações de Sócrates à RTP e acrescentando: "O primeiro-ministro conheceu António Morais como aluno quando este foi seu professor no ISEL, na cadeira de Geologia e Geotecnia Aplicadas, e só nessa cadeira."
António Morais foi professor no ISEL entre 1992 e 1995. No início do ano lectivo de 1995/1996 mudou-se para a UnI, tal como José Sócrates, e assumiu as funções de director do curso de Engenharia Civil, lugar em que se manteve dois anos. Logo em Novembro, quando já era professor de Sócrates e este era secretário de Estado do Ambiente, tornou-se assessor de Armando Vara, secretário de Estado da Administração Interna. Em Março seguinte foi promovido a director do Gabinete de Estudos e Planeamento de Instalações do Ministério da Administração Interna (GEPI).
Seis anos depois demitiu-se, após uma auditoria que detectou numerosas irregularidades na adjudicação de empreitadas de obras públicas. Apesar disso, em 2005, veio a ser nomeado presidente do Instituto de Getstão Financeira e Patrimonial da Justiça por despacho de José Sócrates e do ministro da Justiça. O primeiro-ministro garantiu anteontem que não teve qualquer interferência nas nomeações de Morais.

José António Cerejo
In:Público
de 13.Março.2007

 

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