quinta-feira, 20 de março de 2008

A GRANDE REFORMA DA EDUCAÇÃO DO GOVERNO DO PARTIDO SOCIALISTA

E DA MINISTRA DA EDUCAÇÃO MARIA DE LURDES RODRIGUES

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20 Comments:

At 20 de março de 2008 às 22:00, Anonymous Anónimo said...

Dá-se conta da circulação no YouTube, de um video caseiro (melhor dizendo, escolar e feito através da moderna tecnologia dos telemóveis de geração avançada), mostrando uma cena ( na terminologia apropriada) numa sala de aula, com alunos adolescentes e uma professora.

A cena, mostra o ambiente natural de uma sala de aula, actual, de uma escola pública portuguesa, do Porto.

Aparentemente, os alunos, são adolescentes normais que frequentam o ensino público que temos.

No video, colocado no You Tube, pelo autor ou um dos autores do mesmo, ( depois retirado e posteriormente recolocado por outrém) é possível perceber várias coisas.

Uma delas, à vista desarmada de qualquer preconceito, é simplesmente a falência do sistema de ensino que temos, no que se refere à disciplina numa sala de aula. Ponto final e parágrafo.

Espera-se que este video seja o sinal de alarme, audível e visível pelos burocratas do Ministério da Educação, sobre o estado a que deixaram chegar o nosso ensino público.

Da ministra, nem vale a pena falar. É um caso perdido.
Dos Secretários de Estado, talvez o dr. Pedreira, tenha um módico de senso para perceber que este caminho leva à desgraça.
Em que aliás, já nos encontramos.
E não serão os discursos eloquentes, sobre as avaliações dos professores que permitirão olvidar a avaliação que todos podem fazer do Estado que permitiu que isto chegasse onde chegou.

O dr. Grilo, esse extraordinário coleccionador de coleópteros, antigo ministro da Educação da era da paixão, já há alguns anos tinha colocado o selo no álbum, ao escrever o título do seu livro inútil:
"O difícil, é sentá-los!"

Não é só isso, professor Grilo. O difícil, mesmo, mesmo difícil; difícil mesmo... está a perceber? Difícil, difícil, a valer, é...tirar os burocratas e génios variados, vindos do ISCTE e dos doutoramentos "lá fora", das comissões que fazem os programas e legislação que depois dão nisto que se pode ver.

Isso é que é difícil, professor Grilo!

 
At 20 de março de 2008 às 22:18, Anonymous Anónimo said...

É claro que a professora se passou... com tanta falta de educação dos alunos.

Mas, garanto, que se aquela jovem fosse minha filha, que levava dois tabefes bem aviados.
Digo isto sem qualquer problema e sem ser politicamente correcto.

 
At 21 de março de 2008 às 10:08, Anonymous Anónimo said...

Como podemos constatar por este video, a indisciplina juntamente com a violência continuam a reinar em muitas salas de aulas do nosso pais.

Ou seja, estamos numa sociadade que está falida, e que neste momento já não há valores nem educação.

Cenas como estas... talvez seja só o começo, a disciplina e o bom comportamento só se aplicam com pulso de ferro.

NÃO é com brandas medidas que se aplica a DISCIPLINA.

Pois... mas a velha RÉGUADA e a famosa CANA DA INDIA... Já não podem ser aplicadas.

ENTÃO PODEMOS CONCLUIR:
SE EM CASA DOS PAIS OS ALUNOS NÃO RECEBEM A EDUCAÇÃO NEM OS VALORES (porque os pais não querem simplesmente saber dos filhos), E, SE POR OUTRO LADO NA ESCOLA O PROFESSOR TAMBEM NÃO TÊM PODERES PARA LHE ENSINAR DE QUE MANEIRA FÔR COMO ESTAR EM SOCIADADE!

HÁ... E A MINISTRA TAMBEM SE ESTÁ NAS TINTAS.


Então pergunto eu a quem me saiba responder.....

Que gerações é que andamos a criar?



