sexta-feira, 13 de junho de 2008

MORREU NAS URNAS... O TRATADO DE LISBOA



PORREIRO PÁ!





Os irlandeses votaram em referendo contra o Tratado de Lisboa.


Fiquei contente, não tanto pelo fim do tratado (que não era porreiro, pá!), mas sobretudo pela derrota dos políticos que o quiseram impor aos respectivos povos!


Valentes irlandeses que fizeram justiça a todos quantos não tiveram possibilidade de se expressar!


ADEUS TRATADO DE LISBOA!
ADEUS EUROPA DOS PODEROSOS!
ADEUS EUROPA DO ECONOMICISMO LIBERAL!

ADEUS EUROPA LADRA DA DIGNIDADE DOS POBRES!


Portanto, está evidente porque é que os restantes governos aprovaram o tratado sem o referendar: sabiam que estavam a tomar decisões contra os interesses dos cidadãos, as quais não seriam aprovadas.
Quiseram impor o tratado como ditadores camaleões
que são e deram com os burrinhos na água!
BEM FEITO!

É tempo dos políticos descerem à terra e perceberem de uma vez por todas que jamais conseguirão governar sempre contra o interesse das populações.
Podemos ser enganados algum tempo, mas não o tempo todo!
NÃO SOMOS ESTÚPIDOS!



Se se abrir nova crise na União Europeia, a culpa É TODA DOS POLÍTICOS que se julgam iluminados e não respeitam os concidadãos seus iguais!
Quem se comporta assim, não merece continuar a governar...
Portanto, eis mais um motivo para lhes indicarmos a porta da RUUUUAAAA!


C.L.M.

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15 Comments:

At 13 de junho de 2008 às 20:28, Anonymous Anónimo said...

Durão Barroso sempre disse que não existia “plano B” para o caso do Tratado Europeu ser rejeitado pelos irlandeses. Tinha razão. Para entrar em vigor, o documento tinha que ser ratificado por todos os países. Não acontecendo, o Tratado está política e juridicamente moribundo.



Os defensores do Tratado dizem agora que não é aceitável que poucos milhões de irlandeses decidam o futuro de um continente. O argumento é curioso, porque omite que os irlandeses foram os únicos a votar porque assim foi decidido pelos líderes europeus com medo de uma rejeição popular do Tratado. Os irlandeses votaram e, fazendo-o, fizeram-no em nome de todos quantos foram impedidos de se expressar.



Mas Durão Barroso já se apressou a corrigir as suas declarações iniciais. O processo de ratificação é para continuar, disse hoje, esperando que a chantagem e coacção façam os irlandeses “entrar nos eixos”. Mas essa é a pior opção, própria apenas de quem não percebeu nada do que se tem passado. O predomínio da eficácia em detrimento da participação democrática, apenas tem servido para cavar um crescente abismo entre os cidadãos europeus e os seus governantes. Não é possível mais Europa sem os europeus. Será que custa assim tanto a perceber

 
At 13 de junho de 2008 às 20:28, Anonymous Anónimo said...

«O Tratado de Lisboa é absolutamente fundamental para o Governo, é fundamental na minha carreira política.»
José Sócrates na Assembleia da República em 12.06.2008

Se é para ir dizer aquilo que todos já sabemos não vale a pena ir perder tempo em debates no Parlamento.

 
At 13 de junho de 2008 às 20:29, Anonymous Anónimo said...

A Irlanda disse não ao Tratado de Lisboa O meu Muito Obrigado ao seu povo em nome da nossa liberdade. Hoje vou brindar com uma Guiness ou um bom whisky de Malte Irlandês à derrota dos vendilhões da Europa no único referendo que não conseguiram evitar. Afinal a Sexta-feira treze foi um dia de sorte para todos nós e de azar para o futuro politico do Engenheiro e claro do Cherne.

Obrigado Irlanda.

 
At 13 de junho de 2008 às 23:16, Anonymous Anónimo said...

