sábado, 31 de dezembro de 2011

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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

JÁ NEM OS MORTOS COOPERAM!

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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

PRENDA DE NATAL PARA...

Cavaco Silva diz que portugueses sofrem efeitos de "uma vida fácil" ... e portanto o governo quer tirar mais três dias de férias ao pessoal (somando os quatro feriados, já lá vão sete)


...presente para o sapatinho, caixa de música (é favor tirar a cavilha e esperar pela música) e votos de um ano novo tão bom quanto possível.

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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

AS GORDURAS DO ESTADO SÃO OS PORTUGUESES


Primeiro foram os jovens desempregados a receber do secretário de Estado da Juventude guia de marcha para fora de Portugal; agora coube a vez aos professores, pela voz do próprio primeiro-ministro.

No caso dos professores, a coisa passa-se assim: o ministro Crato varre-os das escolas; depois, Passos Coelho aponta-lhes a porta de saída do país: emigrem, porque Angola e Brasil têm uma grande necessidade (...) de mão-de-obra qualificada.

Portugal (que é um dos países da Europa com mais baixos níveis de escolarização, segundo o Relatório do Desenvolvimento Humano de 2011, divulgado no mês passado pelo PNUD) não tem, como se sabe, necessidade de mão-de-obra qualificada.

E, como muito menos tem necessidade de mão-de-obra desqualificada, ninguém se surpreenda se um dia destes vir o secretário de Estado do Emprego e o novo presidente do Instituto do Emprego e Formação (?) Profissional a mandar embora quem tiver como habilitações só o ensino básico; o ministro da Segurança Social a pôr na rua pensionistas e idosos (para que precisa Portugal de pensionistas e idosos, que apenas dão despesa?); o ministro da Saúde a dizer aos doentes que vão morrer longe, em países sem listas de espera e com taxas moderadoras em conta; o da Defesa a aconselhar os militares a desertar e ir para sítios onde haja guerras; e por aí adiante...












Percebe-se finalmente o que são as tais gorduras do Estado: são os portugueses.

M.A.P.


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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

DESPACIO, EN PAZ



Como si de la respiración de la tierra se tratase, en la playa de Laginha, en la isla de San Vicente, las olas lamen la arena oscura y volcánica. De noche, de día, en todos los instantes, ahora mismo, su ritmo es tranquilo y natural. También por la Praça Nova, cariñosamente llamada "pracinha", en el centro de la ciudad de Mindelo, la gente pasea sin prisa. Sobra el tiempo. Los alumnos de los colegios, con sus mochilas a la espalda, cruzan por las calles empedradas. En las avenidas, hay mujeres sentadas en cajones o bancos en los que presentan la mercancía que ofrecen a la venta: caramelos, pastillas, dulces de coco y cigarrillos que venden por unidades. Pasa el tiempo y se mezcla con el criollo, hablado por voces de todas las edades. Y también se mezcla con la música. En San Vicente, en Mindelo, en Cabo verde hay música por doquier.

Hablé con Cesaria Evora por primera vez en 1998 en la ciudad de Praia, tras un concierto en la Asamblea nacional. Yo era un profesor de portugués de 24 años, que comenzaba a hablar criollo, y ella, lógicamente, era Cesaria Evora en todo su esplendor. Hablamos de Portugal. Ella pronunció ese nombre y, después, dijo algunas cosas sobre la forma en las que yo utilizaba palabras del criollo badiu (hablado en Praia) y del criollo sampadjudo (de Mindelo). Creo que me sonreí educadamente, pero sólo entendí sus palabras algunos meses después. Fue también en esa ocasión cuando pedí a Cesaria Evora que me me dedicase un disco. Ella me miró con aquellos ojos, cogió el disco y, despacio, escribió su nombre.

