sexta-feira, 27 de setembro de 2013

SERÁ POSSÍVEL?

Será possível que, em 2013, os pontessorenses ainda continuem a votar em gente que vê o mundo a preto e branco em que eles, os bons, encarnam o genuíno amor à terra e os outros, os maus, são rotulados de comunistas como no tempo de Salazar?



Será possível que, em 2013, os pontessorenses continuem a votar em gente que acha que os únicos comunistas bons são os vira-casacas que estão sempre do lado de que sopra o vento (e que integram, hoje, a sua lista, tal como integraram as listas da CDU no tempo de José Amante)?

Será possível que, em 2013, os pontessorenses ainda continuem a votar em gente que continua a usar os métodos, a linguagem e a cassete de 1975, ainda que se intitule socialista?

Será possível que, em 2013, os pontessorenses ainda continuem a votar em gente que persegue quem vive com a coluna direita e pensa pela sua cabeça e favorece os incompetentes e os medíocres que lhe prestam vassalagem?

Será possível que, em 2013, os pontessorenses continuem a votar em gente que viola descaradamente a lei, como é o caso da Lei da Paridade, revelando um total desprezo pelas mulheres?

Será possível que, em 2013, os pontessorenses continuem a votar em gente que copia o modelo do autocrata Vladimir Putin para contornar a lei de limitação de mandatos?

Será possível que, em 2013, os pontessorenses ainda continuem a votar em gente que envergonha o concelho, com o seu comportamento, nos acontecimentos desportivos que se realizam em Ponte de Sor?

Será possível que, em 2013, os pontessorenses ainda continuem a votar em gente que embarca em projectos megalómanos do tipo do Aeródromo, em parceria com o tristemente ruinoso Governo Sócrates, projecto esse que será uma fonte permanente de despesa e um  sorvedouro permanente de receitas?

Será possível que, em 2013, os pontessorenses ainda continuem a votar em gente que transformou o concelho mais industrializado do distrito de Portalegre num dos concelhos mais dependentes da autarquia, o que nem a CDU conseguiu durante os mandatos em que geriu a câmara?

Será possível que, em 2013, os pontessorenses continuem a votar em gente que capturou a sociedade civil (não há uma única associação que não dependa da câmara) e que asfixia a pouca iniciativa privada que ainda existe no concelho (constrói-se um lar e um ninho de empresas quando a oferta é excedentária? Concorre-se com os particulares com dinheiro público?)

Será possível que, em 2013, os pontessorenses ainda continuem a votar em gente que tem o descaramento de defender que vai constituir uma associação para gerir o lar municipal  (mas o povo não vê os programas de Medina Carreira que acusa de irresponsável e lesiva do interesse público esta forma de gerir o nosso dinheiro)?

SERÁ POSSÍVEL?


António Santana-Maia Leonardo

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DADÁ

- futebol é o seguinte
chegou ali e tem tranquilidade
é só aplicar o sutil o mirabolante
a raiz quadrada o labirinto
que não tem jeito pro goleiro não
é cair e levantar para buscar 
o caroço lá dentro

- que negócio é esse de sutil
mirabolante e raiz quadrada

- não posso dizer
é segredo profissional
outro dia criei mais um gol
o independência

- a poesia é o seguinte
chegou ali e tem tranquilidade é só aplicar o sutil o mirabolante a raiz quadrada o labirinto que não tem jeito pro leitor não é cair e levantar para buscar  o caroço lá dentro
- que negócio é esse de sutil mirabolante e raiz quadrada
- não posso dizer é segredo profissional outro dia criei mais um poema
o independência



Renato Negrão
Vicente Viciado

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A SÍNDROME DE ESTALINE

Compreendo que os líderes políticos defendam, com unhas e dentes, o Poder Local, porque é ele que alimenta os aparelhos dos partidos. 
Agora chamar-lhe democrático já é muito cinismo e hipocrisia. 
Dou apenas um exemplo esclarecedor: a minha filha foi, durante um curto período de tempo (em substituição), vereadora do PSD na Câmara Municipal de Ponte de Sor, de maioria absoluta socialista. 
Como as suas intervenções no período antes da ordem do dia e protestos não ficavam, por ordem do senhor presidente, transcritos nas actas, passou a votar contra a aprovação da acta com este fundamento. 
Resultado: o presidente da câmara de Ponte de Sor decidiu acabar com o período antes da ordem do dia (leiam a parte final das actas, disponíveis on-line, de 29/4/2010 e 5/5/2010). 



Assim, a partir de 29/4/2010 até hoje, mais nenhuma reunião da câmara municipal de Ponte de Sor, por determinação do senhor presidente, teve período antes da ordem do dia.