A cara de ovo estrelado do dr. Barroso a tentar, juntamente com a nomenclatura europeia, "dar a volta" ao resultado do referendo irlandês é interessante a duplo título. Os democratas que pastoreiam as nações europeias só suportam a democracia quando ela os apoia. Caso contrário, amuam. Mesmo amuados, porém, pretendem prosseguir a sua alucinação privativa como se nada se tivesse passado. Barroso incitou à continuação das ratificações parlamentares, mas o presidente checo - cujo país ia proceder à ratificação - já anunciou que o tratado de Lisboa finou-se. As prosas retorcidas dos "correspondentes" televisivos metem nojo. E até a dra. Manuela escolheu a ocasião para partilhar a língua de pau com Sócrates. Enfim, é na mão destes democratas por encomenda que estamos. Começam a cansar.

 
At 13 de junho de 2008 às 23:26, Anonymous Anónimo said...

O “não” venceu o referendo irlandês ao Tratado de Lisboa. Seria uma boa notícia se eu acreditasse que os eurocratas e os líderes europeus aprendiam com os erros. Mas não aprendem. Vão continuar as repetiçõs de referendos até que ganhe o “sim”; as aprovações em parlamento do que foi chumbado em referendo; e tratados simplificados que são a mesma coisa do que foi rejeitado pelo voto popular. Vão continuar os remendos, os truques e as chantagens. Até que um dia percebam que a construção europeia precisa de mais democracia. Precisa dos europeus.

 
At 13 de junho de 2008 às 23:29, Anonymous Anónimo said...

Perderam os que o fizeram ilegível para depois dizerem que não podia ir a votação por ser demasiado difícil de entender. José Fujão já deu o mote: continuemos em frente. Para que serve uma porcaria dum tratado difícil de perceber (palavras dos defensores anti-referendo)? Há um mundo de burocratas que parecem viver alheados num castelo Kafkiano, legislando para algo abstracto em lugar de o fazerem para as pessoas!

 
At 13 de junho de 2008 às 23:31, Anonymous Anónimo said...

Uma guiness ao voto irlandês !! hip, hip !!! Hurra !!!!

Todos os partidos do regime apostavam no SIM mas os eleitores votaram NÃO. Os irlandeses deram uma prova de grande independência e souberam meter os partidos na ordem. Os partidos deixaram de ser os legítimos defensores dos interesses dos cidadãos para serem instituições arregimentadas que mais defendem os interesses dominantes.
A Irlanda é hoje um país maduro, desenvolvido. Os países emancipados estão a marimbar-se na Europa e só os que sobrevivem graças às esmolas dos subsídios é que ainda querem alinhar numa união política que tem assumido contornos grotescos e lesivos dos interesses dos povos associados.
Veja-se a lei do tabaco, da segurança rodoviária, do IVA, da segurança social, a obsessão pelos 3 por cento do deficit ( nunca ninguém explicou porque não poderia ser 4 ou 5 ou 7!). Por cá a prática da ASAE é o exemplo levado ao caricato de como as leis de Bruxelas se podem revelar mortais para as tradições e para a independência cultural dos países membros.

Este NÃO irlandês ( que Durão Barroso quer contornar sugerindo novo referendo!) é um alerta para estes políticos que na era da comunicação se estão nas tintas para quem neles vota. E em Portugal vamos ter de mudar este estado de coisas. Por exemplo: se quisermos falar com um deputado que elegemos onde o encontramos ? Provávelmente num cadeirão confortável do poder, longe dessa escumalha que é o povo ::)))

Este NÃO é também um voto contra as políticas neo-liberais, do facilitismo nos despedimentos, na flexisegurança, no aumento do horário laboral. A Europa não quer já ganhar pela excelência quer ganhar pelo retrocesso do Estado Social. Vão pagar caro o reaccionarismo.