Manifesto aqui a minha solidarieadade para todos os professores vitimas de TERRORISMO ESCOLAR

 
At 21 de março de 2008 às 14:16, Anonymous Anónimo said...

Estou envergonhada e revoltada com o que vi.
Agora percebo o porquê da revolta dos professores.
Se os professores são o garante da boa educação com é possível estes governantes não devolverem a autoridade que os professores tinham antigamente.
Será que os políticos partilham da educação destes alunos, que vergonha, vergonha, vergonha,...

 
At 21 de março de 2008 às 14:17, Anonymous Anónimo said...

Sobre o caso do Video "9º C em grande" da Escola Secundária Carolina Michaëlis que anteontem à noite divulguei, o Ministério da Educação, através da famosíssima Direcção Geral de Educação do Norte (DREN) dirigida pela conhecida educadora de infância Margarida Moreira, do círculo do trauliteiro ministro Augusto Santos Jornalismo-da-Sarjeta Silva, de acordo com informação do Portugal Diário, às 16:11 de 20-3-2008, respondeu a uma mãe de um aluno que "Vamos proceder à retirada do filme do portal YouTube por violação do direito à imagem"!... O comentador DPP Leecher queixou-se de que foi ameaçado caso deixe o video no ar - não disse por quem nem de que entidade.

Habituados ao autoritarismo e totalitarismo com que tratam os professores que deveriam respeitar e promover, os responsáveis pelo Ministério da Educação nem sequer se dão ao cuidado de pensar que YouTube é uma subsidiária da empresa Google Inc., cujo controlo accionista, no que se conhece, escapa ao omnipotente Governo português: procurando as participações qualificadas na empresa Google não se acha nenhuma referência ao Governo português ou a empresas privadas de capitais públicos do Estado português, nem consta que os norte-americanos tenham consentido uma golden share ao Estado português. O Governo português não manda no YouTube, como não manda na internet: está fora do seu controlo...

A ideia de que o Ministério da Educação, do tandem Maria de Lurdes Rodrigues e seu alter ego José Sócrates, consegue abafar a indignação pela violência e indisciplina nas escolas públicas portuguesas através da eliminação dos videos que a comprovam é ridícula. A tarefa de eliminação do video é inglória e não tem a mínima probabilidade de sucesso, pois o video será replicado muito mais vezes do que o Ministério tenta apagar. Para além disso, esta tentativa de imposição de censura à internet é outra prova da deriva totalitária do ESP (Estado Socialista Português).

A não ser que, como se já têm hábito consolidado de reescrita de biografias do Grande Irmão José Sócrates os funcionários dos serviços, o primeiro-ministro pretenda desencadear um caso Cicarelli, agora num remake na versão Margarida Moreira: solicitando aos tribunais que imponham aos servidores portugueses de acesso à internet a proibição de aceder ao sítio YouTube ou até impedir os portugueses de consultar a internet...

 
At 21 de março de 2008 às 14:35, Anonymous Anónimo said...

Já vi em televisões, blogs e nas primeiras páginas dos jornais, o vídeo, ou cenas dele, em que uma professora luta com uma aluna pela posse de um telemóvel.

Até agora ainda não vi o que vou escrever dito em lado nenhum pelo que aqui vai.
Quando eu era um jovem adolescente, também eu fiz a vida negra a muito professor, antes e depois do 25 de Abril e fui posto na rua da aula algumas vezes.
Não me vou por isso fazer de inocente, que não sou, mas de uma forma ou de outra respeitávamos os professores.
Uns mais que os outros, dependendo da sua personalidade e da forma como assumiam o seu posicionamento na turma e do respeito que nos ganhavam.
Isto nada tinha a ver com simples autoritarismo, havia os professores que eram de “gancho”, e com uns nem piávamos, enquanto outros não nos assustavam, assim como havia os simpáticos e menos controladores e aí reconheço que alguns eram uns desgraçados, mas também havia outros, talvez a maioria que víamos como amigos e a quem respeitávamos completamente.
Não é por isso um problema de autoritarismo, mas simplesmente de uma forma de encarar, de saber estar e resolver os problemas.