Isto é ilegal? 
Toda a gente sabe. 
Mas o que é que se faz contra isto? 
Apresentar queixa? 
Vê-se mesmo que não conhecem nem a nossa justiça, nem a nossa administração. 
Tudo isso é inútil e só desgasta quem se mete por aí, para mais num meio em que ninguém quer ter o ditador à perna. 
Um presidente de câmara pode destruir a vida social, profissional e pessoal a qualquer munícipe e seus familiares. 
Neste tipo de autarquias (que é a maioria), a lei é o presidente da câmara. 
Ponto final. 
Ninguém lhes passa pela cabeça o nível que pode atingir a perseguição política (falo por experiência própria) num concelho em que toda a gente depende da câmara até para ir à casa de banho.

E António José Seguro podia dar, ao menos, uma vista de olhos às listas do Partido Socialista. 
Em Ponte de Sor, autarquia PS desde 1993, na lista da Câmara, a primeira mulher aparece em 5º lugar, na Assembleia Municipal aparece em 6º lugar e na Assembleia de Freguesia aparece em 9º lugar. E viva o velho! 
Eis como o PS cumpre as leis que defende com tanta convicção na Assembleia da República.

As populações estão reféns deste tipo de ditadores que controlam as suas vidas até ao mais ínfimo pormenor: os seus empregos e dos seus familiares, os apoios às suas associações, os licenciamentos das suas casas, dos seus muros, dos seus anexos e o alcatroamento das suas ruas, os seus electrodomésticos e mobílias, as viagens ao estrangeiro e os passeios pelo País, etc. etc. Além disso, possuem uma rede de informadores que lhes contam tudo o que ouvem e o que se diz a seu respeito no concelho. E tudo isso tem consequências.
 


No vocabulário orwelliano de Ponte de Sor (não estou nem a brincar, nem a exagerar), “comunista” é a palavra que o ditador sempre usa para rotular todos os que se opõem ao BEM DA TERRA encarnado nele próprio.

Neste tipo de autarquias, a chamada síndrome de Estocolmo manifesta-se em toda a sua plenitude, designadamente no período eleitoral. Ou melhor, a síndrome de Estaline.

 António Santana-Maia Leonardo

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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

NOTICIAS DA CAPOEIRA...


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CONTINUAR A GASTAR MILHÕES EM OBRAS DE M...!

Como andam as Câmaras a gastar o nosso dinheiro?

23-09-2013 10:42 por Ana Carrilho
Quase todas endividadas, nem sempre as autarquias fazem obra de acordo com as necessidades dos seus munícipes. No livro “Má Despesa Pública nas Autarquias”, Bárbara Rosa e Rui Oliveira Marques referem vários casos que, na sua opinião, já deveriam ter suscitado a intervenção do Ministério Público.
 
 Promiscuidade, irresponsabilidade e incompetência são algumas das manifestações que os escritores Bárbara Rosa e Rui Oliveira Marques encontraram nos muitos casos que relatam no livro “ Má Despesa Pública nas Autarquias”.

A poucos dias das eleições autárquicas, os dois autores afirmam que quiseram, com o livro, despertar a atenção dos eleitores para o modo como é gasto o dinheiro com que cada um de nós contribui para a sua Câmara.

Em muitos casos, é mal gasto: em projectos megalómanos – muitos desadequados às necessidades das populações e, ainda muitos mais, desnecessários; dos pavilhões e piscinas aos estádios do euro, das medalhas, estátuas, espectáculos e festivais às cidades do cinema; dos jardins aos parques temáticos e rotundas, das assessorias e comunicações às viagens e frota automóvel.

Bárbara Rosa e Rui Oliveira Marques frisam que não pretendem diabolizar os autarcas, mas a verdade é que não faltam exemplos de como gastar dinheiro que não existe.

A autora diz mesmo que não percebe como é que o Ministério Público, o único que pode iniciar um processo crime, não intervém mais.

Segundo o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, em Junho já tinham sido atribuídos 810 milhões de euros a 110 Câmaras, ao abrigo do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL). Outras 18 autarquias esperavam o visto do Tribunal de Contas para receber 166 milhões de euros.
 
