quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

JOSÉ LUÍS PEIXOTO NOS EUA [ II ]

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

PROTESTO DA GERAÇÃO À RASCA [ II ]

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sábado, 19 de fevereiro de 2011

PROTESTO DA GERAÇÃO À RASCA



João Espadinha




Manifesto

Nós, desempregados, “quinhentoseuristas” e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos de Portugal.

Nós, que até agora compactuámos com esta condição, estamos aqui, hoje, para dar o nosso contributo no sentido de desencadear uma mudança qualitativa do país. Estamos aqui, hoje, porque não podemos continuar a aceitar a situação precária para a qual fomos arrastados. Estamos aqui, hoje, porque nos esforçamos diariamente para merecer um futuro digno, com estabilidade e segurança em todas as áreas da nossa vida.

Protestamos para que todos os responsáveis pela nossa actual situação de incerteza – políticos, empregadores e nós mesmos – actuem em conjunto para uma alteração rápida desta realidade, que se tornou insustentável.

Caso contrário:

a) Defrauda-se o presente, por não termos a oportunidade de concretizar o nosso potencial, bloqueando a melhoria das condições económicas e sociais do país. Desperdiçam-se as aspirações de toda uma geração, que não pode prosperar.

b) Insulta-se o passado, porque as gerações anteriores trabalharam pelo nosso acesso à educação, pela nossa segurança, pelos nossos direitos laborais e pela nossa liberdade. Desperdiçam-se décadas de esforço, investimento e dedicação.

c) Hipoteca-se o futuro, que se vislumbra sem educação de qualidade para todos e sem reformas justas para aqueles que trabalham toda a vida. Desperdiçam-se os recursos e competências que poderiam levar o país ao sucesso económico.

Somos a geração com o maior nível de formação na história do país. Por isso, não nos deixamos abater pelo cansaço, nem pela frustração, nem pela falta de perspectivas. Acreditamos que temos os recursos e as ferramentas para dar um futuro melhor a nós mesmos e a Portugal.

Não protestamos contra as outras gerações. Apenas não estamos, nem queremos estar à espera que os problemas se resolvam. Protestamos por uma solução e queremos ser parte dela
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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

GRITO DE REVOLTA!


Sou uma jovem de 27 anos e comecei a trabalhar aos 16 anos. Já trabalhei numa sapataria, em lojas, numa parafarmácia e em call centers. Em todos estes trabalhos fui bem sucedida, visto ser, e citando colegas e chefes uma pessoa inteligente, trabalhadora e atenciosa. Claro que falta dizer que nunca deixei de estudar por isso, todos estes trabalhos foram em part-time e trabalhos de férias para ajudar a pagar os estudos: Licenciei-me com boa nota e concluí um Mestrado com melhor média ainda. E posso dizer que deu bastante trabalho. Acabado o mestrado consegui trabalho durante quase um ano como bolseira de investigação científica. Trabalho duro, para quem não sabe, pois além de exigir muito mentalmente, também é fisicamente exigente, tendo mesmo tido vários dias de trabalho de 13 horas, alguns fins de semana e ainda levava trabalho para casa (trabalho este sempre feito com vontade, sem nenhum queixume). Terminados os primeiros meses deste contracto foi renovado por mais 4 meses. Terminado este período deixou de haver dinheiro para renovar contracto e fiquei desempregada.

Sempre vivi em casa da minha mãe (que é mãe solteira e não é rica), e nos últimos meses fui ajudando com uma parte do meu ordenado (bolsa).
Agora estou desempregada e não posso ajudá-la, em vez disso sou eu quem precisa de ajuda. Nunca tive direito a qualquer subsídio, nem de desemprego, pois como bolseira não tenho direito a nada disso. Nos anteriores trabalhos nunca tive acesso a um contracto superior a 6 meses, pelo que apesar de já ter descontado para a segurança social, nunca tive direito a subsídio de desemprego.

