sexta-feira, 11 de julho de 2008

LADRÕES... [III]

O engenheiro d’oiro anunciou que sempre ia aplicar a taxa Robin dos Bosques sobre os lucros extraordinários das gasolineiras (vinte e cinco por cento).
Pegando no tema, o Francisco Louça, estranhou o nome da taxa, já que na história original o herói rouba aos ricos para dar aos pobres, enquanto nesta se senta na mesma mesa que os ladrões para dividir o saque roubado aos pobres.
Na realidade é mesmo isso que vai acontecer.
As gasolineiras estão autorizadas a ter lucros especulativos desde que o dividam com o governo.

Agora só falta ver se os ladrões não vão aumentar os preços para compensar aquilo que o governo lhes vai tirar.


Eu quase que apostava que sim e não são as garantias do engenheiro que me vão deixar descansado.


K.

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5 Comments:

At 11 de julho de 2008 às 20:53, Anonymous Anónimo said...

Sócrates, aldrabão ou simplesmente ignorante?
O Sr. mente, mente, mente...
Com muita pompa e forrobodó da propaganda o nosso 1º veio mostrar um acordo com a Nissan para a produção em Portugal de Veículos Eléctricos (EV). Eu até estava a achar interessante a ideia pois já era sem tempo de se optar por um transporte que já circula em muitas estradas da Europa à uns anos.

MAS.....

Depois "acordei" para a realidade ao ouvir o aldrabão. ELE disse que "está a estudar a forma de que os VE venham a pagar apenas cerca de 30% do IA dos restantes veículos..."

MAS.....

Na legislação em vigor os EV (veículos eléctricos pros burros que ainda acreditam nesta merda de governo) pagam ZERO de imposto automóvel!!!!!!

ZERO!!!!

Esta é a forma de criar um imposto de 30% e fazer propaganda de que se vai retirar 70% de algo que não existe. Pensem comigo: 70% de 0 é Zero. É este o desconto para os EVs.

Então eu traduzo as palavras do Pinóquio: "estou a estudar a forma de criar um novo imposto pois se esta merda for para frente tou f*****.... vou perder o meu tacho.... a GALP não vai gostar nada.... mas compensa com a EDP.... e depois crio um sistema de troca de baterias com aluguer à GALP.... é isso.... isto é bom negócio....."

Agora umas perguntas que vi num local que realmente se interessa pelos EV:
1. O que é que foi assinado exactamente (memorando???) Qual foi exactamente o compromisso? E prazos?
2. Que frota é que a Nissan vai apresentar? Micras e Clio VE ou aqueles de três lugares? São veículos urbanos ou mais generalistas? De onde saiu a tal autonomia de 200km? Existem mais especificações, nem que seja como objectivos a atingir?
3. Como é que funciona este tratamento das baterias como se fossem bilhas de gás?? É este o sistema que propuseram aos israelitas ou é um acordo daqui para incluir Galps e afins? Fará sentido restringir outras companhias a este formato para combater as críticas de autonomia?
4. Esta infraestrutura publica de carregamento seria gratuita ou paga? Aparentemente na Dinamarca e em Londres planeiam que seja gratuita até os VE's serem 15% da frota total.
A QUERCUS já disse que o Pinóquio mente.

«Pedidos esclarecimentos ao primeiro-ministro
Quercus: carros eléctricos estão isentos de imposto automóvel, ao contrário do que disse Sócrates
A Quercus exigiu hoje esclarecimentos ao Governo sobre o pagamento de imposto automóvel nos carros eléctricos, dado que a lei já isenta estes veículos, ao contrário do que diz ter sido a ideia passada pelo primeiro-ministro na cerimónia de assinatura do memorando de entendimento entre o Estado e a Renault-Nissan para a comercialização de um veículo com essas características em Portugal a partir de 2011.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro afirmou que o Executivo iria estudar um modelo fiscal para permitir que os futuros carros eléctricos, sem emissões poluentes, possam pagar menos do actual imposto automóvel.

"Se um carro eléctrico já existisse actualmente, apenas pagaria 30 por cento do imposto automóvel, já que este imposto tem em 70 por cento uma componente ambiental. O Governo está disponível para criar um quadro fiscal ainda mais atraente", disse José Sócrates.