Rádio Renascença 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(clique na imagem para ler melhor) 

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sábado, 21 de setembro de 2013

CANDIDATOS DA CDU À CÂMARA MUNICIPAL DE PONTE DE SOR E PROGRAMA























PROGRAMA PARA O CONCELHO 
DE 
PONTE DE SOR 

















 (clique na imagem
para ler na integra)



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CANDIDATOS DA CDU À ASSEMBLEIA MUNICIPAL DO CONCELHO DE PONTE DE SOR


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CANDIDATOS DA CDU À ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DA UNIÃO DE FREGUESIAS DE PONTE DE SOR, TRAMAGA E VALE DE AÇOR


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CANDIDATOS DA CDU À ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE MONTARGIL


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CANDIDATOS DA CDU À ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE LONGOMEL


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CANDIDATOS DA CDU À ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE GALVEIAS




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CANDIDATOS DA CDU À ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE FORROS DO ARRÃO






















(Clique na imagem para ampliar)

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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

EM PONTE DE SOR NA COMPRA DE UM LOTE LEVE UM DE BORLA!

Na Câmara Municipal de Ponte de Sor tudo é possível!


Mais uma grande vigarice do executivo socialista de Ponte de Sor:

----PEDIDO DE EMPRÉSTIMO DE PARCELA DE TERRENO, COM DEZ MIL METROS QUADRADOS (10.000 M2), QUE INTEGRA O PRÉDIO RÚSTICO, PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO, EM (Ponte de SOR) VALE DE AÇÔR, EM REGIME DE COMODATO, PELO PRAZO DE VINTE E CINCO ANOS / CONSTRUÇÕES SILVANO SANTOS, UNIPESSOAL, LDA.---------------------------

-----Está presente o ofício datado de vinte e um (21) de Agosto de dois mil e treze, de Construções Silvano Santos, Unipessoal, Lda., com sede em Vale de Açôr, solicitando o empréstimo de uma parcela de terreno com 10.000 m2, junto ao lote que possuem na Zona Industrial de Vale de Açôr, lote 2, por um período de 25 anos, destina à empresa guardar materiais de construção civil.-------------------------------------------------------------
-----Encontra-se também presente a informação técnica – jurídica, datada de onze (11) de Setembro de dois mil e treze, sobre o assunto mencionado em título, subscrita pela Técnica Superior Jurista, Dra. Conceição Rodrigues, a qual a seguir se transcreve na íntegra: << A requerente que é uma sociedade de construção civil e proprietária do Lote 2, da Zona Industrial do Vale de Açôr, veio solicitar que o Município lhe emprestasse, por 25 anos, uma parcela de terreno com a área de 10.000 m2, que integra o prédio rústico, da propriedade do Município, inscrito na matriz cadastral sob o artigo 145, da Secção GG1, da freguesia de Vale de Açôr.------------------------------------------------------
Essa parcela confina com o seu lote e a mesma será necessária para a requerente nela depositar e guardar materiais de construção.-----------------------------------------------------
Nos termos do disposto no artigo 64.º, n.º 4, alínea b) da Lei n.º 169/99, de 18/09, com a redacção introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11/01, cabe no âmbito das competências da Câmara Municipal apoiar, pelos meios adequados, actividades em todas as áreas de interesse municipal.--------------------------------------------------------------------
Destarte, apoiar uma empresa sediada no Concelho, por qualquer meio entendido como adequado, para que a empresa prossiga e desenvolva a sua actividade integra a competência da Câmara Municipal.---------------------------------------------------------------
Por outro lado, nada obsta na lei que esse apoio se concretize através da celebração de um contrato de comodato cujo objecto seja um bem imóvel do domínio privado municipal.---------------------------------------------------------------------------------------------
Tal decisão cabe no âmbito do poder discricionário da Câmara Municipal.-----------------
No caso em apreço, o objecto do contrato de comodato, será a parcela de terreno supra identificada, que confina com o Lote Industrial da requerente.--------------------------------
Como é sabido, o contrato de comodato é um contrato gratuito pelo qual uma das partes entrega à outra um bem móvel ou imóvel, para que se sirva dela com a obrigação de a restituir no estado em que a recebeu – crf art.º 1129.º do Código Civil.---------------------
O prazo do contrato é definido pelas partes, pelo que, se for esse o entendimento, e no que respeita ao caso, vindo a ser celebrado o contrato de comodato, pode ser celebrado pelo prazo de 25 anos solicitado pela requerente. Sendo certo que o comodato caduca pela morte do comodatário – crf.art.º 1141.º do Código Civil; ou pelos motivos de interesse público que, e, qualquer momento, surjam e levem o Município a fazer cessar o comodato.---------------------------------------------------------------------
Face ao expendido, não existe qualquer impedimento legal à celebração do contrato de comodato entre o Município e a requerente nos termos legais supra descritos, desde que seja esse o entendimento da Câmara Municipal e delibere nesse sentido.-------------------
É este, salvo melhor opinião, o nosso parecer.---------------------------------------------------
Á consideração superior. >>.-----------------------------------------------------------------------
In:Minuta da Acta 19/2013 de 18 de Setembro de 2013

 


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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

É GASTAR MILHÕES EM OBRAS DE M...!

