sexta-feira, 26 de abril de 2013

MEMÓRIA INAPAGÁVEL

(Aos sobreviventes)

Naquele ano de 1973 almoçávamos, todas as quartas-feiras, Álvaro Guerra, Álvaro Belo Marques e eu num pequeno restaurante, o Andorinhas, de que era proprietário um antigo tipógrafo, Agostinho, sempre sorridente e afável. 
O jornal República modernizara-se, com a entrada de dinheiro novo, procedente da Alemanha Federal, e o patrocínio do grupo socialista de Mário Soares. 
Guerra desempenhava, no República, uma espécie de funções de redactor-principal, e Belo Marques o de director-geral. 
Eu trabalhara, em 1963-64, no velho baluarte republicano, dirigido por Carvalhão Duarte, e cuja redacção era chefiada por Artur Inez. 
Ligava-me, ao vespertino, laços sentimentais, e assisti, com entusiasmo, ao rejuvenescimento criador dos novos jornalistas. 


Ainda hoje recordo, com emoção e orgulho, o jornal que representava algo de simbólico na luta, desigual e insana, contra o fascismo.

Naqueles tempos, trabalhava, desde 1965, no Diário Popular e, não só ao almoço mas durante os finais de tarde, gostava muito de beber umas e outras com os meus camaradas do República
Certo dia, Álvaro Guerra (mais tarde nosso embaixador na Suécia) sussurrou-me que tinha umas coisas para me revelar. 
Soube, então, que se preparava, ainda incipientemente, um movimento militar contra o regime. 
Não queria conhecer pormenores, e fui dizendo ao meu amigo que tinha o pé frio: envolvera-me em algumas conspirações, muitas delas perigosíssimas, e tudo falhara.  
Pé frio = azar. 
Desta vez, ficava de fora. Aliás, preparava-me para me exilar no estrangeiro: tinha dois filhos (o terceiro nasceria em Outubro de 1975) e queria evitar mandá-los para uma guerra tão absurda quanto inútil. 
Mas olha que, desta vez, as coisas têm outro peso, disse-me ele. 
Pois sim. 
A guerra fria estava no auge, e a guerra colonial era um capítulo, capítulo bestial e sangrento, dessa guerra entre dois sistemas de mundo.

Continuámos nos almoços; em Novembro viajei para a Alemanha e para a Bélgica, ao serviço do Diário Popular, o Álvaro Guerra disse-me: Quando estiveres na Bélgica, nesse dia, estarão reunidos os nossos amigos, numa quinta no Alentejo
Encolhi os ombros, incrédulo e distante. O meu cepticismo era inarredável em mim, há anos sempre tão exuberante e, até, excessivo. 
Os dias foram varando as semanas e os meses; companheiros e camaradas meus eram presos por delito político; as mortes na guerra colonial acentuavam-se; desertores e refractários exilavam-se; os nossos jovens eram empurrados pelos senhores do mando para uma fatalidade inexorável.

Salta da cama, Bastos, a revolução está na rua!
O telefonema de Abel Pereira assustou-me e inquietou-me. 
Sabia-se, nas redacções dos jornais, que um contra-golpe, dirigido por Kaulza de Arriaga, se preparava a fim de obstar às tentativas de rebelião dos milicianos. 
Era o que se murmurava. Mas a pressão atingira o insuportável. 
Foi quando o Abel, subchefe da redacção do Popular me avisou: Liga para o Rádio Clube Português! 
Afinal, as confidências do Álvaro Guerra sempre se confirmavam.

Trinta e nove anos depois de Abril, que resta do dia inicial inteiro e limpo? Cantado por Sophia. 
A vitória de um capitalismo que se não confronta com nada; o regresso dos ódios ancestrais à Alemanha; a traição dos partidos socialistas; o retorno da violência nazi-fascista; a escassa força do comunismo; o recrudescimento de uma arrogância da chamada elite dominante (atente-se nas declarações dos banqueiros) que julgávamos definitivamente arredado do nosso horizonte. 
A Europa, dominada pelo Partido Popular Europeu, onde se acoitam as expressões mais hediondas da extrema-direita, e da direita encolhida, impõe normas violentíssimas aos países sob tutela. 
Portugal está entre as baias de uma política desordenada e sem direcção. 
O grupo do PSD, que trepou ao poder nos andaimes da mentira, da omissão e do desprezo, não passa de uma enunciação sórdida do que de mais suportável existe. Resta-nos a força de não-querer, a energia que advém da nossa história de resistentes. E nunca esquecer de que o 25 de Abril existiu, embora estes que tais desejem apagá-lo.

B.B.

