MONOPOLY PORTUGUÊS
Durante a Grande Depressão os norte-americanos descobriram uma forma barata de se entreterem em casa: o Monopoly era um jogo que divertia e fazia esquecer a crise.
Em Portugal há vários Monopólios disponíveis, cada qual capaz de entreter os indígenas, mas que têm em comum um facto: reforçam a presença da crise.
O que se vai descobrindo no BPN é, por si só, um jogo sem regras, exercido até à exaustão dos seus responsáveis, perante a apatia de toda a classe de supervisores.
Daí subentende-se que, em Portugal, tudo é normal e desculpável.
Mesmo depois de ser público.
Já nada espanta num país que é um praticante exímio do porreirismo e do facilitismo. E onde a classe política continua a pensar que pode continuar a escorregar em sucessivas cascas de banana porque nada a pode levar a escorregar nas suas trapalhadas.
O exemplar caso do abate de sobreiros no Vale da Rosa, em Setúbal, fruto de uma decisão governamental tomada a um mês das eleições autárquicas de 2001 e horas antes de uma decisão do Tribunal Administrativo e as agora divulgadas relações entre o Vitória de Setúbal e o BPN, mostra como há um vírus instalado na sociedade portuguesa.
Há um Monopoly diferente em Portugal: quem tem conhecimentos ganha sempre o jogo.
Isto é o contrário da sociedade democrática, liberal e defensora da concorrência leal que se pretendia.
Há em Portugal um clube privado do Monopoly.
Que vence sempre. E que permite pouca concorrência.
Eça de Queiroz dizia que Portugal era um laranjal.
Mas hoje parece mais uma teia.
F.S.
Em Portugal há vários Monopólios disponíveis, cada qual capaz de entreter os indígenas, mas que têm em comum um facto: reforçam a presença da crise.
O que se vai descobrindo no BPN é, por si só, um jogo sem regras, exercido até à exaustão dos seus responsáveis, perante a apatia de toda a classe de supervisores.
Daí subentende-se que, em Portugal, tudo é normal e desculpável.
Mesmo depois de ser público.
Já nada espanta num país que é um praticante exímio do porreirismo e do facilitismo. E onde a classe política continua a pensar que pode continuar a escorregar em sucessivas cascas de banana porque nada a pode levar a escorregar nas suas trapalhadas.
O exemplar caso do abate de sobreiros no Vale da Rosa, em Setúbal, fruto de uma decisão governamental tomada a um mês das eleições autárquicas de 2001 e horas antes de uma decisão do Tribunal Administrativo e as agora divulgadas relações entre o Vitória de Setúbal e o BPN, mostra como há um vírus instalado na sociedade portuguesa.
Há um Monopoly diferente em Portugal: quem tem conhecimentos ganha sempre o jogo.
Isto é o contrário da sociedade democrática, liberal e defensora da concorrência leal que se pretendia.
Há em Portugal um clube privado do Monopoly.
Que vence sempre. E que permite pouca concorrência.
Eça de Queiroz dizia que Portugal era um laranjal.
Mas hoje parece mais uma teia.
F.S.
Etiquetas: Compadrio, Corrupção, Crise, Portugal, Portugal o Grande Circo, Vigarices
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