sábado, 17 de maio de 2008

A MOCIDADE PORTUGUESA DOS PARTIDOS

A Mocidade Portuguesa dos partidos rejeita que esteja alheada da política.
E não está.
As jotas estão na política para o mais pequenino e o pior.


Rejeitando o que o chefe de Estado disse no passado dia 25 de Abril sobre o alheamento da juventude em geral quanto à política, o líder da JS diz mesmo que não há nenhum drama à volta desta geração.

O jovem socialista provou duas coisas com esta sentença: que não está alheado da política no pior sentido da palavra mas que é alheio à juventude do seu país e do seu tempo.
Porque uma coisa é a carreira política e o emprego certo dos jotas, melhores e mais garantidos quanto mais canina for a fidelidade à linha do partido, outra coisa são os dramas de uma juventude a braços com uma crise profundíssima de desemprego, sem saídas profissionais.

Se os partidos encarnam o que há de pior na democracia – a formatação do pensamento, o condicionamento da liberdade, o espírito de corpo obediente a uma cabeça pensante, o carreirismo, o clientelismo – as juventudes dos partidos são tudo isso em mais pequenino e mesquinho.
Era preferível quando as jotas eram a mão-de-obra dos partidos para colar cartazes.
Sempre faziam alguma militância política.
Agora limitam-se a fazer o curso prático de como subir na vida pensando pela cabeça do chefe, de como singrar no aparelho dizendo que sim, apresentando serviço e denunciando os suspeitos de heresia.

Aliás, o alheamento dos jovens em relação à política será mesmo proporcional ao papel exclusivo dos jotas na política, no pior sentido.
Os jotas dos partidos constituem a excepção à vida difícil da juventude em geral e ainda por cima é em função deles que se marcam os temas para a agenda da juventude.


J.P.G.

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