Nesse vídeo, aquela adolescente histérica a quem a professora muito bem retirou um telemóvel, (uma aula não é local para andar a mexer em telefones), deveria imediatamente ter sido posta na rua.
Não me parece que a posição da professora em tentar, durante tanto tempo, lutar pela posse do telemóvel com a aluna tenha sido a melhor opção.
Nota-se na voz da aluna um histerismo que a professora devia ter entendido e calmamente, devolver-lhe o telemóvel, chamava um continuo, o director, ou quem quer que seja que na escola a pudesse ajudar, expulsar a aluna da turma e posteriormente chamar os país para lhes relatar o sucedido e procurar soluções.
Ouvi que diariamente há um caso de agressão a professores e acredito que deve haver escolas em certas zonas onde ser professor deve ser um inferno e um risco contínuo.
Sei que algo devia ser feito, mas ou me engano muito, e brevemente os professores vão receber notícias sobre o assunto que os deverão deixar felizes.
Mal o Ministério entenda que já não necessita ter a imagens dos professores depreciada, para assim lhes impor as regras que deseja, veremos a sua autoridade a ser restabelecida nas escolas.
Câmaras de vigilância e seguranças passarão a fazer parte da vida do dia a dia da escola e as “criancinhas” vão ter de andar na linha sob um regime de disciplina quase militar.
Isto não pela integridade física dos professores, (para isso estão-se eles nas tintas), mas porque faz todo o sentido na politica dos Bilderberg para o ensino.
Fechar as crianças na escola durante 11 horas por dia logo desde pequeninas, incutir-lhes, a bem ou a mal, os princípios do respeitinho, da obediência, do cordeirismo.
Convêm desde tenra idade incutir-lhes os conceitos e o hábito da disciplina e de não pensarem muito, só obedecer.
Quando saírem da escola, com um dos famosos cursos profissionalizantes que o Engenheiro e a Sinistra tanto elogiam e fomentam, para um mercado de trabalho sem direitos e com salários de miséria, convêm que vão habituados a ser vigiados, ser obedientes e nada, mas mesmo nada reivindicativos de direitos ou com ideias próprias que possam prejudicar a produtividade.

Sei que haverá professores não vão gostar daquilo que escrevi, Vou ouvir em comentários que só digo o que digo porque não sou professor e não estou lá a viver e a sofrer por tudo aquilo que eles passam.
É verdade, mas parece-me que deviam ser os próprios professores a juntarem-se, discutirem e a apresentarem soluções para este problema.
Esta luta é tanto deles como é nossa, pais que desejamos o melhor para os nossos filhos.
Claro que a nós pais cabe também a tarefa muito importante de fazer com que os nossos filhos sejam gente educada, com princípio e para quem o respeito pelos professores seja algo de natural.
Isto enquanto o estado não nos tirar os filhos de casa e o tempo para o fazer.
Quando as crianças entrarem nas escolas às 8.30 horas e só saírem às 19.30h, não vejo como o podermos fazer se ao chegar a casa só haverá tempo para tomarem um banho, jantarem e irem para a cama.
Se pais e professores não se juntarem nesta luta e se empenharem em resolver os problemas da escola pública em conjunto, temo muito pelo futuro, tanto dos nossos filhos como do país.

 
At 21 de março de 2008 às 14:39, Anonymous Anónimo said...

E PARA QUANDO A AVALIAÇÃO DOS PAPÁS?