Procuro activamente trabalho, vou fazendo pequenos trabalhos mal pagos para me manter (dobrar circulares, etc). Tentei arranjar trabalho em lojas (não é um sonho, mas até as coisas se ‘endireitarem’) mas não consegui porque, apesar de ter alguma experiência, tenho demasiadas qualificações e sou olhada com alguma reserva pelas gerentes e funcionárias. Nem para trabalhar nas limpezas me querem, mesmo sabendo eu limpar e passar a ferro (coisas que sempre fiz em casa desde os meus 13 anos).
Entretanto fiz alguns pequenos cursos de formação profissional para adquirir novas competências. Fazer outra licenciatura está fora de questão porque não há dinheiro e, com esta idade eu preciso é de trabalhar para poder construir a minha vida!
Não tenho carro (é uma despesa fixa que não posso pagar).
Não posso casar.
Não posso pedir um empréstimo.
Até tenho ideias de negócio mas não me concedem empréstimo: não tenho bens nem fiador.
Não posso ainda ser mãe.

Além de tudo isto e a contribuir para a minha revolta, sempre que vou a qualquer repartição pública vejo: pessoas (efectivas) que não trabalham bem, nem se esforçam por melhorar, atendem mal as pessoas e têm limitações a vários níveis.
Não falam línguas, não percebem quase nada de informática, não se actualizam e, muitas vezes, nem percebem muito do que estão a fazer.
Ora, posto isto... não quero ouvir comentários do género: eles que se façam mas é à vida... que só por serem licenciados querem grandes empregos, que estes jovens não trabalham e só querem viver à custa dos pais!
Por mais que existam alguns jovens assim são, de facto, uma pequena minoria e tal argumento não deveria servir para ANIQUILAR UMA GERAÇÃO INTEIRA!
Falam de pessoas que se fizeram uma licenciatura, se esforçaram de alguma maneira para ter uma vida condigna ...uma VIDA À QUAL TÊM DIREITO... pessoas que se têm esforçado até então e nunca tiveram direito a nada!
Não estamos a falar de pessoas que nunca quiseram fazer nada na vida, nem que se encostam a subsídios de inserção social ou de desemprego, que nunca se quiseram esforçar porque estão bem como estão.
Toda a minha vida me esforcei (e vi a minha família esforçar-se), toda a minha vida trabalhei para poder vir a ter algo mais que uma vida em casa da mãe... em todos os trabalhos que fiz, fi-los o melhor possível, mesmo não gostando do que estava a fazer. Sou supostamente inteligente (com um QI de 151, querendo isto dizer o que quer que seja...) mas pelos vistos não sou é ESPERTA!
Porque apesar de todo o esforço, nunca tive direito a nada! E ainda penso em ir trabalhar para fora.
Mas até para isso tenho que primeiro arranjar um trabalho qualquer por cá para poupar algum dinheiro, para não ir sem nada – porque NADA é o que eu tenho!

Que país é este onde além de não haver um único governante confiável ... ainda tenho de ver e ouvir comentários estúpidos de pessoas que vêm a realidade de uma forma deturpada, ora através de lindos óculos cor de rosa: jovens façam mas é outra licenciatura, e outra, e mais outra...pode ser que acertem; ora de alguém que certamente ocupa um cargo quentinho qualquer: não tenho nenhuma formação em particular, terminei o meu 10º ano, arranjei um taxo e aqui fiquei...nem tive de me preocupar ... e daqui vocês não me podem tirar...não é que eu seja muito bom profissional mas... tenho os meus direitos laborais de EFECTIVO... enfim...
Em suma, que país (e que gente) de merda! ... e não peço desculpa pela indelicadeza!
Eu tenho direito a construir uma vida, tenho direito a ter um emprego condigno que me permita fazer planos a um prazo mais longo do que os 3 meses de um contracto num call center qualquer... tenho direito a poder ter a minha casa ... tenho direito a poder ser mãe... tenho direito a poder VIVER!
E são estes os direitos FUNDAMENTAIS que estão a negar a uma geração inteira!
Já não posso mais.
É TEMPO DE AGIR!