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quinta-feira, 25 de abril de 2013

FIEL À PALAVRA DADA À IDEIA TIDA


































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sábado, 20 de abril de 2013

MENSAGEM DA ASSOCIAÇÃO 25 DE ABRIL


Foi há 39 anos que o Movimento das Forças Armada concretizou o derrube da mais velha ditadura da Europa. A luta de muitos portugueses contra a tirania, a opressão e o obscurantismo, culminou nessa radiosa jornada de 25 de Abril de 1974, que nos lançou na mais extraordinária aventura que um povo pode viver: construir um país novo, recuperar do atraso em que o haviam colocado, fazer um Estado Democrático e de Direito, reconhecer o direito à autodeterminação e independência de povos colonizados, retirar Portugal do isolamento internacional em que os ditadores o mantinham, inserir-se numa Europa onde o Estado Social garantia há mais de trinta anos uma situação de paz, progresso, bem-estar e justiça social.

Foi o tempo de todas as esperanças, convictos de que se caminhava numa estrada com sentido único, ao encontro de uma sociedade verdadeiramente livre e justa.
Hoje, envolvidos numa enorme crise, damo-nos conta de que não há conquistas irreversíveis, de que é sempre possível o regresso dos fantasmas, de que os tiranos estão permanentemente disponíveis para subjugar os povos que se descuidam e não se protegem eficazmente.

Hoje, assistimos e sofremos na pele, ao destroçar de muito do que de bom se conseguiu, ao retrocesso para “tempos da outra senhora”, à destruição do Portugal de Abril e ao abrir de portas a novas escravidões, à iniquidade, à perda de soberania.
Muitos perdem a esperança. Vemos com preocupação o regresso da emigração em massa, com muitos portugueses a procurarem no estrangeiro as condições de sobrevivência que não vislumbram na nossa terra natal.

Mas, porque “há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não”, estamos a lutar, comas armas que a Democracia conquistada com Abril ainda nos permite, contra os novos tiranos que nos roubam o pão, o trabalho e a soberania!

É uma luta difícil, os inimigos são poderosos, mas a nossa História de quase mil anos e o direito à nossa vida com futuro a isso nos obrigam!

Estamos a lutar contra os que nos trouxeram a esta situação, contra os que se apoderaram do poder e o utilizaram em benefício próprio, contra os que se venderam ao capital financeiro e aceitam ser capatazes do seu próprio povo.

Estamos a lutar contra a corrupção, que foi a principal arma utilizada para provocar esta crise, e exigir a punição dos seus autores.

Estamos a lutar contra o agravamento da crise, que vem aumentando em relação directa com a responsabilidade dos detentores do poder – sejam eles o Presidente da República, os governantes ou os deputados, que se mostram incapazes de encontrar soluções que travem a crise. Mas também, é curial afirmá-lo, as oposições políticas ou sindicais, incapazes de apontar alternativas.

Temos consciência que a crise é generalizada no mundo ocidental, nomeadamente na Europa, mas isso não justifica a profundidade que atingiu em Portugal.
Estamos a lutar contra o marasmo, o conformismo, o amochar que se tem apoderado dos portugueses, perante as contínuas agressões, os roubos de que são vítimas, que os levam a olhar para a destruição do país, sem que se mobilizem e ponham cobro a uma situação que seria impensável há meia dúzia de anos.

Estamos a incentivar as acções da sociedade civil que vem despertando, vem assumindo a contestação e vem dando sinais inequívocos ao poder, que a não serem entendidos, provocarão fortes convulsões sociais, com a violência como pano de fundo.

Nesse sentido e considerando:

- O envolvimento em vários processos fraudulentos, de milhares de milhões de euros, de pessoas com as mais altas responsabilidades em diversos sectores da economia e das finanças da nossa sociedade, muitas vezes oriundos dos aparelhos partidários e tendo desempenhado as mais elevadas funções no Estado português;
- A continuação das enormes arbitrariedades que agentes do poder público continuam a praticar, ao mesmo tempo que se vêm conhecendo novos dados sobre a natureza e a responsabilidade de muitos actos “lesa pátria”, alguns configurando situações criminosas;
- A ausência de acções concretas, no sentido de responsabilizar os autores desses crimes;

A Associação 25 de Abril manifesta a sua indignação, face aos acontecimentos que se estão vivendo em Portugal e que configuram, sem a menor dúvida, um enorme e muito grave descrédito dos representantes políticos, um logro à confiança cidadã e um desprestígio para o nosso país, precisamente em momentos especialmente delicados e que requerem uma grande responsabilidade e compromisso.