O Carolina Michaëlis, que já teve o belo nome de liceu, não serve os miúdos do bairro do Aleixo, no Porto. Não, aquele vídeo (ver págs. 4 e 5) não mostra gente com desculpas fáceis, vindas do piorio. Pela localização daquela escola, quem para lá vai vive às voltas da Boavista e os pais têm jantes de liga leve sem precisar de as gamar. Os pais da miúda histérica que agride a professora de francês estarão nessa média. Os pais do miúdo besta que filma a cena, também. Tudo isso nos remete para a questão tão badalada das avaliações. Claro que não me permito avaliar a citada professora. A essa senhora só posso agradecer a coragem. E pedir-lhe perdão por a mandar para os cornos desses pequenos cobardolas sem lhe dar as condições de preencher a sua nobre profissão. Já avaliar os referidos pais, posso: pelo visto, e apesar das jantes de liga leve, valem pouco. O vídeo mostrou-o. É que se ele foi filmado numa sala de aula, o que mostrou foi a sala de jantar daqueles miúdos.


Ferreira Fernandes
No:"Diário de Notícias"
21/Março/2008

 
At 21 de março de 2008 às 14:50, Anonymous Anónimo said...

Hoje o jornal "24 horas" publica um interessante artigo sobre o estado a que isto chegou, veja o seguinte link:
www.24horasnewspaper.com/
total.php?numero=2797&link=15

 
At 21 de março de 2008 às 14:59, Anonymous Anónimo said...

Caros colegas,muito nos lamentamos e pouco agimos. Tenho dois filhos (2 e 8 anos) que são privados da minha pessoa porque me encontro a trabalhar a 240 Km de casa (Muitos há como eu, ou pior que eu. Depois de 12 anos a trabalhar em fábricas, consegui finalmente exercer a profissão que sonhava desde miúdo. Para conseguir o curso, trabalhei durante 5 anos (um de preparação para PGA e específicas e 4 de Licenciatura) no turno da noite e, como se não bastasse, após estar cerca de 10 horas na escola, ainda trabalhava 2 horitas para pagar a gasolina. Por isto, se alguém se sente com direito a estar nesta profissão, sou eu (compreendendo que existem muitos milhares de colegas com o mesmo direito)e por essa mesma razão e ainda, por me sentir um profissional da educação (no sentido lato da pedagogia), não aceito que ninguém me acuse de mau profissional. Manterei a minha postura correcta no que concerne ao caminho para o qual me propus como educador. Não tenho medo de avaliações (apenas me constrange e revoltam as avaliações tendenciosas economicistas e politizadas), por isso mesmo manterei a minha conduta. Se tiver que passar, passo; se necessário for, reprovo. Tenho uma turma em que antevejo 2 ou 3 reprovações à minha cadeira. Mas uma outra, antevejo entre 11 a 17 reprovações (que no rigor "papista" seriam 17 garantidas). Para a turma com mais dificuldades, vou para a escola dar apoio aos alunos mais fracos na sala de estudo, levo-os para o laboratório de matemática, já fiz uma reunião com os pais (com autorização do DT) para definirmos estratégias que promovessem o sucesso. Resultado?... tudo na mesma. Certamente que (aproveitando o ítem da avaliação que refere a inovação na implementação de novas estratégias) começarei a fazer o pino. Este é um pequeno exemplo do que se passa. Por este mesmo motivo, se tiver que reprovar os 17 alunos, reprovo-os de consciência tranquila. Não me venham com demagogias e invenção de estados de espírito e problemas familiares, económicos, sociais, etc., desculpabilizantes para os alunos e culpabilizantes para o professor. O meu filho só me vê ao fim de semana e, como é natural (porque não é diferente das outras crianças por ser filho de professor), tentou aproveitar-se da situação, criando chantagens emocionais para me manipular e à mãe. A conversa com ele, foi curta, dura e objectiva: "aqui quem faz as regras sou eu e, lá por eu estar fora, não penses que as regras mudam ou que são facilitadas. Se não cumpres a tua parte, serás castigado. E acabou a conversa! Porta-te bem e todos estaremos felizes." Não é fácil dizer isto ao filho que só vemos ao fim de semana. Mas o cumprimento das regras deve ser efectivo. O meu filho já percebeu que ser exigente e duro quando é necessário não implica deixar de gostar dele.
Por isto mesmo colegas, usem do vosso sentido de dever perante a a palavra professor «aquele que anuncia, ensina ou cultiva uma arte» (origem latina)e sejam o mais justos e responsáveis possível aquando da avaliação do "aluno" (latim - «aquele que é alimentado ao peito, criança, discípulo e educando»). Não sejamos reféns da demagógica prosa do "sentido de responsabilidade dos nossos professores que no sentido da responsabilidade «baixarão a cabeça e (re)colocarão a canga» para não prejudicar os milhares de jovens... etc., etc."
Um bem haja para todos e, já agora, continuem a tirar os telemóveis ou convidem a sair da sala os alunos que não cumpram, pois que eu saiba (ao contrário do que referiu a psicóloca há pouco no Telejornal da SIC), o telemóvel não é um prolongamento do corpo... só se for da infeliz necessidade de auto-afirmação (pelo menos faz menos mal que o tabaco).
Peço desculpa pela mensagem longa.