A associação ambientalista considera que "há dois erros na afirmação do primeiro-ministro: a componente ambiental representa 60 por cento e não 70 por cento do cálculo do imposto e um veículo eléctrico está isento dos impostos".

Contactado pela Lusa, fonte oficial do gabinete do primeiro-ministro disse que Sócrates quis valorizar o facto de Portugal ter uma taxa de imposto automóvel "das mais favoráveis da Europa para promover veículos amigos do ambiente".

"Quando se referiu aos 30 por cento de pagamento sobre a cilindrada do imposto automóvel [o primeiro-ministro] estava a referir-se ao caso de se aplicar o regime geral. Mesmo nesse caso, no regime geral, pagaria apenas 30 por cento", defendeu o assessor de imprensa de José Sócrates.

Segundo um comunicado da Quercus enviado hoje à Lusa, "um veículo eléctrico está isento tanto de Imposto sobre Veículos como de Imposto Único de Circulação".

Para esta afirmação os dirigentes ambientalistas basearam-se na lei que cria o Código do Imposto sobre Veículos (antigo imposto automóvel) - de Junho de 2007 -, que refere no artigo 2º que os veículos exclusivamente eléctricos não pagam este imposto.

"Estão excluídos da incidência do imposto os seguintes veículos: Veículos não motorizados, bem como os veículos exclusivamente eléctricos ou movidos a energias não combustíveis", refere o artigo.

No que respeita ao Imposto Único de Circulação, a mesma legislação isenta os "veículos exclusivamente eléctricos ou movidos a energias renováveis não combustíveis" do pagamento dessa taxa.

A Quercus defende que os veículos eléctricos devem continuar nos próximos anos "a merecer um tratamento preferencial", continuando a beneficiar deste regime de isenção.»
Público

 
At 11 de julho de 2008 às 20:57, Anonymous Anónimo said...

Rangel caiu na cadeira como se tivesse levado um murro certeiro. E levou-o de Sócrates, ali no hemiciclo da Nação, no início do debate sobre o estado da dita. O novo líder da bancada laranja tem o mesmo apelido do Emídio, o Ranger, e que até é muito amigo de Sócrates, mas este terceiro líder PSD em 3 anos, caiu inanimado. Só faltava Gama de laço vir contar ao pé dele:" 3,2,1...perdeu!". Imagino Manuela Ferreira leite em casa a tratar do netinho e sem poder socorrer o KO monumental do seu avançado centro no parlamento.
Sócrates esteve hoje num daqueles dias de arrogância máxima para propaganda mais. Usou palavras como esquerda, afagou a classe média, distribuiu uns trocos aos pobres e anunciou essa coisa espantosa: vai tirar 100 milhões de euros aos lucros das petrolíferas, sem que tal faça baixar o preço dos combustíveis, e foi dizendo que essa taxa não vai fazer aumentar a gasosa. Não vai ? A ver vamos. Mesmo que assim seja, o que Sócrates faz é ficar com um terço do grande bolo que as Galps deste mundo ganham SÓ à custa do aumento. Portanto: todos ganham com o preço em alta do petróleo menos o consumidor que vai pagando. Para fazer política correcta o primeiro deseja que os contribuintes andem, ou a pé ou de transportes públicos. Quer dizer: Sócrates sonha com a Albânia do Ever Hocha, das bicicletas e dos carros pretos dos burocratas.
O cúmulo do discurso de Sócrates chegou com o insulto a Louçã. Sócrates usa a desonestidade intelectual e gincana das palavras para minimizar ou apagar algumas verdades que Louçã lhe lançou.Armaou-se em Diácono e pai tirano. Sócrates é bom em telenovela e sabe-o.
A moda agora é: quando alguém diz verdades com coragem é acusado de "pessoa sem credibilidade"- o mesmo que disseram os senhores juízes de Marinho Pinto (grande entrevista hoje a Judite de Sousa) quando este os atacou por achar inadmissível que órgãos de soberania possam fazer greve e serem sindicalizados. E hoje ficámos a saber do estatuto de excepção que a classe tem nas reformas, nos ordenados, nas mordomias.
O estado da Nação não foi debatido. O problema estrutural não foi analisado na AR, mas os partidos entretiveram-se numa bagunçada e num total desrespeito por aqueles que votaram e lhes deram um bom emprego. Aproveitem enquanto é tempo.