 
At 13 de junho de 2008 às 23:32, Anonymous Anónimo said...

melhor do que porreiro! porreiríssimo! uma grandiosa vitória da democracia e uma monumental lição para a corja. a começar pela corja do rectângulo e a terminar na corja da estranja! as que não quiseram por medo e cobardia a realização de referendos...
aguardo com ansiedade a forma que a corja vai descobrir para fazer batota e contornar este "não", totalmente impeditivo da aplicação de uma constituição europeia, à qual para melhor enganar os cidadãos chamaram de "tratado de perto de lisboa"...
sócrates, não achas que é um motivo mais do que suficiente e necessário para renunciares ao cargo de primeiro-ministro? estar a perder em todas as frentes....
( e a mesma pergunta para o barroso, vergonhoso presidente da comissão).

 
At 13 de junho de 2008 às 23:34, Anonymous Anónimo said...

O “NÃO” irlandês ao Tratado de Lisboa está “a gerar uma onda de decepção entre os líderes europeus”, lê-se no Público. Está também a gerar uma onda de entusiasmo e alívio entre os cidadãos europeus, lê-se aqui. O Tratado que seria aprovado pelo directório, à revelia dos cidadãos europeus, devolve-lhes uma Europa que lhes pertence, relançando a questão da representatividade nas democracias europeias. Tenho esperança que a lição sirva para modificar a linha paternalista que foi até aqui seguida. Os cidadãos têm vontade, têm querer e é a eles que cabe escolher. Aos seus representantes cabe exprimir esse querer nos órgãos para os quais são eleitos. Finalmente, à comunicação social caberá informar de forma imparcial e não a de limitar-se a difundir a visão do lado mais forte, ajudando a que uma minoria se apodere daquilo que nos pertence a todos. Em democracia não há decisões sem debate e o lado mais forte resulta sempre do poder conferido pelo voto popular. Este “NÃO” foi o “SIM” a uma Europa mais participada e democrática. Basta de inevitabilidades e falsos unanimismos.

 
At 13 de junho de 2008 às 23:40, Anonymous Anónimo said...

Os "filhos da p..." dos defensores do Tratado de Lisboa, levaram a maior "enrab..." da história da Europa.
O "cherne/barroso" e o "engenheiro da UnI/Sócrates" e outros políticos da corja europeia foram "fod..." pelos bravos Irlandeses.
É assim que a corja política de "filhos da put..." da UE aprendem quando fazem falsas promessas.
Lá se vai a grande feito da carreira de incompetente do "engenheiro da UnI/Sócrates", o povo Europa não dorme!

 
At 14 de junho de 2008 às 21:17, Anonymous Anónimo said...

Quando o país se encontrava bloqueado pelas empresas de camionagem, o Presidente da República preferiu “sublinhar a raça, o dia da raça”. Agora, que a paralisação dos camionistas já é uma memória, Cavaco Silva congratulou-se com o regresso da “ordem pública” e da “legalidade”, declarando-se “satisfeito pelos portugueses poderem novamente viver o seu dia-a-dia com alguma tranquilidade". O “dia da raça” já é passado, claro, até porque Cavaco esclareceu logo que não faz “comentários sobre política interna” no estrangeiro.


Depreende-se, porque acedeu a falar sobre o assunto em Saragoça, que Cavaco Silva considera que a “ordem pública” e a “legalidade” não é matéria de política interna. E que um assunto crucial como a tranquilidade do “dia-a-dia” dos portugueses só o preocupa quando tudo se encontra resolvido. As últimas declarações do Presidente da República aproximam-no cada vez mais das anedotas futebolísticas: prognósticos só no fim do desafio.

 
At 14 de junho de 2008 às 21:33, Anonymous Anónimo said...