Los domingos, en Cabo Verde, tenía un vecino que colocaba unos altavoces en el tejado sin terminar de su casa y ponía discos de Cesaria Evora para que los escuchase toda la gente. Eran los días en los que el vecino recibía amigos de todas partes, familiares y gente que llegaba con alguna carne para la parrilla o que, por lo menos, traía ganas de comer y de beber cerveza portuguesa helada. También yo pasaba las tardes del domingo hablando, comiendo morena frita y riéndome sin parar. Oíamos las mismas canciones una y otra vez. Al final de la tarde, cuando se iban levantando las sombras, le pedía alguna chica que bailase conmigo. Esos bailes eran una especie de abrazos. Y la voz de Cesaria siempre estaba presente, imprescindible y perfecta, extendiéndose hasta el océano, al que parecía tocar con su magia.

Cesaria Evora forma parte de Cabo Verde, exactamente como si fuese la undécima isla del archipiélago que llegó tan lejos a través de su voz. De la misma manera, Cabo verde siempre formó parte de Cesaria Evora. En su voz cantada está presente el cielo inmenso sobre el Monte Cara, toda la bahía de Mindelo, la inmensa saudade de todos los caboverdianos y la esperanza entera de un pueblo. En su voz está presente un "pequeño país". O por decirlo exactamente con las palabras que Cesaria cantó, "diez granitos de tierra esparcidos en medio del mar". Ahora, gracias a la sabiduría de su interpretación, gracias a la belleza de su sensibilidad, descubrimos ese país dentro de nosotros y vemos que está hecho de todo el afecto que la voz de Cesaria es capaz de albergar. Para oírlo no necesitamos altavoces en los tejados. Basta con cerrar los ojos. Ella está siempre ahí. Como las personas que, despacio, muy despacio, atraviesan la Praça Nova. Como las olas que rompen en la playa de Laginha.

José Luís Peixoto

Jornal El Mundo

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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

É FARTAR VILANAGEM!

António Lobo Xavier

Administrador não executivo da Sonaecom, da Mota-Engil e do BPI, António Lobo Xavier auferiu 83 mil euros no ano passado (não está contemplado o salário na operadora de telecomunicações, já que não consta do relatório da empresa). Tendo estado presente em 22 encontros dos conselhos de administração destas empresas, o advogado ganhou, por reunião, mais de 3700 euros.

Estes é um dos indivíduos que vai rotineiramente à televisão explicar aos portugueses a necessidade de sacrifícios e de redução de salários...


José Pedro Aguiar-Branco

O ex-vice presidente do PSD José Pedro Aguiar-Branco e agora ministro da defesa é outro dos "campeões" dos cargos nas cotadas nacionais. O advogado é presidente da mesa da Semapa (que não divulga o salário do advogado), da Portucel e da Impresa, entre vários outros cargos. Por duas AG em 2009, Aguiar-Branco recebeu 8 080 euros, ou seja, 4 040 por reunião.

Estes é um dos indivíduos que vai rotineiramente à televisão explicar aos portugueses a necessidade de sacrifícios e de redução de salários... E agora é Ministro da Defesa.

António Nogueira Leite

Segue-se António Nogueira Leite, que é administrador não executivo na Brisa, EDP Renováveis e Reditus, entre outros cargos. O economista recebeu 193 mil euros, estando presente em 36 encontros destas companhias. O que corresponde a mais de 5 300 euros por reunião.

Estes é um dos indivíduos que vai rotineiramente à televisão explicar aos portugueses a necessidade de sacrifícios e de redução de salários...


João Vieira Castro

O segundo mais bem pago por reunião é João Vieira Castro (na infografia, a ordem é pelo total de salário). O advogado recebeu, em 2009, 45 mil euros por apenas quatro reuniões, já que é presidente da mesa da assembleia geral do BPI, da Jerónimo Martins, da Sonaecom e da Sonae Indústria.



Daniel Proença de Carvalho


Proença de Carvalho é o responsável com mais cargos entre os administradores não executivos das companhias do PSI-20, e também o mais bem pago. O advogado é presidente do conselho de administração da Zon, é membro da comissão de remunerações do BES, vice-presidente da mesa da assembleia geral da CGD e presidente da mesa na Galp Energia. E estes são apenas os cargos em empresas cotadas, já que Proença de Carvalho desempenha funções semelhantes em mais de 30 empresas. Considerando apenas estas quatro empresas (já que só é possível saber a remuneração em empresas cotadas em bolsa), o advogado recebeu 252 mil euros. Tendo em conta que esteve presente em 16 reuniões, Proença de Carvalho recebeu, em média e em 2009, 15,8 mil euros por reunião.