 
At 21 de março de 2008 às 18:39, Anonymous Anónimo said...

O vídeo ontem divulgado é um retrato dramático da situação a que chegou o Ensino entre nós. Numa escola do Porto, uma professora é agredida em plena sala de aula, agarrada, empurrada e perseguida por uma aluna a quem tirara o telemóvel, no meio de gritos e palmas do resto da turma. Impotente, a professora tenta, em vão, dirigir-se à porta para sair, acossada por um magote de adolescentes que a puxam violentamente, enquanto, em "off", uma voz exulta: "Sai da frente, ó gorda!", "Altamente" "Ela vai cair!". Sabe-se (só o Ministério o ignora) que muitas escolas são hoje um campo de batalha onde ninguém está a salvo, e que ser professor ou aluno deveria dar direito a pagamento de subsídio de risco. Basta compulsar o número de docentes, funcionários e alunos que todos os anos recebem assistência hospitalar. A permanente campanha de desprestígio e desautorização dos professores promovida pelo actual Ministério tornou-os o elo mais frágil e desrespeitado da cadeia educativa. O resultado está à vista. Seria interessante ver como (com que leis ou com que Estatuto do Aluno ou da Carreira Docente) reagiriam a ministra e os seus secretários de Estado na situação da professora da Escola Carolina Michaëlis.

 
At 21 de março de 2008 às 22:29, Anonymous Anónimo said...

concordo com o comentador que disse que a professora nao deveria ter insistido tanto e deveria sim chamar os funcionários e o director. Estou mesmo a ver porque é que ela estava histérica por causa do telemovel. imagino as conversas picantes que ali iam. "e faço-te isto e aquilo e estou assim e assado..."

 
At 22 de março de 2008 às 10:41, Anonymous Anónimo said...

Chamar o director para o ver branquiar a atitude da aluna, como faz o presidente do agrupamento de ...que acha sempre que os meninos que se portam mal é que são uns porreiraços.

 
At 22 de março de 2008 às 13:07, Anonymous Anónimo said...

Foi , sobretudo, triste ver o video da falta de educação e violência contra a professora, na escola Carolina Michaelis no Porto.

Triste porque não foi só ela a mal educada. Foram vários miúdos que tiveram comportamento inadmissível, intolerável.

A miúda usou violência , tratamento desrespeitoso para com a professora.

Outros miúdos insultaram. Usaram linguagem imprópria para quem estuda e mostraram um comportamento inqualificável.

Tratar uma professora por "velha", rir e comemorar a má educação é preocupante.

Hoje o Correio da Manhã noticia que a miúda disse que a professora era "chunga".

Está, parece , tudo dito.

Estes miúdos não têm educação e não terão futuro nas Escolas. Mais uns para engrossar o abandono escolar, para emigrarem.

O problema não está só na educação na família. Isto reflecte uma realidade importada dos programas televisivos, das telenovelas, dos Big Brothers, da literatura de cordel.

Estes miúdos que tudo querem, que não têm disciplina, que usam a internet para aceder a conteúdos de violência de todo o género, que copiam tudo o que é mau, andam à deriva.