Por espantoso que pareça, depois de um glorioso "Dia da Raça", tivémos um ainda mais glorioso dia do Estampanço. Em 1830, Carlos X foi deitado abaixo, nas "Trois Glorieuses", mas os tempos são agora outros, e os Espantalhos de Bilderberg, como não têm ossos, nem dignidade, nem qualquer tipo de verticalidade, iriam precisar de "centaines de glorieuses" para serem deitados abaixo. Por mim, podem ficar: são como musas, e inspiram-me os melhores textos.
O primeiro bloco do encómio vai para o Povo da Irlanda, velha raça celta, e pátria de três dos mais brilhantes aforistas, cínicos e génios da Literatura Séria, Wilde, Shaw e Joyce. Gosto de pensar que tenho um pouco de cada um deles, e isso deve-se, certamente, a também estar entalado num recanto periférico, e estagnado, da velha Europa.
A Irlanda, hoje, provou que é possível devolver a Europa aos Cidadãos, retirando-a das garras dos fabricantes de futuros lassos, e entregando-a, de novo, à incógnita da Dúvida e da necessidade de reflexão. Os "fora" irlandeses, um dos países que, brilhantemente, "deu o salto", dentro da Família Europeia, imediatamente se encheram de textos de felicitações de todos os cantos do Hemisfério Civilizado, América incluída, e, curiosamente, caso lá queiram ir verificar, há um enorme cepticismo contra aquela "Coisa", equivocamente chamada "Tratado de Lisboa", que ninguém, no seu estado normal de sanidade mental se deu ao trabalho de ler, mas que, com a intuição e a gravidade que nos concedem milénios de maturidade continental e histórias atribuladas, sabe estar cheio de rasteiras, daquelas mansas, que se abrem quando menos se espera...
A minha expectativa cultural, política e económica é muito escassa: sou um mero cidadão europeu, residente em Portugal, futura região autónoma da Galiza, com Alcalde y tudo, a morar numa cidade que se desfaz por todos os lados, ao ponto de se terem de tapar as rachas, os rebocos desfeitos e os acabamentos precocemente envelhecidos com muitas bandeiras herdadas das festividades da República. O pior é quando chove a a bandeira fica reduzida à haste, e toda a desolação reemerge, impante e fatal, para nosso desconsolo de olhar sofrido e comum...
O segundo encómio vai para o KAOS, que andou, tal qual eu, na zona do não-vale-a-pena-mesmo-batermo-nos-por-mais-nada, e, de repente, camionionistas, o Saloio de Boliqueime, mais o Saloio da Cova da Piedade e o Saloio de Vilar de Maçada começaram a tremer nas perninhas de Pastéis de Tentúgal, e a coisa começou a transbordar.
Começou... e começou é uma das palavras mais frágeis que conheço. Eu, Iluminista, e por consequência, Europeísta, dou, de repente, comigo a celebrar estridentemente o fracasso de um pretenso "avanço" da Construção Europeia. Pois, mas a verdade é que, entre dois ou três meses, num súbito acelerar da porcaria, me chegaram subitamente rumores das tais alíneas que ninguém leu, mas LÁ ESTÃO, e vou exemplificar-vos: uma, central, é a da destruição do Sistema de Ensino. Paira no ar que Portugal poderá ficar medusado num patamar académico que não lhe permitirá dar mais do que Licenciaturas (de Bolonha), e os Mestrados e Doutoramentos vão ter de ser tirados... lá fora. Cá dentro, com a destruição da Coluna Vertebral da Formação mínima, arriscamo-nos -- e um dos grandes canalhas associados a isso é o escroque Valter Lemos, o da Reforma do Sistema de Macau e das golpadas dos Politécnicos... -- a poder apenas fazer a formação de "profissionais", gente habilidosa de mãos, para tratar de canos, instalações eléctricas, montagens de "Meo"s e "Netcabos", arranjo de motores de alta cilindrada, e acompanhamento de velhinhas alzheimerizadas, mas com brutas contas em certos bancos sérios... O resto vai para os colégios da fradaria e para aqueles que não sendo da fradaria têm nomes de Santos e geram a perpetuação das elites. Sem ofensa, ou.... aliás, com ofensa, não é por acaso que o Clã Soares anda a ampliar o seu "Colégio Moderno", bem para cima das velhas árvores da mamada, na Alameda do Campo Grande. Fosse viva a Amélia das Marmitas, e havia já grande escândalo de muleta, lá à porta, ó, se havia...
Em França, parece, já se sonha com percursos formativos alternativos, como as maravilhosas Novas Oportunidades, mas até coisas mais arrojadas, como dar diplomas em gares de metro e comboio, estações de serviço e átrios de Centros Comerciais (!). Para quem pensa que estou alucinado, pesquise.
A parte seguinte é ainda melhor: aparentemente, tudo eram favas contadas. Os Bilderbergers, depois de terem fingido que se iam reunir em Atenas, estiveram, afinal, muitos caladinhos, concentrados, há uma semana, perto de Washington, D.C., "Caput Mundi", para mostrar que a coisa, desta vez, ia mesmo arrancar para o duro. Com o indispensável Balsemão, seguiram "the next-ones", António Costa e Rui Rio, o que nada deixa de bom para os palhaços que os antecederam, um dos quais, ainda no lugar de Primeiro-Ministro da Bandeira de Conveniência Portugueses. Dia 1 de Julho arrancava a duvidosa Presidência Francesa, com Sarkozy, o mais perigoso de todos os políticos europeus, à frente.