A Democracia baseia-se num pacto social, onde os cidadãos elegem os que consideram os mais indicados para gerir os assuntos públicos e para os representar durante um período de tempo previamente acordado.

A Democracia não é, nem pode ser jamais, a concessão a uns quantos de uma patente de pilhagem para se enriquecerem durante quatro anos ou mais!

A Democracia tem o seu fundamento na confiança que os representados têm nos seus representantes ena lealdade destes perante quem os elegeu.

Quando essa confiança é traída e essa lealdade desaparece, o prestígio e a legitimidade moral da classe política desmoronam-se e o cimento da Democracia apodrece.

É o que, na opinião da Associação 25 de Abril, se está passando em Portugal!
E é mais que sabido o que sucede quando, num Estado de Direito, a classe política perde o seu prestígio porque se transforma numa espécie de casta que deixa de servir os interesses de todos para servir apenas os seus próprios interesses.

Basta analisar a história do século XX para se concluir que essa foi sempre a antecâmara do totalitarismo.

Nesse sentido:
- A Associação 25 de Abril reclama uma justiça firme, eficaz e rápida;
- A Associação 25 de Abril reclama junto dos partidos políticos, a todos sem excepção, que façam tudo o que estiver ao seu alcance para denunciar e expulsar das suas organizações todos quantos hajam tomado parte em práticas corruptas. A todos e a todas, sejam quem forem.

Sendo os partidos políticos elementos essenciais ao funcionamento democrático, só com a sua elevação ética e regeneração poderá a classe política recuperar o prestígio perdido e a sua representatividade moral.

Sem isso, a democracia, tal como a entendemos, será uma mera ficção!

Por isso, se não forem os partidos políticos a alterarem este estado de coisas, terão de ser os portugueses a alterar os partidos políticos.

Para isso, os partidos políticos têm de ser capazes de ultrapassar os interesses próprios, de “capelinha”, e privilegiar os interesses colectivos. Só assim serão responsáveis, só assim serão patriotas!
A Associação 25de Abril exorta os meios de comunicação social a que, nestes tempos tão graves, sirvam, acima de tudo, os interesses dos cidadãos! Informem com verdade, objectividade e exaustivamente, sem negar ou ocultar a realidade nem manipular os factos. Só da difusão e do conhecimento da verdade pode surgir a regeneração ética, de que a nossa nação necessita mais do que nunca!

A Associação 25de Abril manifesta, por último, a sua esperança e a sua confiança, assim como a sua total lealdade, no sistema democrático e no Estado de Direito a que o 25 de Abril deu origem em Portugal, plasmados na Constituição da República.

Reclamamos pelas medidas necessárias ao impedimento da proliferação dos que se aproveitam do sistema para o seu próprio lucro e benefício, mas reclamamos também que essa exigência se faça rejeitando tutelas e “salvadores da pátria”.

Continuamos pensando que o sistema de liberdades e o pacto democrático entre os cidadãos é o melhor dos sistemas de governação.

Não desistimos, numa luta que não é só nossa. Nós e os outros povos europeus temos de ser capazes de perceber que os inimigos não são os outros povos, mas sim o capital financeiro que nos domina a todos e os que, em cada um dos países, a ele se venderam. A nossa luta é contra os tiranos e não de uns povos contra outros povos.
A Associação 25 de Abril exorta a uma democracia com ética e justiça!

Vamos vencer o medo, reafirmar Abril, construir o futuro!

A Direcção

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terça-feira, 16 de abril de 2013

OS CÂMARAS BOYS E GRILS

As câmaras municipais são as maiores agências de emprego do País.
A integração de boys partidários nos quadros de pessoal das câmaras e empresas municipais é regra e, com a aproximação da data das eleições autárquicas, adivinha-se um despautério de admissões e nomeações em catadupa. 

Esta situação é particularmente expressiva no que diz respeito aos dirigentes que, nas juventudes partidárias, organizam as campanhas eleitorais e arregimentam votos. 
Uma vez instalados nos seus tachos, continuam por norma a trabalhar ao serviço dos partidos, mas remunerados à custa dos municípios. 

Ao longo dos últimos anos, este fenómeno agravou-se de tal forma que algumas empresas municipais mais parecem sedes partidárias dissimuladas.

Contudo, é nos municípios mais pequenos, alguns com apenas quatro ou cinco mil eleitores, que este problema se torna ainda mais grave e dramático no plano social. 
Nesses municípios, a obtenção de um qualquer emprego, ou a promoção numa função, depende quase exclusivamente do presidente de câmara local. 
Isto porque o maior empregador no concelho é a câmara; 
o segundo maior é, por regra, a misericórdia local ou alguma instituição de solidariedade, que actua em conúbio com o poder autárquico. 
Segue-se-lhes a administração central descentralizada, de forte dependência política, ou eventualmente uma empresa de média dimensão… amiga da câmara. 