É má educação pura o que nos mostrou o video.

O Governo não pode interferir em cada família. Não pode substituir-se aos pais, mas pode agir quanto aos programas televisivos. Os programas de violência, as telenovelas em série, a linguagem muitas vezes indecente usada por apresentadores de televisão, pode e deve ser combatida.

Não se trata de censura, mas de regulação.

É inaceitável que as televisões passem telenovelas a horas em que os miúdos estão acordados.
É inaceitável, e preocupante, que as televisões durante telejornais passem notícias e mais notícias sobre crimes, violências, que os telejornais abram concorrendo entre si para ver qual a estação que noticia o crime mais violento ,mais escabroso.

A televisão tem um efeito tremendo na formação da personalidade. É imperioso haver mais programas formativos, mais programas de divertimento, deixando de lado as séries violentas, as telenovelas cor de rosa.

O Tribunal de Familia e Menores deveria tomar uma posição e obrigar aqueles miúdos a frequentar aulas de educação cívica.

E tal é muito fácil de executar.E célere.

Uma boa solução seria os miúdos daquela turma serem obrigados a fazer trabalho comunitário, gratuito , até ao fim do ano escolar, aos Sábados. Varrer as ruas da sua Freguesia ,vestidos com os fatos dos varredores municipais.

O Instituto de Reinserção Social poderia fazer o controlo desse serviço .

Sem piedade, nem preconceitos.

Os miúdos cresceriam mais saudáveis, teriam a vergonha própria da punição e aprenderiam a não voltar a fazer o mesmo.

 
At 22 de março de 2008 às 14:55, Anonymous Anónimo said...

«Competências gerais
À saída da educação básica, o aluno deverá ser capaz de:
(1) Mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a realidade e para abordar situações e problemas do quotidiano;
(2) Usar adequadamente linguagens das diferentes áreas do saber cultural, científico e tecnológico para se expressar;
(3) Usar correctamente a língua portuguesa para comunicar de forma adequada e para estruturar pensamento próprio;
(4) Usar línguas estrangeiras para comunicar adequadamente em situações do quotidiano e para apropriação de informação;
(5) Adoptar metodologias personalizadas de trabalho e de aprendizagem adequadas a objectivos visados;
(6) Pesquisar, seleccionar e organizar informação para a transformar em conhecimento
mobilizável;
(7) Adoptar estratégias adequadas à resolução de problemas e à tomada de decisões;
( Realizar actividades de forma autónoma, responsável e criativa;
(9) Cooperar com outros em tarefas e projectos comuns;
(10) Relacionar harmoniosamente o corpo com o espaço, numa perspectiva pessoal e interpessoal promotora da saúde e da qualidade de vida.»
Transcrito do site NetProf (por sua vez, transcrito do site da DGIDC)


Destas “competências de saída” não consta uma única palavra sobre disciplina.

Mas constam imensas palavrinhas bonitas, expressões chiquérrimas, coisas tão impecáveis como “mobilizar”, “objectivos”, “estruturar pensamento”, “apropriação de informação”, “objectivos visados”, “conhecimento mobilizável” (???), etc.
O ponto 10 deste programa é um verdadeiro portento de vacuidade pedagógica:
“Relacionar harmoniosamente o corpo com o espaço, numa perspectiva pessoal e interpessoal promotora da saúde e da qualidade de vida.”

Lindo.
Acho que a protagonista do filme se limitou a cumprir o guião ministerial; no que respeita ao “saber científico e tecnológico” representado pelo seu querido telemóvel, merece nota máxima; nos pontos, 1, 2, 3, 5, 6, 7, 9 e 10, pelo menos, cumpriu na íntegra, é um verdadeiro modelo, merece não apenas nota máxima mas também distinção e louvor.