Estes é um dos indivíduos que vai rotineiramente à televisão explicar aos portugueses a necessidade de sacrifícios e de redução de salários...



Convém recordar: Gestores não executivos recebem 7 400 euros por reunião!!!
Embora não desempenhem cargos de gestão, administradores são bem pagos.

Por cada reunião do conselho de administração das cotadas do PSI--20, os administradores não executivos - ou seja, sem funções de gestão - receberam 7427 euros. Segundo contas feitas pelo DN, tendo em conta os responsáveis que ocupam mais cargos deste tipo, esta foi a média de salário obtido em 2009. Daniel Proença de Carvalho, António Nogueira Leite, José Pedro Aguiar-Branco, António Lobo Xavier e João Vieira Castro são os "campeões" deste tipo de funções nas cotadas, sendo que o salário varia conforme as empresas em que trabalham.


Estes são alguns dos indivíduos que vão rotineiramente à televisão explicar aos portugueses a necessidade de sacrifícios e de redução de salários...



Vencimentos com valores médios em termos de carreira...

  • G.N.R...............€ 800,00 - Para arriscar a vida.
  • Bombeiro...........€ 960,00 - Para salvar vidas.
  • Professor...........€ 930,00 - Para preparar para a vida.
  • Médico...........€ 2.260,00 - Para manter a vida.
  • Deputado...... € 6.700,00 - Para nos lixar a vida.


Todos os ''governantes'' [a saber, os que se governam...] de Portugal falam em cortes de despesas - mas não dizem quais - e aumentos de impostos a pagar.


Nenhum governante fala em:

  1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três ex-Presidentes da República.
  2. Redução do número de deputados da Assembleia da República para 80, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode.
  3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego.
  4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.
  5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? e se não são verificados como podem ser auditados?
  6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821.
  7. Redução drástica das Juntas de Freguesia. Acabar com o pagamento de 200 euros por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 euros nas Juntas de Freguesia.
  8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades.
  9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País.
  10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes...
  11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos.
  12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.
  13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis.
  14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. HÁ QUADROS (directores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES, QUE NÃO NOS DÁ COISA PÚBLICA.
  15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCIPESCAMENTE PAGOS... pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder.
  16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar.
  17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.
  18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP.
  19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos, onde quer que estejam e por aí fora.
  20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.
  21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.
  22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).
  23. Assim e desta forma, Sr. Ministro das Finanças, recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado.
  24. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP (Parcerias Público Privado), que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem".
  25. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam;
  26. Controlar rigorosamente toda a actividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise".
  27. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida.
  28. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.
  29. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.
  30. Pôr os Bancos a pagar impostos.


[Recebido por email]

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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

OS "TEMPOS" ESTÃO NA MESMA?


A menina da fotografia cresceu e chama-se Maria da Conceição Tina saiu no Público esta semana.
Patrícia Carvalho pegou no depoimento da hoje mulher e professora que nos anos 60 foi a menina retratada por Gerard Bloncourt numa fotografia ícone da emigração portuguesa em França e teve aquele toque de génio que faz a jornalista desaparecer do texto e dar-lhe a magia de um depoimento.

É uma pequena obra-prima: está ali a História, do que fomos e somos, a beleza de uma mulher que se abre revelando a memória, a teia que força hoje a sua filha desempregada a emigrar (as repetições na História são ambas tragédias), conta-nos como a mulher só este ano se soube a menina retratada e fotografa-lhe a vida que foi a de tantas meninas e meninos, nem todos com um final quase feliz.

Parabéns a Patrícia Carvalho, a Gerard Bloncourt e a Maria da Conceição Tina, e deixo-vos aqui o pdf para que estas páginas circulem pela rede, partilhem, partilhem sff, num tempo de cinzas há sempre um raio de sol onde a vida da gente também sai no jornal.

Ler na integra: A menina da fotografia


J.J.C.

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