Estes cavalheiros não brincam em serviço, e mandaram um dos nossos, ainda mais saloio do que os anteriores, para Saragoça, inaugurar o que se apresenta como uma festa, mas, curiosamente, é tudo menos uma festa: é a Expo-2008, cujo tema é a ÁGUA -- ouviram bem?... a Água -- que, depois da especulação sobre o preço dos combustíveis e dos alimentos, vai ser a próxima fronteira de especulação que esses filhos da puta, que estão a desmantelar a nossa parca felicidade, irão abrir. Suponho que o Bimbo de Boliqueime nos tenha representado decentemente, já que sobre o Referendo Irlandês "ainda não tinha opinião (!)", aliás, como dizem os homens do táxi, a única opinião que ele alguma vez terá é de que está à espera do fim do seu 2º Mandato, para levar mais uma reforma para casa. Não será com o meu voto, aliás, como nunca, em circunstância alguma, seria. Falta-me saber se a Maria, como noutras ocasiões, foi beijar a mão (!) da Rainha Sofia...
O grave, no meio disto, é mesmo a Água.
Já se imaginou, mergulhado num sistema, onde será levado a matar o seu vizinho, por causa de um copo de água?... Pois é o próximo "virtual/real game" para o qual você vai ser convidado, mansamente, sem que disso se aperceba, e com o tema a entrar "naturalmente" pelos meios de Intoxicação Social. Espere só que toque a sineta do tema, que nisso eles serão lestos, assim como você desconhecia que Bilderberg estava reunido em Washington. Malhas que o Império tece, e continuará a tecer.
Célebre ficou a frase, naquele ridículo debate parlamentar, entre a Moça de Vilar de Maçada e Senhora de Mota Amaral. Não havia debate: era um trocar de rosas, entre duas madames, com os mesmos gostos em tudo -- e aqui vou entrar nas inconfidências, mas, de vez em quando, tem mesmo de ser, lá me desculpem as fontes do Protocolo de Estado, de onde vem a informação... -- incluindo o tipo de enfarda... perdão, guarda-costas, sólidos, bem desenhados e capazes de esconder um segredo. Aliás, o debate era tão musical, e com aquelas vozes tão bem timbradas no feminino, que só me faziam lembrar o Duplo Concerto de Brahms, com a Tinhosa de Vilar de Maçada a fazer o timbre do violino mal contido, e a Virgem das Ilhas a do violoncelo já com os "esses" muito abertos e esgaçados, uma longa vida dedicada à Harmonia..., e foi mesmo nesse enlevo de alma, já a deixar antever o Centrão Seguinte que a "outra" se descaiu com "o Tratado ser muito importante para a sua carreira política..." Como mantemos uma relação amorosa muito profunda e antiga, imediatamente reportei o facto na "Wikipédia", como poderão confirmar no texto, e depois no "histórico" das alterações. Suponho que ele me irá agradecer eternamente, mas eu também lhe agradeço eternamente muitas coisas que impiedosamente tem feito a 10 000 000 que, como eu, estamos confinados à Cauda da Europa, e aos rasgos de humor da sua miserável soberba. Até a Câncio, essa insólita pendureza do nosso imaginário ali veio à baila...
Que se foda.
O ensaio geral das 65 (!) semanais avançou logo, e ainda nem o Tratado de Bilderberg estava em vigor. Sabe Deus que eu não sou do Bloco de Esquerda, e ainda mais sabe Sócrates que tem em mim um dos mais ferozes franco-atiradores contra a sua mentira, porque fui dos enganados que o pôs lá... Acontece, e paga-se, mas de ambas as partes, ó, se paga.
O carinho seguinte vai para os Sindicatos, que, como já aqui referi, estão incluídos, numa das oclusas alíneas do Tratado de Bilderberg, hoje chumbado pelos Povos Livres da Iralanda, não como representantes das classes que deveriam defender, mas como "cooperantes com os Governos". Procure, se quiser, e leia a Realidade recente, se tiver dúvidas...
O resto é o conselho de um espírito livre, Europeu, Português, na plena posse dos seus direitos cívicos, e com talento para a escrita, como é publicamente reconhecido: Sr. Sócrates, a quem tratam, piedosamente, pelo "Engenheiro", o Senhor já saiu desta arena muito debilitado politicamente, aquando do vexame da sua "Licenciatura", que tentou apagar da "Wikipédia", mas lá ficou, estigmatizada para sempre, como uma vergonhosa marca de fogo, indigna de um Chefe de Governo Europeu. Se tivesse vergonha na cara, demitia-se JÁ, como consequência do fracasso da jóia da coroa da sua carreira política (!), mas sei que vai continuar, por isso, lhe deixo aqui o conselho, maduro, pensado e lapidarmente escrito: o seu Ministro Amado, também conhecido, em certos meios, pelo "Homem da América" (a invenção não é minha, é dos tais... meios...), teimoso e ridículo como você mesmo, a galope daquele ser indescritível que preside à Comissão Europeia, defendem a continuação da ratificação do Tratado de Lisboa.
Estamos plenamente de acordo, mas, para que se cumpra a Europa da Cidadania, e se veja, se, por acaso, ela confirma, ou infirma, os objectivos da Europa dos Interesses, essa ratificação deverá passar a ser feita, um a um, nos restantes países, não em Parlamentos herméticos, mas Referendo a Referendo, para que possamos ter uma visibilidade final.
Muita boa noite, e parabéns por mais esta sua derrota.