 
At 11 de julho de 2008 às 20:58, Anonymous Anónimo said...

quilo a que chamaram "debate do estado da nação", não passou de um exercício comicieiro do falso engenheiro que, afinal consegue ir ao saco azul buscar a módica quantia de 75 milhões de euro ( a imprensa de hoje anuncia valores mais elevados) para resolver a crise (pelos vistos a coisa não passa de uma crisezinha) e mais uma meia-dúzia de medidas populistas - uma delas completamente falsa - para encher o olho à carneirada e atirar com as responsabilidades da crise para os outros...
a oposição esteve muito fraquinha e, como sempre, foi desrespeitada por este p-m que, sem a menor dúvida, não serve os interesses do rectângulo...
a miséria económica, social e política vai continuar e vai agravar-se.
até ao dia em que os ciadadãos disserem: basta! e puserem o rectângulo em boas mãos..

 
At 11 de julho de 2008 às 22:32, Anonymous Anónimo said...

O Xerife de Nothingam quer criar um imposto Robin dos Bosques... Que grande vigarista! O homem ainda consegue ser mais cínico e cruel que o Xerifie de Nothingam.

 
At 12 de julho de 2008 às 21:22, Anonymous Anónimo said...

Foi no meu refúgio do V. dos Gaviões que recolhi os discursos do estado da nação, ou, dito à maneira de Salgueiro Maia, os discursos sobre o estado a que chegámos, depois de tantos encómios de estadão, entre belos acordes de música celestial e outra tanta retórica de justificação do poder.
Porque, ainda anteontem, confirmei, na SIC, que o anti-optimismo de Medina Carreira quase coincide com as análises realistas, simpáticas para o situacionismo, da autoria dos economistas Campos e Cunha, Nogueira Leite, Silva Lopes e Ferreira do Amaral.
Entre apitos e furacões, madonas e mádis, o grande espelho da nação enrodilhou-se em jogos florais.

Ai das grandes instituições, quando as chefias são assaltadas para que os pequenos homens disfarcem a respectiva mesquinhez. Ai do Estado se voltar a ser tema para um improviso de "l'État c'est moi", porque se eu pudesse dar, mais dava, com grandes propagandistas que glosam a metáfora da folha A4 e não seguem os conselhos dos sábios, entretendo-nos com as minhoquices que vão fazendo e prometendo, como a do grande mágico que nos prometeu fazer desaguar o Amazonas no Tejo, em alta velocidade.

Está caduco o velho manual do como ganhar eleições, proclamando-se, com ar grave e solene, que "nós somos honestos". Na história de Portugal, não consta o Robin dos Bosques, mas o Zé do Telhado e as consequências da Maria da Fonte e da Patuleia, contra os devoristas e os cabrais.

O que ficou foi este regime mercantilista da viradeira, já pós-revolucionariamente pós-pombalista, pós-afonsista, pós-soarista e pós-cavaquista, onde abundam as grandes companhias de economia mística, aquelas que, agora, querem privatizar os lucros e nacionalizar os prejuízos, através desses novos caminhos de ferro do fontismo que são os regeneradores investimentos em obras públicas, para gáudio dos partidos-sistema do Bloco Central, essas federações de grupos de interesse e de grupos de pressão que discutem se o matrimónio é uma fábrica de procriação, para que D. Policarpo possa optar.

O ficou foram os milagres de Lurdes sobre a matemática rodrigues e o grande administrativista Freitas do Amaral, a preparar madailicamente um manual de direito de grandes penalidades e apitos, com reedição do guia das assembleias gerais, que não sejam RGAs do PREC, para uso do confronto de Sócrates com Louçã. Porque, entre jantaradas de geopolítica e croquetes de embaixada, qualquer profano pode ascender em 24 horas ao grau supremo, em cerimónias sem ritual que traduzem em calão as procissões funerárias que comemoram a reconquista cristã de Alcagaitas à moirama.
Volta, Marquês, que eles já cá estão outra vez!

 

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