O primeiro-ministro, José Sócrates, o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, e vários membros do gabinete do chefe do Governo violaram a proibição de fumar no voo fretado da TAP que ligou Portugal e Venezuela e que chegou às cinco horas da manhã de ontem a Caracas. O supervisor do voo, a segunda autoridade a bordo logo após o comandante, disse não ter dúvidas de que era proibido fumar a bordo e, embaraçado, falou em “situações de excepção”. Um assessor do primeiro-ministro disse que “é costume” e que as pessoas “não se importaram”.
Claro que as pessoas não se importaram.
O respeitinho pelo poder é muito bonito.
As ferozes leis anti-tabaco são para todos, menos para quem as aprova.
D.O.
Etiquetas: ASAE, José Sócrates, Portugal o Grande Circo, Tabaco
12 Comments:
Leis para todos? Desde quando?
Este PM é o cúmulo. Como é possível juntar numa pessoa só tanta falta de carácter?
É uma pessoa muito mal formada. A esta hora já deve estar na Venezuela a "mandar para a veia", por isso é que gosta tanto do diador venezuelano.
E depois andam a fechar ruas para que o Pinóquio ande nas capitais da Europa a correr...
Bem prega Frei Sócrates...
Como diz o 1ºanonimo e mesmo mal formado, pois comprou o canudo
Referir formação não é sinónimo de formação académica, há pessoas analfabetas que são muito melhor formadas que muitos Doutores detentores de vários canudos. Neste caso é mal formado como pessoa e com uma deficiente formação académica. Isto tudo dá mesmo a tal referida falta de carácter.
Sócrates tem o comportamente fascista que Salazar nunca teve. Salazar, pelo menos, procurava dar o exemplo.
Sócrates está acima das leis que ele próprio cria e defende.
O rigor dos cursos só faz falta aos outros. Ele pode receber o curso de presente de uma seu amigo especialistas em casos de corrupção.
Isto também só prova que a aprovação da lei do tabaco visa apenas arrecadar mais receitas para o Estado proveniente das coimas e não qualquer preocupação com a saúde pública ou dos cidadãos. Ou o avião do Sócrates ia vazio?
Mas nas próximas eleições vamos poder ver se somos um país-cão, que gosta de lamber a mão que lhe bate, ou se somos um país de pessoas. Ou seja, um país que não gosta de ser tratado por filho da puta nem de ser governado por um filho da puta.
Não sabia que quando cometemos infracções às leis podemos pedir desculpa e o assunto fica resolvido.
Porra! Ainda na semana passada paguei uma multa de estacionamento e afinal podia alegar que não sabia e que anteriormente sempre ali tinha estacionado.
Só agora é que vi como os "grandes" fazem.
O Prof. Cavaco não percebe porque é que os 'jovens' não se interessam pela política.
Não percebe porque há tanto descrédito nas 'instituições'. Ora bem, aqui( http://ultimahora.publico.clix.pt/
noticia.aspx?id=1328604&idCanal=12), no Público Online, dá-se uma ajuda - mais uma - para o ajudar a perceber.
Enquanto houver leis que uns tem que cumprir, e outros não, enquanto houver uma justiça para ricos e outra para pobres, um sistema fiscal a que uns não podem fugir, e outros podem, não há discurso presidencial que resista.
Um dia Cavaco vai ter de se deixar de lamechices, que não disfarçam nada, nem sequer lhe compram tempo, e fazer ALGUMA coisa.
Convinha que percebesse que quando esse dia chegar se calhar - a fazer fé nas tendências das últimas sondagens - já ninguém o vai levar a sério por já ser tomado definitiva e irreversivelmente como cúmplice de uma espécie de farsa. Quanto a Sócrates, o 'engenheiro' faxeado, nada de novo. Manifestamente igual a si mesmo, e a julgar-se infinitamente mais 'igual' que todos os outros. Chavez não faria de facto melhor.
São 21h10, e ainda não vi em lado nenhum um desmentido formal da Presidência da República à capa do Público de hoje, que diz que também Cavaco deixa fumar nos 'seus' voos. Todos mal na pintura. Sócrates porque fez o que fez. O Público, porque depois da notícia de ontem que 'viu', a relativiza e contextualiza metendo Cavaco ao barulho (o Público viu fumar e só se lembrou agora, foram as relações públicas da TAP que denunciaram o PR, ou foi a rapaziada de Sócrates a nivelar o jogo por baixo ?). Cavaco em qualquer caso tem um problema - se o que Público diz é verdade prova que não é tão melhor que Sócrates e a 'má moeda', se desmente - porque acaba definitiva e formalmente a 'lua de mel' com Sócrates.
Temos todos aquilo que merecemos.
Estava convencido que não estava a violar nenhuma lei nem nenhum regulamento. Infelizmente há essa polémica em Portugal e eu quero lamentar essa polémica. Se por algum motivo violei algum regulamento, alguma lei, lamento e peço desculpa, não voltará acontecer", declarou José Sócrates, na qualidade de primeiro-ministro, à Lusa.
