Ao que chega a mentira de uma imagem que se quer passar. O problema é que os otários continuam a cair na esparrela. Tanta falta de caracter, nem as crianças respeitam, como hão-de respeitar os adultos. Nunca pensei que fosse possível existir um sistema assente em tanta inverdade. Agora lá calaram os miudos, parece que afinal têm medo dos tomates e das batatas. E os miudos que já foram prejudicados, que medidas são tomadas para os compensar? E como se nada se passasse, ainda digam que são problemas de interpretação. Pelos vistos têm é problemas de expressão.
Cá o dito cujo faltou e veio em seu lugar o governador civil para desencanto dos manos que andaram à pressa tão empenhados a tentar mandar lavar a cara da escola. Os alunos não interessam, interessa a politica.
Mal sabia o bom e grande Fernão de Magalhães – protagonista de uma das mais arrojadas aventuras do Homem ao passar o Estreito que hoje tem o seu nome e aventurar-se no desconhecido Mar do Sul, sem saber se o Oceano seria Pacífico – que o seu nome de verdadeiro Herói do Mar iria entrar, quase cinco séculos depois, no anedotário nacional.
Magalhães, mais que uma marca comercial de um minicomputador, é hoje um emblema de propaganda política. E a propaganda, em vésperas de eleições, é um parente próximo do ridículo.
Contavam alguns jornais de ontem que o primeiro-ministro se deslocou, aqui atrasado, a duas escolas do concelho de Ponte de Lima onde distribuiu 259 Magalhães por outros tantos alunos. Uma fartura que espalhou a alegria pela criançada e foi devidamente registada para memória futura pela chamada comunicação social. Cinco séculos depois de dobrar o Estreito a sul do continente americano, Magalhães chegava a Refóios do Lima, freguesia cujas terras terão sido doadas por D. Afonso Henriques a Mem Afonso, em 1124. A História já viu muito em Refóios mas ainda não tinha visto tudo.
Acontece que os Magalhães distribuídos às crianças de Ponte de Lima lhes foram retirados assim que a caravana governamental, mais as televisões, as rádios e os jornais deixaram o cenário de mais este pequeno passo para as crianças mas grande salto para a revolução tecnológica em Portugal. Os minicomputadores não têm os papéis, nem sequer estão pagos, e cumprida a sua missão propagandística recolheram a um armazém da escola. A conhecida, solícita e indefectível directora regional de Educação do Norte diz que o que se passa com a “ferramenta” Magalhães é muito natural, um simples “fruto da metodologia”. Sendo que há frutos menos bichados para adoçar a boca aos eleitores.
8 Comments:
"Quem dá e tira vai para o inferno", porreiro, pá!
Este até já os putos engana.
O primeiro-ministro será irmão do Bugalheira? Eles são tão parecidos...
Ao que chega a mentira de uma imagem que se quer passar. O problema é que os otários continuam a cair na esparrela.
Tanta falta de caracter, nem as crianças respeitam, como hão-de respeitar os adultos.
Nunca pensei que fosse possível existir um sistema assente em tanta inverdade.
Agora lá calaram os miudos, parece que afinal têm medo dos tomates e das batatas. E os miudos que já foram prejudicados, que medidas são tomadas para os compensar?
E como se nada se passasse, ainda digam que são problemas de interpretação. Pelos vistos têm é problemas de expressão.
e cá na ponte como foi essa fantoxada?!
Cá o dito cujo faltou e veio em seu lugar o governador civil para desencanto dos manos que andaram à pressa tão empenhados a tentar mandar lavar a cara da escola.
Os alunos não interessam, interessa a politica.
Ninguém me tira da cabeça que aquela arruaça dos no name boys foi uma orquestração dos sindicatos.
Mal sabia o bom e grande Fernão de Magalhães – protagonista de uma das mais arrojadas aventuras do Homem ao passar o Estreito que hoje tem o seu nome e aventurar-se no desconhecido Mar do Sul, sem saber se o Oceano seria Pacífico – que o seu nome de verdadeiro Herói do Mar iria entrar, quase cinco séculos depois, no anedotário nacional.
Magalhães, mais que uma marca comercial de um minicomputador, é hoje um emblema de propaganda política. E a propaganda, em vésperas de eleições, é um parente próximo do ridículo.
Contavam alguns jornais de ontem que o primeiro-ministro se deslocou, aqui atrasado, a duas escolas do concelho de Ponte de Lima onde distribuiu 259 Magalhães por outros tantos alunos. Uma fartura que espalhou a alegria pela criançada e foi devidamente registada para memória futura pela chamada comunicação social. Cinco séculos depois de dobrar o Estreito a sul do continente americano, Magalhães chegava a Refóios do Lima, freguesia cujas terras terão sido doadas por D. Afonso Henriques a Mem Afonso, em 1124. A História já viu muito em Refóios mas ainda não tinha visto tudo.
Acontece que os Magalhães distribuídos às crianças de Ponte de Lima lhes foram retirados assim que a caravana governamental, mais as televisões, as rádios e os jornais deixaram o cenário de mais este pequeno passo para as crianças mas grande salto para a revolução tecnológica em Portugal. Os minicomputadores não têm os papéis, nem sequer estão pagos, e cumprida a sua missão propagandística recolheram a um armazém da escola. A conhecida, solícita e indefectível directora regional de Educação do Norte diz que o que se passa com a “ferramenta” Magalhães é muito natural, um simples “fruto da metodologia”. Sendo que há frutos menos bichados para adoçar a boca aos eleitores.
Vocês não percebem mesmo nada.
A passagem dos Magalhães pelas mãos dos alunos é como o circo.
Depois da festa, embala-se tudo até a próxima cidade.
E assim o circo continua.
AS
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