sábado, 29 de dezembro de 2012

ONDE ESTÃO OS NOVOS EMPREGOS?



Operários continuam no desemprego três anos depois do fecho da Delphi em Ponte de Sor



Trabalhadores da fábrica de componente automóveis que continuam desempregados deixam de receber subsídio em Março.




Três anos após o fecho da fábrica Delphi, em Ponte de Sor, no Alentejo, onde ficaram no desemprego 430 trabalhadores, há quem continue sem perspectivas de emprego.



“A minha vida tem sido complicada. Estou a receber do desemprego, tenho procurado emprego na Internet e na zona, através de amigos, mas nada”, lamentou à agência Lusa Jorge Martins, de 51 anos, que trabalhou na empresa ao longo de 28 anos.



As perspectivas futuras, para o antigo operário, “são zero”. “Tenho dois filhos a estudar, é muito complicado, estou a entrar numa fase de desespero”, sublinhou o ex-trabalhador, que exercia o cargo de supervisor de qualidade na Delphi, fábrica de produção de componente automóveis.



A Delphi funcionou em Ponte de Sor durante 29 anos e era considerada a maior unidade fabril do distrito de Portalegre, empregando 2,5% da população daquele concelho alentejano.



A empresa, que fechou as portas no dia 31 de Dezembro de 2009, produzia apoios, volantes e airbags para vários modelos de veículos automóveis.



Na opinião de Jorge Martins, a “pior fase” que a cidade de Ponte de Sor vai viver, após o encerramento da fábrica, surgirá a partir de Março, quando terminarem os subsídios de desemprego. “O comércio ainda circula, mas, quando acabar o subsídio de desemprego, Ponte de Sor vai sofrer muito mais”, antecipa.



Formador na Delphi, Joaquim Manuel Duarte exerceu o cargo de responsável pela estandardização de processos, também trabalhou na unidade fabril durante 28 anos e a mulher mais de 26.



Depois de ter procurado emprego um pouco por todo o lado, nos últimos três anos, lamenta que sejam “negras as perspectivas quanto ao futuro”. Aos 50 anos, Joaquim Manuel Duarte relatou que a mulher, de 49 anos, também tem procurado emprego na região, mas ambos continuam “atados de pés e mãos” e com uma filha a estudar na faculdade.



“A partir de Março, quando terminar o subsídio de desemprego, vamos continuar a andar por aí e esperar que alguém, com poder de decisão neste país, esteja interessado em alterar o rumo das coisas e olhar para uma pessoa que pagou impostos durante 30 anos e, ao fim desse tempo todo, é despedida. Deveria haver um regime de excepção”, defendeu.



Dotados de vários conhecimentos, graças às “inúmeras” acções de formação que frequentaram na Delphi, os antigos operários defendem que, após o encerramento da fábrica, deveriam ter sido aproveitados por empresários da região para demonstrarem as qualificações que possuem.





Ao longo dos últimos anos, para passar o tempo, estes dois homens têm aproveitado os dias para desenvolver várias actividades, como frequentar acções de formação, estudar, praticar desporto ou trabalhar na agricultura.



Lusa

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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

ESTÁ TUDO NAS NOSSAS MÃOS















Chegamos a esta data com o desespero de quem não vê melhoras na situação. 
O ano foi terrível, não só pela imposição de uma ideologia que contradiz os princípios do humano, como pelo rol de mentiras, dissimulações, aldrabices que parece ter-se tornado em trivialidade. 
Aguentamos viver neste embuste? 
Aguentam, aguentam!, exclamou, grave e impositivo, o garboso banqueiro Ulrich, conferindo à extraordinária afirmação o cunho de um carácter e a marca de uma certeza em que só ele quer acreditar.
 
Entretanto, os ministros andam de um lado para o outro, sorrateiros e amedrontados, rodeados de guarda-costas, incapazes de olhar de frente quem os interpela. 
Há qualquer coisa de sórdido nesta situação, que parece prolongar-se até à náusea. 
As ondas de indignação e de protesto que varrem, transversalmente, o País não comovem o Governo. 
Os dias rolam sobre os dias e os meses varam os meses, sendo que, a toda a hora, algo acontece que nos humilha, entristece e desatina, como povo e como nação.

Um garotelho, pertencente a uma coisa que dá pelo nome de Juventude Social-Democrata, quis ter graça e invectivou Mário Soares, servindo-se, inapropriadamente, da frase chula que Juan Carlos de Espanha apostrofou Hugo Chavez. .
Não é mau que os mais novos sejam novos e irrespeitosos; o pior é quando o não são e assumem os ditos dos mais velhos. 
Soares tem os defeitos que se lhe conhecem, mas é notável que alguém com quase noventa anos se indigne, proteste e vitupere, com o vigor de quem se não resigna.

O panorama, neste fim de ano, é a moldura de uma queda abismal e trágica. 
Tivemos o azar de colocar em Belém um indivíduo inculto, possidónio, que só age para um lado e, mesmo assim, canhestramente. 
O dr. Cavaco é o almirante Américo Thomaz ressurrecto. E só não dá vontade de rir porque o seu comportamento é trágico: arrasta consigo, com as suas dubiedades e indefinições, um país inteiro.
 
Os milhões de portugueses que protestam, nas ruas de todo o país, encontram, na surdez indiferente do poder, um desprezo que se não coaduna com a própria natureza de quem deveria ter princípios democráticos. Mas o Governo anda de bandeira republicana na lapela do casaco, numa manifestação desarvorada de grotesco, e possui, da República (cujo feriado aboliu), um conceito de eguariço.

Uma pessoa de bem nada de bom ou de bem pode dizer deste Governo. 
É pena. 
Porque é outro, mais outro, a depredar os nossos sonhos e esperanças. 
O pior é que, quem vier, e quando vier, não saberá como sair da embrulhada. 
A Esquerda é o que é; e o PS tem um secretário-geral sem brio, sem grandeza e sem energia. 
E está rodeado de gente que o não aprecia, que o bajula porque ele é o que é: a evolução na continuidade.
 
Creio que o facto mais relevante ocorrido este ano foi a manifestação "inorgânica" de Setembro. 
Mas também creio que esse protesto imponente e impressionante não passou de isso mesmo: imponente, impressionante e sem continuidade ou de continuidade intermitente. 
Estamos a ser roubados em nome da legalidade do voto, e ainda não conseguimos alterar a natureza da situação. Circulam abaixo-assinados, como no antigamente da história, e, lendo-os, verifico que os nomes são os mesmos de há cinquenta anos. 
Velhos combatentes que se não resignam; porém, velhos. 
É bonito e exaltante; porém, velhos.
  
Passos Coelho e os seus estão a vender o País a retalho. 
As privatizações levantam sérias apreensões a muita gente; e a pressa com que elas estão a realizar-se acentuam as suspeitas da existência de negócios pouco claros. 
Aliás, tudo o que este Governo faz, diz ou pratica levanta logo um muro de desconfianças. 
A própria manutenção de Miguel Relvas como ministro faz parte do cardápio de preocupações generalizadas.

Não vejo como poder dizer algumas frases de contentamento, numa situação degradada moralmente e desesperada socialmente, como a nossa. 
Olhem: leiam livros, leiam os nossos grandes clássicos; frequentem a Bíblia, fonte de ensinamentos e de resistência; descubram a obra poética de Ruy Belo, que faria oitenta anos em Fevereiro; e tenham vergonha por aqueles que a não têm.
Bom Natal! 
Está tudo nas nossas mãos. 
Bom ano, se caso o acaso o permitir!

B.B.

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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

AS NOSSAS LOJAS ...
















Antero

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