Com esta estrutura de emprego, só o presidente de câmara e os caciques que dele dependem conseguem atribuir empregos que, em regra, beneficiam afilhados e familiares do presidente, os militantes do partido e os apaniguados das redes clientelares.



Claro que a sua selecção raramente resulta do seu currículo ou das suas competências.
Estas práticas reiteradas, nomeadamente nos pequenos concelhos do interior, consolidam, na maioria do território nacional, a ideia de que o estudo, a formação e o esforço de nada adiantam. 
Fazem vingar a tese de que a qualidade do desempenho é irrelevante para ocupar um qualquer cargo. 
A qualidade não constitui critério de escolha de colaboradores, ou de progressão nas carreiras. 
A estrutura de recursos humanos está invertida. 
O profissionalismo foi dizimado pelo clientelismo. 

Paulo Morais

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segunda-feira, 15 de abril de 2013

AMIGO WOLFGANG...

 
Amigo Wolfgang: 
Espero que esta carta te encontre bem aí em Berlim. 
Acredita que tenho muitas saudades dos tempos que labutei na fábrica da Volkswagen, em que trabalhámos juntos e éramos unha com carne: tu a mandar e eu fazer. 
Formávamos uma bela equipa e eu trouxe recordações das quais nunca mais me vou esquecer: uma hérnia discal, artrite, varizes nas pernas e uma reforma imune a cortes.
Pois que agora li que aí na Alemanha querem contratar 200 mil camionistas e que andam à procura deles no meu querido Portugal.

Eu já não tenho idade para essas aventuras e além disso não tenho carta de pesados, mas informei o pessoal que pára aqui no café da Clotilde de que a oportunidade existe e que é de agarrar com as duas mãos.

Escrevo-te, amigo Wolfgang, para te meter uma cunha. 
O meu cunhado, o André, assim que soube disto dos camionistas quis ir logo para a Alemanha e pôs-se até a tratar do passaporte. 
Eu é que lhe disse que não era preciso. 
Que basta o cartão de cidadão, porque existe livre circulação dos cidadãos da União Europeia. 
Ele não percebeu nada, mas ficou contente por não ter de gastar os 75 euros do passaporte e eu também fiquei contente, por ele e por mim, porque era eu que tinha de lhe emprestar o dinheiro.

Acontece que o André está sem emprego há três anos e acha que isto de ser camionista na Alemanha pode ser um ponto de viragem na sua vida. 
Eu estou a incentivá-lo a ir e até lhe prometi que dava um palavrinha por ele a ti, Wolfgang, que tens bons conhecimentos aí no Governo. 
É isso que estou a fazer. 
Por favor, ajuda o meu cunhado que é um bom moço, apesar de às vezes parecer desmiolado. 
Então não é que se pôs a criticar o Wolfgang Schäuble (pssiuuu!!! que ele não sabe que esse és tu), porque esta coisa da austeridade, diz ele, não leva a lado nenhum, e que esse tal de Schäuble (que afinal és tu) se comporta como um regedor da Europa. 
Já lhe disse para tirar essa ideias malucas da cabeça, porque os alemães são boas pessoas, só querem o bem da Europa e tomar conta de nós, devido à nossa manifesta incapacidade para o fazer. 
Afinal, são vocês que conduzem o nosso destino e nós somos apenas motoristas do grandioso itinerário que nos traçaram para lá chegar. 


Um amplexo forte deste que te estima,

Virgolino Faneca

P.S.: O André está a pensar levar a mulher dele, que é a minha irmã, a Susete, para a Alemanha. Dá uma palavrinha à Ângela se faz favor, diz-lhe que ela é uma jóia de moça e passa muito bem a ferro

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terça-feira, 9 de abril de 2013