Apesar do João Manuel Taveira Pinto ter comprado logo pela manhã todos os exemplares do "i" na cidade de Ponte de Sor, aqui fica a reportagem:























Dinheiro Despesa.

 Autarquias desperdiçam milhões 

Por Filipe Morais publicado em 13 Set 2013 - 05:00  

Livro analisa a má despesa das câmaras antes das primeiras autárquicas com limitação de mandatos Milhares de euros em medalhas, em estátuas e monumentos, um deles aos próprios autarcas.
Milhares de euros em almoços, concertos, telemóveis, estudos e projectos. 
Muitos deles ficaram no papel, outros começaram para serem abandonados e alguns revelam-se megalómanos para a dimensão das localidades em que estão inseridos. 
Os autores do projecto Má Despesa Pública lançaram esta semana o livro que mostra como a má despesa pública é feita nas autarquias. 
Não pretendem ter todos os casos, mas lançam um alerta aos eleitores em pleno ano de eleições locais - um alerta que Paulo Morais, da Transparência e Integridade, Associação Cívica (TIAC), diz mostrar que "a frase 'andámos a viver acima das nossas possibilidades' só se refere a 15% da dívida privada", porque a maioria da dívida é do Estado e muita dela feita nas autarquias. 
Nem sempre com grandes projectos, muitas vezes com pequenas despesas que se vão acumulando, como as das refeições. 
O ex-ministro Miguel Relvas é um exemplo referido no livro: durante dez anos, por ser presidente da Assembleia Municipal de Tomar, teve a conta de telemóvel paga pela autarquia sem limites, incluindo entre Março de 2002 e Julho de 2004, quando era secretário de Estado da Administração Local. Segundo a revista "Visão", nos últimos seis anos do período em causa, os custos do telemóvel de Miguel Relvas foram de 26 463 euros. 
O livro de Bárbara Rosa e Rui Oliveira Marques faz uma comparação com o caso do presidente da Assembleia Municipal do Porto, que tem um plafond máximo de 135 euros e prescindiu de o usar. O livro "Má Despesa Pública nas Autarquias" fala ainda de casos que custaram milhões: em 2012, a câmara de Braga gastou oito milhões de euros no início da construção de uma piscina olímpica, para depois desistir do projecto que, se fosse concluído, custaria um total de 25 milhões. A autarquia justificou-se dizendo que a manutenção energética seria insustentável. E, para dar solução ao esqueleto construído, contratou-se uma empresa que sugeriu a construção de um parque temático. Falta apenas encontrar um investidor privado que o queira concretizar. Ainda em Braga, há o caso do estádio de futebol, construído para o Euro 2004, que custou 121 milhões de euros; a câmara contribuiu com 111 milhões e ainda gasta 400 mil euros anuais em manutenção, ficando o patrocínio do estádio para o clube que o usa. Além das obras, o livro refere-se, por exemplo, aos gastos em festas e almoços. Um concerto de Tony Carreira em Albufeira, em 2009, custou 75 mil euros, mas em 2012 o cantor actuou por 42 mil euros em Olhão e Cinfães. Em 2011, a câmara do Crato gastou 60 mil euros num concerto dos Gotan Project e 35 mil num de Gabriel o Pensador. 
Em 2008, Vila Nova da Barquinha começou a preparar um projecto de 170 milhões de euros para construir um parque de diversões para 10 mil pessoas. Nunca saiu do papel. 
Ourém lançou um projecto de um festival de cinema em Janeiro de 2012. Nunca avançou, mas foram gastos 40 mil euros. Ainda em Ourém, foi criada uma parceria público--privada para a construção de um campo de golfe. Foi assinado um contrato de financiamento de mais de 3 milhões de euros, mas o projecto está suspenso. 
Ponte de Sor gastou oito milhões de euros num aeródromo municipal que pode receber aviões como o Airbus A320, com capacidade para 180 passageiros, mas não foi encontrado qualquer estudo para uma infra-estrutura desta dimensão. 
Portimão quis uma Cidade do Cinema. O investimento anunciado era de 3 mil milhões de euros. O projecto tem apenas uma sala de congressos e gastou 270 mil euros em consultoria e brochuras. 
Em Junho houve buscas na câmara de Portimão: o vice--presidente, Luís Carito, engoliu um papel quando foi detido. 
Em Valongo foram gastos, de forma ilegal, 31 185,69 euros em férias não gozadas dos eleitos locais. O presidente da câmara de Valongo, Fernando Pereira, teve ainda despesas não autorizadas de 11 979,09 em refeições. O vereador José Luís Sousa Pinto teve refeições de 4079,44 euros. 
Paulo Morais escreveu o prefácio de um livro que define como "um acto de resistência", porque analisa gastos de "um poder instituído no espaço público com quem ninguém se mete. Tiveram a capacidade de interpretar tudo aquilo que se diz apenas em voz baixa". E, diz, são dados importantes, porque "estas são as primeiras eleições desde que as pessoas sentiram mesmo os efeitos da crise. E as autárquicas de 2013 são as mais importantes de sempre, porque pelo menos 150 presidentes vão mudar. Falta saber se, com a mudança de caras, mudam também as práticas". Paulo Morais e os autores lembram que em muitos concelhos, principalmente nos mais pequenos, as câmaras municipais são os maiores empregadores. "Há meios em que o melhor é ter uma ligação partidária e assiste-se às transferências entre o partido e a câmara, com custos sobre os nossos impostos, porque se contratam boys pelos votos que conseguiram e independentemente da competência", diz Paulo Morais. O responsável da TIAC destaca ainda a importância dos pelouros de Urbanismo: "No início da crise, 70% da dívida estava alicerçada em dívida imobiliária das câmaras. Há duas actividades de alta rentabilidade: o tráfico de droga e o urbanismo, tendo os promotores imobiliários uma absolvição a partir do momento em que conseguem um alvará de loteamento", referiu ainda, para considerar que este livro "é um instrumento que obriga os candidatos a aumentar a transparência na vida pública portuguesa". 