 
At 14 de junho de 2008 às 21:37, Anonymous Anónimo said...

A Europa é formada por Nações diferentes.
Cada Nação tem a sua cultura, a sua forma de estar no Mundo: tradições, língua, história, religião.
A União Europeia não deve caminhar para uma Federação.
Creio que os "Estados Unidos da Europa" seriam o embrião da destruição da União Europeia.
Cada Povo deve ter a sua diversidade , manter a sua identidade histórica, as suas relações privilegiadas.
A diversidade cultural e a manutenção da identidade própria de cada Povo são absolutamente fundamentais.
A Europa pode competir no Mundo económico, pode caminhar para mais liberdade, mais justiça, uma maior harmonização de padrões de vida, sem necessidade de se constituir em Unidade Federal.
O Tratado de Lisboa vai longe de mais.
O Povo Irlandês disse não ao tratado de Lisboa .
Dever fundamental é o de respeitar a decisão do Povo Irlandês, como manda o artº 6º nº 1 e 3 do Tratado da União Europeia que dispõe:
"1 - A União assenta nos principios da liberdade, da democracia, do respeito pelos direitos do Homem e pelas liberdades fundamentais, bem como o Estado de Direito, príncípios que são comuns aos Estados-Membros.
2 (...)
3 - A União respeitará as identidades nacionais dos Estados Membros."