PRIMEIRO-MENTIROSO

 
Passos Coelho, quando candidato nas últimas eleições, prometeu o céu. 
Mas remeteu-nos ao inferno. 
Em campanha, tinha garantido que jamais aumentaria impostos. 
Afiançou também que não seria necessário baixar salários, pensões e reformas ou retirar subsídios. 
O equilíbrio das contas públicas far-se-ia com a redução de gorduras nos sectores intermédios do estado, a diminuição das rendas das parcerias público-privadas e, a longo prazo, com uma profunda reforma da Administração. 
Dois anos volvidos, conclui-se que Passos Coelho aplicou medidas precisamente opostas às que tinha prometido. 
Mentiu-nos, numa atitude em que foi acompanhado pelo seu parceiro de coligação. 
O CDS defendia a diminuição da carga fiscal, até chegar ao governo e se tornar cúmplice do seu agravamento.
O antecessor de Passos, José Sócrates, fez o mesmo. Prometendo não aumentar impostos, não tardou em fazê-lo quando subiu ao poder. 
Mais um mentiroso. 
Da mesma forma, Durão Barroso tinha anunciado, na campanha de 2002, um choque fiscal, com uma brutal redução de impostos. 
Mal tomou posse, a primeira medida tomada pela sua ministra das finanças, Manuela Ferreira Leite foi… aumentar impostos.
O comportamento de dirigentes que, deliberadamente, enganam o povo em campanha não é admissível. 
A democracia só é autêntica quando se contrapõem, nas eleições, projectos alternativos. 
Os eleitos devem-se sentir obrigados a honrar e implementar o programa vencedor. 
Não há desculpas para não cumprir, nem mesmo o desconhecimento da realidade concreta. 
Quem se candidata a lugares desta importância não pode revelar tamanha incompetência.
Com estas práticas de mentira reiterada, desacredita-se todo o sistema democrático. 
Os deputados votam leis contrárias ao programa a que se vincularam em campanha, violando assim a lealdade que devem aos seus eleitores.
Os partidos do arco do poder transformaram os processos eleitorais, que deveriam servir para o debate de ideias e confronto de projectos políticos, em circos de sedução em que acaba por ganhar quem é mais eficaz a enganar os cidadãos. 
As eleições transformaram-se em concursos para a escolha do melhor mentiroso. 
O troféu em jogo é a chefia do governo.

Paulo Morais.

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AI PORTUGAL...


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quarta-feira, 3 de abril de 2013

MAIS UMA DAS MUITAS...[Parte II] ESTES SOCIALISTAS DE PONTE DE SOR SÃO MESMO UNS GRANDES VIGARISTAS!



-----PROPOSTA DO SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA, SOBRE A CONSTITUIÇÃO DA COMISSÃO INSTALADORA, DO LAR DE IDOSOS, COM AS VALÊNCIAS DE RESIDÊNCIA E CENTRO DE DIA, DO MUNICÍPIO DE PONTE DE SOR.------------------------------------------------------------------------------
-----Está presente a Proposta subscrita pelo Senhor Presidente da Câmara, datada de oito (8) de Março de dois mil e treze, sobre o assunto mencionado em título, a qual a seguir se transcreve na íntegra: << Considerando que o Município está a construir um Lar de Idosos com as valências de Residência e Centro de Dia é necessário haver uma Comissão Instaladora que permita o seu bom funcionamento. Para tal, o Presidente da Câmara Municipal iniciou contactos junto de pessoas de reconhecido mérito, a nível de comunidade local, tendente à constituição da Comissão Instaladora. Após reuniões tidas ao longo dos últimos dois meses foi reunindo um conjunto de cidadãos que efectivamente reúnem os pressupostos que tal responsabilidade obriga a ter. Nesse contexto sou a sugerir que a Câmara Municipal aceite que a Comissão Instaladora seja constituída pelos seguintes cidadãos de reconhecida idoneidade moral e competência técnica:-------------------------------------------------------------------------------------------------
Presidência – António Pedro Severino da Rosa;-------------------------------------------------
Vice – Presidente – Joaquim Morujo Henriques;------------------------------------------------
Tesoureiro – Álvaro Gil Sena Lino;---------------------------------------------------------------
1.º Secretário – Maria José Carreiras C. Barradas;----------------------------------------------
2.º Secretário – Etelvina Maria Pereira A. Libério;---------------------------------------------
e que em acta, para o efeito lavrada, aceitaram tal responsabilidade, sou a propor, assim, que a Câmara Municipal aprove a constituição, as respectivas nomeações e demais obrigações associadas ao bom desempenho dos cargos para que foram investidos e queremos que aconteça. ----------------------------
-----A Câmara Municipal tomou conhecimento e deliberou aprovar a proposta apresentada pelo Senhor Presidente da Câmara.-------------------------------------------------
Aprovado por maioria, com os votos de abstenção dos Senhores Vereadores João Pedro Xavier Abelho Amante e Vitor Manuel Feliciano Morgado e os votos favoráveis dos restantes membros.--------------------------------------------------------------
In:Acta 06/2013 da Câmara Municipal de Ponte de Sor de 13 de Março de 2013


ESTÁ 

TUDO

MAIS

UMA

VEZ

PROVADO.

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