Demência 1:
“baixinho”
«As imagens do incidente, colocadas ontem a circular no site YouTube, foram filmadas pelo telemóvel de um outro aluno.
Têm cerca de uma semana e foram captadas na última aula de Francês do 2.ª período.
“Era uma aula livre e a professora autorizou o uso do telemóvel e toda a gente os tinha em cima da mesa. Pedi a uma amiga para ouvir uma música no telemóvel, mas o som estava baixinho”, contou Patrícia.»

Demência 2:
“recorrer”
«– O que é que a aluna deveria ter feito para contestar?
– Os alunos também têm direitos e neste caso devia recorrer ao Conselho Directivo da escola. »

Extractos de demência: notícia de Correio da Manhã.

 
At 22 de março de 2008 às 17:52, Anonymous Anónimo said...

Portugal está a morrer lentamente e ninguém faz nada.

São vários os orgãos doentes: justiça, saúde, educação.

Os politicos anunciam paliativos, mas isto só lá vai com medidas duras.

Mas é claro que não podem ser aplicadas neste Portugal tolerante.

Por isso meus amigos aguentem.

 
At 22 de março de 2008 às 18:17, Anonymous Anónimo said...

O problema e o revoltante é termos um Portugal excessivamente tolerante com os bandidos, com os assassinos, com os violadores...mas nada tolerante para os cidadãos honestos que nunca faltam ao trabalho, para os idosos que após uma vida de trabalho não têm quem lhes preste cuidados básicos a não ser que tenham reformas muito elevadas...
Portugal é uma piada de mau gosto, desgovernado por gente sem escrúpulos, gente que pensa que liberdade é usar a política para seu usufruto pessoal. Portugal foi uma miragem durante muitos anos e agora não é NADA.

 
At 22 de março de 2008 às 18:27, Anonymous Anónimo said...

Há menos de um mês, cá na cidade, uma professora da primária foi agredida com uma cadeira e a sala dan escola ficou virada do aveço. O caso só não foi parar à TV porque as crianças entraram para a escola este ano e não trasem telemóvel e o miudo continua a fazer na aula o que bem lhe apetece e ai de quem toque num cabelo.

 
At 23 de março de 2008 às 13:36, Anonymous Anónimo said...

Uma pedopsiquiatra veio "explicar" que é preciso "ajudar os jovens", referindo-se àqueles bandalhos que passam por alunos nas escolas públicas. Bandalhos como a menina do liceu do Porto e os pequenos javardos dos seus colegas que, com indisfarçável gozo, filmaram e comentaram a situação. A "menina dos cinco olhos" ou a velhinha régua nunca fizeram mal a ninguém. Muito menos uma bofetada dada a tempo, para parafrasear o Doutor Salazar. O que tem feito mal à educação nos nossos liceus, escolas secundárias e básicas são estes trinta e tal anos de impunidade das "novas psicologias", "metodologias" e "grupos" masturbatórios de "trabalho" para nada. A PSP faria melhor em montar a sua tenda da "escola segura" lá dentro do que andar a passear de carrinho pelas cercanias dos liceus em vão. As escolas, afinal, precisam ser defendidas por "dentro" e contra os seus " utentes", os impropriamente chamados alunos e os seus improváveis "encarregados de educação". Por isso, e neste clima, falar em " estatuto do aluno" deve ser para rir. Não deveria ser, antes, do delinquente? O mesmo se diga de "inquéritos" inúteis quando está tudo explicado há trinta e quatro anos, para não dizer mais. Que má educação. Literalmente.

 
At 23 de março de 2008 às 14:15, Anonymous Anónimo said...

Governantes, pais e professores saem muito mal do "filme" da sala de aula do Carolina Michaelis. Um a aluna aos gritos, batendo na professora e tratando-a a por tu, uma turma inteira satisfeita e gozando com a desordem e com a incapacidade da professora - "a velha" - , tudo isto é um retrato mau do estado a que deixamos chegar a situação.