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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

NÃO CUSTA NADA

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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

JOSÉ LUÍS PEIXOTO NOS EUA

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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

PLANTAÇÃO DE ÁRVORES EM PONTE DE SOR


QUERCUS - Associação Nacional de Conservação da Natureza
Núcleo Regional de Portalegre
Apartado 163,
7301- 901 PORTALEGRE,
Telefs: 96 010 70 80 / 96 020 70 80

Actividade: Plantação de árvores autóctones - "Projecto Criar Bosques" http://criarbosques.wordpress.com/
Objectivo: Proceder à retancha (replantação) de árvores, em locais onde as mesmas não resistiram à primeira época estival
Data: Sábado dia 12 de Fevereiro de 2011
Hora: 9h em Évora;
10h em Avis;
10.30h em Ponte de Sôr (ver abaixo Pontos de encontro)
Local: Casal de Vale de Salteiros (freguesia de Longomel; concelho de Ponte de Sor)

Pontos de encontro:
- em Évora: às 9h, no Rossio em frente ao portão do Jardim das Laranjeiras;
- em Avis: às 10 h, no jardim em frente da Escola B23 Mestre de Avis;
- em Ponte de Sor: às 10h.30m, em frente à Rodoviária Nacional

Inscrições: até 10/2/11 através dos contactos do Núcleo Regional de Portalegre

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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

É ASSIM?

Se imagina que para constituir uma empresa e criar emprego basta ligar o computador e recorrer à empresa na hora e pagar a respectiva taxa de 300 € desengane-se, esse é o princípio da via sacra em que se mete.


Tudo começa com a obrigação de ter essa personagem estranha que é o técnico oficial de contas, com honorários devidamente protegidos pela mais absurda das ordens portuguesas.
A empresa ainda mal tem nome e já tem um empregado sem nada que fazer que mas cobra pontualmente os seus honorários.
A partir deste momento passa a ser alvo do olhar atento dos fiscais do fisco e da segurança social, ainda não produz nem tem receitas mas já é mais uma ovelha do imenso rebanho que paga impostos.

Depois começa a via sacra das licenças com os projectos a terem de ser aprovados por não sei quantas autoridades, todas elas cheias de vontade de cobrar taxas, fazer inspecções, avaliar projectos e encontrar motivos para os chumbar, promovendo o reinício de todo os processo para que caia algum e se cobrem mais taxas para aconchegar os orçamentos apertados pela austeridade.
Muito antes de ter iniciado qualquer actividade empresarial já se desesperou a pagar honorários, taxas, licenças e multas, isso se não tiver sido extorquido por funcionários zelosos sempre dispostos a encontrar uma boa solução.

É evidente que tem soluções mais fáceis, a primeira é muito simplesmente iniciar a actividade sem licenças, sem empresa constituída, sem técnico oficiais de contas e sem pagar impostos, entra para um mercado paralelo cada vez maior.
A não ser que se descuide e seja apanhado por algum controlo na estrada, pouco provável pois há muito que a Guarda Fiscal foi destruída e as Alfândegas estão a caminho disso, corre poucos riscos, as entidades fiscalizadoras só fiscalizam o rebanho manso que cumpre as regras.
Além disso, quando for apanhado já poupou muitas dores de cabeça e com alguma sorte ainda é apanhado por alguém que logo de seguida se manifesta empenhado em ajudá-lo, é preferível ser apanhado na ilegalidade depois de ter enriquecido do que ir à falência por ter optado pelo penoso caminho da legalidade.

No mercado paralelo não há impostos, taxas licenças, inspecções por tudo e por nada, e organismos como o fisco, a segurança social e as asaes já não têm mãos a medir para cuidar das taxas, impostos e licenças a pagar pelos que optaram por se entregar aos seus cuidados.
Poupa ainda em delegados sindicais, advogados, notários e mais uma infinidade de profissionais muito úteis que vivem à custa da economia.

Uma segunda alternativa é ser um grande investidor estrangeiro, nesse caso tem direito a mordomias governamentais, tudo é autorizado num instante, beneficia ainda de prioridade na avaliação dos projectos, a isenções fiscais e com algum jeito ainda recebe uns subsídios.
Os políticos, no poder ou da oposição, empenhar-se-ão no seu sucesso e até assegurarão normas simpáticas para quando a coisa der para o torto, estarão presentes nas inaugurações, o fisco será macio e as asaes não lhe invadem as instalações com ninjas.

Em Portugal fala-se muito em criar emprego mas tem-se muito pouca consideração por quem o cria.


JUM

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