No:JORNAL " i " 13-Setembro-2013

Enquanto continuarmos a ser governados por esta gente, não há pensões, nem salários que cheguem.... Mas o povo continua a votar neles. 
Onde pensa o povo que o Governo vai buscar o dinheiro que os autarcas esbanjam por esse país fora? 
Pelos programas eleitorais, a festança é para continuar. 
Só em iniciativas de pura propaganda eleitoral, a Câmara de Ponte de Sor gasta milhões.

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terça-feira, 10 de setembro de 2013

O QUE EU VEJO...

Confesso que há muito tempo não vinha espreitar este blog, afinal convínhamos que realmente aqui não se aprende muito, digo isto com bastante pena e lamento porque como já tive oportunidade de dizer precisamente neste espaço que é lamentável que num concelho onde a pouca comunicação social que existe está completamente concionada, pois penso que estes espaços podiam de certa forma substituir essa lacuna e estar ao serviço dos cidadãos que livremente querem às vezes expressar unicamente a sua opinião. 
Felizmente que hoje em dia existe as redes sociais e isso de uma forma ou outra dá mais voz a muitos de nós.
Por isso lamento a má utilização que as pessoas fazem deste blog.


No entanto e visto que temos aís as eleições autárquicas, pensei que isto por aqui estivesse a fervilhar, parece que não me enganei, já começou o role de acusações, o role de ofensas, enfim… mas assim não quero de deixar de partilhar algumas ideias sobre este momento tão importante na vida de todos nós.
Passados vinte anos, quase que me apetece dizer como o atual presidente numa entrevista de campanha, salvo erro, na anterior campanha passo a citar as suas palavras: Ponte de Sor está muito melhor que há 50 anos atrás, fim de citação, agora podemos dizer que Ponte de Sor está melhor que há 20 anos atrás.
Temos piscinas, pavilhões, estádios, novos edifícios públicos, equipamentos sociais, culturais, novas políticas de apoio aos mais desfavorecidos, aos idosos, novos projetos educativos etc, etc, enfim um role de políticas públicas que certa maneira vieram melhorar a vida das pessoas, isso é inegável.
Mas não será legítimo, nós perguntarmo-nos! 
Mas afinal quais os concelhos em Portugal que não tem esta realidade? Certamente nenhum, o que quero dizer é que, o que se fez no concelho em vinte anos e não esquecer em condições completamente privilegiadas, fez-se em todos os concelhos de Portugal.
Quando digo em condições privilegiadas, obviamente refiro-me aos fundos estruturais, pois não podemos ignorar que se não fosse os fundos estruturais não se fazia obra alguma no país., muito menos estas obras megalómanos, em grande maioria das vezes sem qualquer equilíbrio de sustentabilidade, rentabilidade e até por vazes de racionalidade completamente duvidosa.
Portanto os vários executivos liderados pelo Taveira Pinto, simplesmente seguiram a corrente de fazer obra, que é o que mais visível e claro o que mais dá votos no futuro.
Mas será que estamos assim tão melhor hoje do que há 20 anos atrás? 
Eu diria que cosmeticamente sim, mas é só cosmeticamente, porque as grandes mudanças que o concelho necessita ultrapassar, vindas ainda do PCP, também não foram conseguidas pelo PS, com uma enorme agravante, é que o PCP, não teve as condições económicas e financeiras que o PS teve neste últimos 20 anos.
Que concelho temos nós ? 
Que tipo de cidadãos temos nós a viver no nosso concelho? 
Que sociedade criámos nós, nestas últimas décadas? Que estratégia implementámos para melhorar o nosso concelho? 
Que futuro e esperança nos reserva o nosso concelho e a nossa região?
 Já olharam bem à vossa volta! 
Pois bem, então parem um bocadinho e reflitam sobre estas questões.
Eu vejo uma sociedade fechada em si mesma, amorfa, amordaçada, sem autonomia, sem espirito crítico, sem determinação, vejo cidadãos completamente dependentes dos subsídios do estado, da caridade assistencial da Câmara, vejo uma sociedade morta sem rumo, sem expetativa de melhorar a sua condição social.
Vejo pessoas a lutarem com toda as suas forças quase como pedintes de subsídios, de rendas de casas, de frigoríficos, fogões, de tijolos, de cimento, de cabazes de natal, enfim de todo tipo de bens e materiais dados pela autarquia como caridade a que muito pomposamente apelidam de luta contra a pobreza.
