sexta-feira, 30 de abril de 2010

COMO VAI ISTO?

Ontem a meio da tarde, ao ouvir rádio a bordo do meu carro, no meio da confusão criada pela greve dos transportes, cheguei a respirar fundo e a pensar que Portugal começava a ter juízo. E que o governo do desgoverno, emendara a mão dada por Passos Coelho, para se deixar de caprichos e interesses e entender que os portugueses mereciam mais respeito.

O Ministro das Finanças deu a entender que estava disposto a fazer marcha-atrás.

Mas passadas duas horas era o Ministro das Obras Públicas que vinha convocar uma inútil e burra conferência de imprensa para dizer que as obras públicas, a febre dos carris, do betão e do alcatrão não iriam parar. Abdicariam de um troço de uma auto-estrada. Bem: a auto-estrada do Pinhal foi adjudicada, à mesma hora em que Passos era apanhado na toca do Coelho pelo animal feroz Sócrates.
Aquilo vai custar 1200 milhões de euros (ameaços não incluídos, isto é: as inevitáveis alterações de obra. Ponham nisso mais 40 por cento!). E hoje o ministro Teixeira dos Santos vinha em tom de lamento dizer que não se podia adiar a obra porque foi adjudicada.
Só não disse que tinha sido ontem e nenhum daqueles jornalistas (?) estafetas teve a coragem ou o saber para lhe perguntar porque tinha então ele assinado ontem.
A verdade é que este governo tem uma obsessão doentia por estes investimentos.
É a verdadeira corrida para o abismo.
Como se eu fosse comprar um Porsche novinho ou semi-novinho sabendo que não conseguiria pagá-lo em 10 anos, nem em 10 meses.
Portanto meus caros.
Preparemo-nos para o pior.
Um governo que não corta na despesa pública e que hoje dava como exemplo caricato cortar 20% nas chamadas dos telemóveis do Estado é de uma risada sem fim e de um pranto sem fim.
Claro que vão usar a velha fórmula: não há dinheiro?
Aumentam-se os impostos, cortam-se uns pós nos subsídios de uns desgraçados sem emprego, irritam-se uns calões que se despedem para poderem viver de férias durante dois anos, insultam-se uns gestores, caluniam-se as poucas empresas que dão lucro e mantemos as empresas que deixam um rasto de milhões de euros de passivo enquanto os sindicalistas dessas mesmas empresas se entretêm a fazer greves, assediados por sindicatos irresponsáveis.
Entretanto o Presidente da República vai este fim-de-semana para uma jornada de jovens gastrónomos algures no país das maravilhas.

L. Carvalho

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segunda-feira, 26 de abril de 2010

AJUDAS DA CÂMARA ÀS EMPRESAS DO CONCELHO DE PONTE DE SOR

O velhaco após a baixa médica, veio cheio de verve e então logo na primeira reunião de câmara, propôs oralmente, conforme se vê na acta, a aplicação de uma coima de 10.000,00 euros à empresa Terras do Sor, por ainda não estar licenciada para o exercício da actividade.
É assim que se ajuda as empresas no concelho de Ponte de Sor.

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domingo, 25 de abril de 2010

REVOLUÇÃO

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quarta-feira, 21 de abril de 2010

AUTOFAGIA


Portugal é, neste momento, um inocente Bambi perdido num território de caça grossa.
Está desarmado contra atiradores furtivos. E os seus dirigentes, entre iludirem o óbvio e pedirem clemência aos céus, continuam a gerir o País como se nada pudesse ser feito.
Os olhos enternecedores de Bambi não o salvarão num mundo que busca alvos para adormecer os seus pecados.
Na sua autofagia, o sistema nascido da revolução financeira dos anos 80 que liquidou a indústria tradicional europeia, procura um novo paradigma para o futuro. E ele está a despontar noutros territórios.

Esta desorientação exige vítimas, chamem-se Goldman Sachs ou Portugal, mas a atenção está virada para outro lado.
A versão americana do capitalismo está em forte convulsão e um novo modelo, onde o Estado é determinante, desenvolve-se na China, na Índia ou mesmo no Brasil.
Será esse o paradigma que se busca?
Os políticos portugueses, claro, são incapazes de discutir um modelo de futuro para o País, quando mais pensarem sobre isso.
Mas deveriam.
Num dos livros determinantes do século XX, Berlim Alexanderplatz de Alfred Doblin, Franz Biberkopf sai da prisão e sofre um choque: a Alemanha, ainda a pagar as dívidas da I Guerra Mundial, tenta sobreviver no meio da corrupção política e da recessão económica e começa a colocar-se nos braços de quem promete segurança, Hitler.
Biberkopf sente que ficará mais seguro se regressar à prisão.

O Rossio ainda não é a Alexanderplatz, mas o resto do cenário está montado.
Então perguntar-se-á: quem matou Bambi?


F.S.

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MISTÉRIOS DA FAUNA

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Antero

quinta-feira, 8 de abril de 2010

É TUDO MENTIRA !

Quase 69% dos processos de corrupção instaurados por crimes cometidos no sector público envolvem as câmaras municipais. Ainda assim, e de acordo com um estudo hoje divulgado, a maioria destes processos continua ainda a envolver o sector privado.

De acordo com o estudo hoje divulgado pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e o ISCTE apresentado esta manhã, em Lisboa, é na administração local que está localizado o maior número de casos de corrupção: cerca de 58,9% dos casos analisados (42,1% junto de câmaras municipais e juntas de freguesia) entre os anos de 2004 e 2008.

Por sua vez, dentro da Administração Central, é no quadro do Ministério da Administração Interna – que tem a seu cargo as forças de segurança, por exemplo – que se verifica o maior número de processos de corrupção.

Ainda segundo o estudo, o sector privado continua a ser o mais envolvido em processos de corrupção - 72,7% dos processos analisados, contra 22,7% dos processos instaurados contra entidades do sector público.

Entre os 838 processos analisados entre 2004 e 2008, o DCIAP e o ISCTE verificou também que os actos de corrupção, em Portugal, resultam sobretudo de uma iniciativa de um corruptor activo para um passivo – ou seja, de um sujeito que corromper outro.




Combater a corrupção pelo

voto


Aos olhos do investigador Luís de Sousa, um dos responsáveis pelo estudo, o combate contra a corrupção no meio autárquico pode logo partir dos cidadãos, tomando 'uma atitude mais consciente', não 'votando em candidatos envolvidos em processos de corrupção'.

Paralelamente, o investigador considera também urgente, uma reforma global do poder local, que permita à oposição dos Executivos camarários reforçar o seu papel de fiscalização e de contra-poder.


M. Leitão Silva

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terça-feira, 6 de abril de 2010




T. M. S.

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