O problema deste primeiro ministro, já se viu, passa muito pelo desconhecimento da lei. Por isso, é que diligenciou por um Orçamento de 180 milhões de euros, para pareceres de eminências como Sérvulo Correia e afins. Em vez de ser a Assembleia da República a legislar, tem sido o Governo. Em vez do Governo, têm sido os escritórios de advogados notáveis.
Depois, dá nisto: um Inspector da ASAE que desconhecia a lei, viola indecentemente o seu espírito e depois ainda se põe a discutir publicamente a letra e agora um primeiro ministro que depois da polémica estourar e os jornais glosarem o tema e até os apaniguados do costume o vituperarem, ainda se põe com o discurso do coitadinho, desconhecedor dos rigores da lei e por isso -pasme-se!- pede desculpa.
Mas, desculpa a quem ?! À sua própria ignorância? Ao seu embotamento de raciocínio nestas questões?
Contudo, é este mesmo coitadinho que agora pede desculpa a uma entidade mítica na sua concepção mirabolante, que se prepara para controlar directa e pessoalmente, as forças de segurança, as polícias e a breve trecho todo o aparelho do Estado que se dedica à investigação criminal.
Disso, é que o indivíduo deveria pedir desculpa e arrepiar caminho.
Com Sócrates e Pinho, apanhados com cigarrito, no voo que os levava em visita oficial à Venezuela, tudo foi inteiramente lícito, dado que o príncipe nem sequer precisou de usar o absolutista princípio do "princeps a legibus solutus". Apenas se confirmou o bem pregas Frei Tomás da falta de autenticidade de certos políticos profissionais, coisa que apenas se situa no plano moral. Daí que ligue a matéria à audição, ontem ocorrida, no parlamento, dos grandes do BCP, e deseje que não surja o terceiro princípio do absolutismo, segundo o qual, o que o príncipe diz tem valor de lei, sem forças de bloqueio... Sim, claro, a empresa de meios aéreos cumpriu rigorosamente todos os preceitos legais, o nosso primeiro, o fumante, também. Não leram Cícero, o tal que bem nos avisou: nem tudo o que é lícito é honesto...
Reparo que, hoje, Alberto João, vai quebrar o tabu da pescada, da tal que antes de o ser já o era, quando a questão não está na Dona Manela ou nos dois Pedros que restam. O problema não é apenas do PSD, mas da globalidade do sistema partidário, onde somos o país mais à esquerda da Europa Ocidental, com sondagens revelando que os ex-sovietistas mais a extrema-esquerda são quase 20% e a direita, quase toda, se diz ideologicamente social-democrata. Logo, é inevitável que se apontem caminhos para uma reengenharia sistémica. Não leram Cícero, o tal que bem nos avisou: nem tudo o que é lícito é honesto...
Depois desta campanha, pode acontecer que o PPD entre em confronto com o PSD. O grupo populista pode ficar farto e avançar para um PPD-PSL, dado que, garantidamente, tem cerca de o dobro dos votos do PP-Paulo Portas e até pode recolher apoios no pós-fascismo, bem como monteirismo e noutras navegações do mesmo teor, bastando recordar o episódio dos estados gerais ditos da direita, organizados pelo Professor Paulo Otero, onde Santana Lopes foi o principal discursante. Não leram Cícero, o tal que bem nos avisou: nem tudo o que é lícito é honesto...
Se outra for a decisão do eleitorado PSD, pode ser que os barões do Bloco Central caiam na tentação de um verdadeiro partido do centro, capaz de conversar com um PS que não queira alinhar com os seus canhotos, na mobilização dos que, em sondagens, dizem que votarão no Bloco de Esquerda. Resta saber o que vai fazer o velho PC, sujeito à boa gestão de Jerónimo de Sousa e com a hipótese de ser reforçado por Carvalho da Silva, dado que o Nogueira dos professores pode substituir este último na CGTP. Não leram Cícero, o tal que bem nos avisou: nem tudo o que é lícito é honesto...
Tudo depende do povo nas próximas eleições. Tudo depende do que vai acontecer à carteira do eleitor médio. Tudo depende da imagem que a nova liderança possa transmitir, nomeadamente se conseguir vender a boa ideia eleitoral de um Estado Social conservador, capaz de reduzir o diabo do défice, mas sem afectar os direitos adquiridos dos funcionários públicos, dos professores e de outros blocos sociais corporativos que as más reformas do PRACE lançaram contra Sócrates, depois de venderem o mesmo produto à Madeira natal do jardinismo. E, sobretudo, tudo também pode depender do intervencionismo de Cavaco, dado que o Presidente já não vai alimentar o estado de graça do primeiro fumador, dando-lhe cobertura em medidas eleitoralistas, contrárias às boas práticas financeiras. Não leram Cícero, o tal que bem nos avisou: nem tudo o que é lícito é honesto..
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