Vejo injustiças gritantes, vejo falta de solidariedade e humanização entre as pessoas, vejo falta de cultura do mérito e do trabalho, vejo e sinto corrupção, influências, favorecimentos, clientelismo, compadrio, desenrascar no mau sentido da palavra.
Vejo as associações completamente dependentes e amarradas aos subsídios do poder local para sobreviverem, vejo as empresas cada vez mais pobres sem iniciativa de inovar, de criar, de prosperar, enfim vejo uma sociedade civil a definhar todos os dias.
Bem sei que o país no seu todo está com enormes contrariedades, mas o nosso concelho, a nossa região está numa situação gravíssima e sem precedentes.
Os indicadores não enganam e são a melhor prova daquilo que foram as políticas públicas seguidas nestes últimos 20 anos. Só para dar um exemplo a taxa desemprego: Ponte de Sor é o décimo sexto (16°) concelho do país com a maior taxa de desemprego (dados de 2012) com 19,4%, sendo que no feminino ainda é mais elevado, cerca de 22,8%.
Pois bem, é fácil comprovar estes dados na rua, não temos industria, não temos comércio não temos turismo, não temos agricultura, não temos artesanato, enfim não temos força produtiva de coisa alguma, não fosse alguns serviços, por exemplo banca e serviços públicos como escolas e claro o maior empregador do concelho, a Câmara, estávamos de rastos.
É este o nosso cenário, mas isto tem uma explicação e essa explicação passa muito por não ter havido uma mudança estrutural da nossa pequena sociedade durante 20 anos.
Pelo contrário à medida que o PS solidificava as suas maiorias absolutas mais dependência criava em seu redor. O poder absoluto corrompe e é duplamente corrompido. Nós por natureza temos medo da mudança porque isso leva-nos ao desconhecido logo à insegurança, mas é a mudança que trás desenvolvimento, novas realidades, novas formas de ser e pensar.
As pessoas, as intuições, as associações do concelho de Ponte de Sor estão prisioneiras do poder local, foram demasiados anos onde esse poder manipulou, estrangulou, completamente o oxigénio duma sociedade civil moderna, que é a liberdade de pensamento, de expressão e escolha de cada um nós, sem que daí advenha benefícios mas também prejuízos para a nossa vida pessoal e familiar e profissional.
Todos nós, por uma razão ou outra estamos condicionados ao poder local que se foi expandindo e entranhando-se entre as pessoas e as instituições ao longo destes últimos anos, de uma forma avassaladora e voraz, sempre silenciosamente que nós nem nos apercebemos o que nos aconteceu.
Ora é o subsídio para a escola dos filhos, ora é a esperança de emprego para nós ou para os nossos familiares, ora é os estágios para os filhos, ora é os apoios anuais para as associações, enfim uma panóplia de fatores que nos levam a uma vassalagem a este poder criado e por nós consentido de modo que de democrático não tem absolutamente nada.
Foi esta a maior obra conseguida no nosso concelho ao longo destas décadas. Um concelho totalmente deficitário e dependente do poder instituído, isto não aconteceu por acaso, quantos mais as sociedades são dependentes mais difícil é a mudança.
Quando falo de mudança, não me refiro propriamente às pessoas que estão no poder, refiro-me a uma mudança estrutural muito mais vasta e abrangente, a mudança de mentalidade, de cultura, de liberdade, de escolha, de ação, de ser diferente, ousar pensar diferente.
Esta é a verdadeira mudança que nos pode fazer sair deste marasmo social e económico em que estamos mergulhados, só assim poderemos evoluir, não estarmos agarrados ao passado e termos medo do desconhecido: “Tipo, confio nestas pessoas porque já lá estão há muito tempo e sei o trabalho que fazem”.
Como sabem que outros irão fazer um trabalho pior ou melhor? Se nem sequer lhe dão oportunidade de poder mostrar isso mesmo. A história ensina-nos que os maiores avanços sociais, deveram-se a fenómenos de mudança, principalmente das mudanças que referi atrás.
Mais uma vez está na mão do povo encetar passos em frente com vista à mudança, não sei se assim irá acontecer, mas que é uma oportunidade todos nós sabemos que sim, ainda que por imposição legal se verifica uma mudança de rosto, na liderança do grupo de pessoas que nos governaram durante os últimos 20 anos, atrevo-me a perguntar? Essa mudança, esse novo ciclo, essa nova liderança, existe mesmo?