Ora, custa ouvir José Sócrates , Durão Barroso e Cavaco Silva dizerem que o não do Povo Irlandês não significa o fim do Tratado de Lisboa.

Custa porque se no plano interno português é deplorável que José Sócrates tenha faltado à promessa feita na campanha eleitoral de referendar o tratado, MAIS GRAVE É querer dar lições de democracia ao Povo Irlandês. E supinamente grave é ainda querer manipular a livre decisão do Povo Irlandês através de manobras tendentes a mudar a decisão de forma totalmente artificial, não democrática.
O que José Sócrates deveria dizer é que se enganou. Devia pedir desculpa aos portugueses por lhes ter mentido.
E deveria pensar se afinal em referendo o Povo Português também não diria não ao Tratado de Lisboa.
E talvez perguntar aos irlandeseses como é que eles conseguiram os níveis de crescimento económico e bem estar social que alcançaram, enquanto Portugal continua pobre, sem solidariedade social, com níveis de corrupção que nos envergonham.

A política portuguesa continua envolta num manto de nevoeiro cerrado.

A propósito é curial citar o poema "Nevoeiro", de Fernando Pessoa na obra "Mensagem":

"Nevoeiro

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer--
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra

Ninguém sabe que coisa quer,
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro,
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a hora!

Valete Fratres."

Infelizmente esta é a realidade . O nevoeiro instalou-se em Portugal. Não se vê nada de bom.

É a hora, e hora de José Sócrates se ir embora. Está a destruir Portugal.
E como diz o Prof. Antóno Balbino Caldeira, é tempo de começarmos a definir o que se deve fazer depois de José Sócrates , sendo que uma medida imediata deve ser reabrir a maternidade em Elvas e acabar com a humilhação suprema das portuguesas terem de ir parir a Badajoz.

Nem que fosse uma maternidade de leite e mel, de ouro e prata. É Portugal que o exige.

Porque o meu país é PORTUGAL.

 
At 15 de junho de 2008 às 21:48, Anonymous Anónimo said...

O Sr. Silva anda por Espanha a passear-se a avistar mais uma Expo feita pelos nossos vizinhos Espanhóis.
Como estar cá ou lá em nada altera a vida deste Jardim, que ande, que se divirta e a única pena que tenho é que seja á custa dos impostos que tanto nos custam a pagar.
Isso e que mesmo aí não haja ninguém que lhe diga, “Porque não te calas”.
Reconheço o esforço que deve ter feito para aprender a dizer “fait-divers”, mas não entendo quando diz que cabe à Irlanda encontrar a solução para o problema da vitória do Não no Referendo ao Tratado de Lisboa.
Qual solução?
Do género do Luis Amado que queria correr a Irlanda da União Europeia? Ou a que está mais em voga de repetir o referendo na Irlanda até que um dia o sim ganhe?
Diz o Sr. Silva que não podemos por o tratado na gaveta.
Concordo, tem de ir para o lixo e já.
O apelo à continuação das ratificações nos parlamentos dos países que ainda não o fizeram, é uma demonstração que estão dispostos a ir contra a vontade dos povos europeus.
Neste momento a única saída possível passava por um referendo em todos os 27 países e esperar que todos votassem sim.
Mas, tanto o Sr. Silva que diz, “Os tratados internacionais nunca deveriam ser objecto de referendo e tivemos agora a prova disso”, como a Raça que domina a Europa, sabem que muito provavelmente haveria mais não’s que sim’s.
Onde está a democracia nesta Europa?

 
At 15 de junho de 2008 às 22:01, Anonymous Anónimo said...

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fatuo encerra.
Ninguem sabe que coisa quere.
Ninguem conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ancia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora

Fernando Pessoa

 

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