Os pais acomodam-se com o recibo da propina que pagam à escola, como se a sua responsabilidade acabasse aí. Os filhos são entregues à escola, onde entram e saem com ligeiras e rápidas passagens por casa, para comer e dormir. Casas onde não se discute problema nenhum e nada se questiona. Casas onde muitas vezes nem tempo há para se falar, conversar.

Nas escolas, as regras são o que se sabe. Seriam assim tão maus os tempos em que os alunos se levantavam quando o professor entrava na sala? Seria assim tão penoso o silêncio que se fazia enquanto o professor falava? Seria assim tão pouco natural que um aluno fosse posto fora da aula se estivesse a perturbar os colegas e o professor? Seria assim tão fora do senso comum que um estudante que não tivesse aproveitamento fosse obrigado a repetir o ano?

Porque mudaram as leis, porque deixámos as coisas cair neste "deixa andar"?

O 25 de Abril, que nos trouxe a liberdade, levou, nos tempos revolucionários, regras que eram boas mas que voaram com o lixo fascista. Os tempos revolucionários passaram, vieram tempos democráticos, ministros de todos os partidos e o edifício escolar nunca se compôs, nunca foi capaz de responder aos desafios da democracia.

O filme vergonhoso do Carolina, que infelizmente não é nem caso isolado nem o mais grave, deve encher-nos a todos de tristeza. Pura e simplesmente somos uma sociedade que não sabe educar os seus filhos, que não tem nem valores nem referências para lhes dar. Batemos no fundo. E enquanto não conseguirmos restaurar a autoridade na escola, não sairemos da cepa torta.

 
At 23 de março de 2008 às 21:24, Anonymous Anónimo said...

Na Escola Carolina Michaëlis do Porto, uma escola da classe média e não uma escola "problema" de um bairro popular, a professora de Francês (altamente qualificada, por sinal) confiscou um telemóvel a uma aluna. Quase com certeza porque o telemóvel interferia com a aula (ou porque estava a ser usado, ou porque tocava, ou por uma razão qualquer igualmente grave). A dita aluna berrou e agrediu a professora. Não a deixou sair da sala. À volta, a turma ria e comentava: "Olha que a velha vai cair!", por exemplo. No fim, já havia um molho tumultuário e confuso, que outra criancinha prestavelmente filmava e que dali a pouco apareceu no YouTube e, a seguir, na televisão. Convém acrescentar que a professora era pequena e frágil e a aluna alta, anafada e forte. A brutalidade da coisa constrangia.

Perante isto, os nossos comentadores descobriram logo um culpado: os pais. Toda a gente imagina a cantilena: pais que não se interessam pelos filhos; pais que não "educam" os filhos; pais que não lhes tramitem os "valores" do respeito, da dignidade e da convivência. Muito bem. Mas não me cheira que a aluna do telemóvel bata habitualmente nos pais como bateu na professora. Porquê? Porque não acredito que ela goze em casa a impunidade de que goza na escola. Na escola não lhe podem responder bofetada a bofetada. Não a podem em definitivo pôr fora do sistema de ensino (excepto com a aprovação pessoal do ministro). Não a podem sequer fazer perder o ano por faltas. Não há melhor ambiente para um tiranete. É a lei da rua. Em última análise, é a lei da violência.

OObservatório da Segurança em Meio Escolar (reparem no nome) registou 185 agressões (físicas, como é óbvio) a professores nos 180 dias do ano lectivo. Tirando as que não foram "participadas" por medo ou por vergonha. Mesmo assim: mais de uma por dia. E não se trata, como provou a Escola Carolina Michaëlis, de um fenómeno marginal, atribuível ao analfabetismo e à pobreza. O que essa monstruosidade indica é a profunda corrupção da escola pública. O Governo pretende agora "avaliar" os professores. Se existisse justiça neste mundo, devia "avaliar" primeiro a longa linha de ministros que desde Veiga Simão (um homem nefasto), Roberto Carneiro e Marçal Grilo arrasaram no ensino do Estado a autoridade e a disciplina e o tornaram na trágica farsa que hoje temos.

Vasco Pulido Valente
No:Público

 

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