Para mim é obvio que não. Vejo com muita preocupação uma clara falta de rutura positiva com o passado. Isto não quer dizer, que a atual lista do partido do poder tenha que se envergonhar do passado e daquilo que foi feito, pelo contrário muita coisa boa foi com certeza feita, mas era a oportunidade ideal para iniciar uma nova vida politica no concelho.
A lista demostra, medo, hipocrisia e até diria mais alguma falta de respeito pela população do concelho, ou pelo menos a população mais atenta ao fenómeno politico.
Da análise política que se pode fazer, depreende-se que existem elementos que certamente continuam na cena política por se julgar que tem consigo um capital político que não se pode desperdiçar levando por isso, não haver lugar a novos atores políticos o que a mim me faz alguma impressão pela negativa.
Alguém de bom senso, poderá depositar a confiança do seu voto em personagens políticos que nos últimos anos, pouco mais fizeram que estar debaixo dos arcos do edifício da Câmara velha, dias inteiros à conversa com os amigos e afins, quem poderá depositar a confiança do seu voto em personagens políticas que não fazem mais que andar em almoços e jantaradas pelas freguesias com os velhotes e colocar fotografias nas redes sociais, como que uma espécie angariação manipulada de votos.
Tenho plena consciência que muitos de nós vamos votar, naquilo que sempre votamos, ainda não chegamos ao estádio humanizado mais evoluído da liberdade de escolha, sem que estejamos intoxicados por fatores manipuladores que nos levam inconscientemente a fazer essa escolha, (veja-se a ética vergonhosa das inaugurações em tempo de eleições).
 Mas de uma coisa tenho a certeza não é com cosmética politica, que vamos mudar o rumo em que nos encontramos, é com ideias, é com envolvimento, é com dinamismo, é com inovação, é com vontade de fazer sem ter subjacente um interesse por trás, é com persistência e relacionamento com todas as instituições e coletividades do concelho e da região, não podemos estar sós, porque somos muitos bons sozinhos.
Para dar um exemplo do que digo, alguém sabe o que fez a Câmara Municipal nestes últimos 20 anos para melhorar as vias rodoviárias que atravessam o concelho? 
Bem sei que não é da competência dos Municípios fazer estradas nacionais, mas é competência dos municípios fazer pressão sobre as entidades governamentais, para que essas mesmas rodovias possam a vir a ser uma realidade. 
Este é um fator é um fator determinante para o desenvolvimento duma região e dum concelho.
O que fez a Câmara Municipal em prol do IC9 (O IC 9 é um itinerário complementar de Portugal que, quando concluído, ligará Nazaré a Ponte de Sôr1 numa extensão aproximada de 104 km.
É uma via ainda em construção - só o troço Nazaré/Alcobaça/N 1 e os troços entre Porto de Mós (junto a Porto de Mós, Fátima, Alburitel,Ourém) e o IC 3 em Tomar se encontram concluídos.
À parte dos troços já referidos existe ainda um outro troço do IC 9 não construído que não deverá ficar directamente ligado aos restantes. 
Trata-se do troço entre Abrantes e Ponte de Sôr, de 35 km, que se encontra suspenso, visto a concessão Ribatejo, onde estava integrado, ter sido suspensa no início de 2010. 
A ligação entre Tomar e Abrantes não deverá ser executada devido à complexidade da obra, que teria que atravessar em viaduto a Barragem de Castelo de Bode.
O perfil transversal tipo do IC 9 será globalmente de 2+2 vias nos nós de ligação e de 1+1 nos restantes lanços, sendo acrescentada uma via para ultrapassagem nas zonas de elevada inclinação. 
O troço já construído a norte de Tomar conta ainda com cerca de 5 km em perfil de auto-estrada
Estado dos Troços
Troço Estado (04/2012) km
Nazaré - São Vicente de Aljubarrota ( N 1 )
Em serviço (04/2012)
(Concessão: Litoral Oeste) 17,1
Porto de Mós ( N 1 ) - Fátima
Em serviço (04/2012)
(Concessão: Litoral Oeste) 19,6
Fátima - Alburitel
Em serviço (04/2012)
(Concessão: Litoral Oeste) 20,0
Alburitel - Carregueiros
Em serviço (10/2009)
(Concessão: Litoral Oeste) 4,3
Carregueiros - Tomar ( IC 3 )
Em serviço (05/2008)2
(Concessão: Litoral Oeste) 8,5
Abrantes - Ponte de Sôr
Adjudicação do projecto suspensa devido à crise económica
Estudos concluídos e validados ambientalmente 34,6

Ou do IC13? 
Que eu tenha conhecimento a Câmara não desenvolveu grandes esforços para contrariar esta triste realidade, é esta mudança que falo, de entender a política, de fazer politica, de servir o bem comum através da política.
Quando a população do concelho conseguir ultrapassar este síndroma de cegueira coletiva, propiciado por um punhado de pessoas que não fazem mais que um jogo politico pouco honesto e credível, então tenho a certeza que encontrarão as pessoas certas para vos melhor governar.
Não tenhais medo do futuro, votem com a convicção que estão a votar nas pessoas mais capazes mais competentes, mais honestas e idóneas para melhor servir a causa pública.
Bem hajam.
(comentário deixado no post anterior)

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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

CONCELHO DE PONTE DE SOR !

Um concelho fantástico, onde ainda ontem, por volta das 21:00, em Montargil, houve um acidente grave em que acabou por falecer no local, o condutor do motociclo, que se terá despistado e o único agente da GNR, não pôde sair do Posto, porque precisava guardar, o Posto. 
Não ocorreram mais acidentes, por sorte. 

Que belo país este, que belo concelho 



este, que merece estes governantes.

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sábado, 7 de setembro de 2013

O HOMEM QUE VEIO DO NADA



Supõe-se, está vagamente escrito, que esse imperador veio realmente do nada. Que nasceu algures numa choupana, filho de gente-nada ou pouca-coisa, camponeses ao desabrigo. Que muito possivelmente estudou por cartilhas de aldeia; por catecismos, também. Mais: a acreditar nos compêndios das escolas, teria vindo ao mundo iluminado por Deus ─ e tanto assim que, ainda muito mocinho, fez ciência entre os doutores.

Nessa altura chamava-se Francisco ou Vitorino; Adolfo, talvez Adolfo Hirto; ou Benito Marcolino, Zé Fulgêncio, Sebastião Desejado ─ não interessa. O que interessa é que quando deram por ele já tinha outro nome: Imperador, Dinosaurus Um, Imperador e Mestre. Palmas.

«VIVA O MESTRE IMPERADOR!»
«VIVÓÓÓ...»

Teria tido infância? Mistério: neste ponto, os cronistas tropeçam no aparo e saltam uns anos. Limitam-se a afirmar que já em criança tinha a marca inconfundível dos chefes, como mais tarde se havia de provar quando o Reino apareceu assinado de ponta a ponta com o nome dele:

Avenida Dinossauro Primeiro
Casino Dinossauro
Banco do Reino / Dinnosaurus Imp.
Aeroporto do Imperador
Real Academia Dinossaura
Dinossauro Futebol Clube
Edifício Dinossauro
Bacalhau à Mestre Imperador
Correios do reino / selo comemorativo / Dinossauro Primeiro, Pai da Pátria
Fado Imperador, consumo obrigatório
Dinossauro há só um (provérbio corrente)

Saber & Autoridade era o seu lema; sua arma o Silêncio. E sendo assim, tão orientado, é de admirar que tenha atingido o poder que atingiu? Não estaria destinado por natureza a escapar às leis da morte, uma vez que, sabe-se agora, toda a sua vida tinha sido feita á margem das leis dos vivos? 

José Cardoso Pires
Dinossauro Excelentíssimo


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