COMO VAI ISTO?
O Ministro das Finanças deu a entender que estava disposto a fazer marcha-atrás.
Mas passadas duas horas era o Ministro das Obras Públicas que vinha convocar uma inútil e burra conferência de imprensa para dizer que as obras públicas, a febre dos carris, do betão e do alcatrão não iriam parar. Abdicariam de um troço de uma auto-estrada. Bem: a auto-estrada do Pinhal foi adjudicada, à mesma hora em que Passos era apanhado na toca do Coelho pelo animal feroz Sócrates.
Aquilo vai custar 1200 milhões de euros (ameaços não incluídos, isto é: as inevitáveis alterações de obra. Ponham nisso mais 40 por cento!). E hoje o ministro Teixeira dos Santos vinha em tom de lamento dizer que não se podia adiar a obra porque foi adjudicada.
Só não disse que tinha sido ontem e nenhum daqueles jornalistas (?) estafetas teve a coragem ou o saber para lhe perguntar porque tinha então ele assinado ontem. A verdade é que este governo tem uma obsessão doentia por estes investimentos.
É a verdadeira corrida para o abismo.
Como se eu fosse comprar um Porsche novinho ou semi-novinho sabendo que não conseguiria pagá-lo em 10 anos, nem em 10 meses. Portanto meus caros.
Preparemo-nos para o pior.
Um governo que não corta na despesa pública e que hoje dava como exemplo caricato cortar 20% nas chamadas dos telemóveis do Estado é de uma risada sem fim e de um pranto sem fim.
Claro que vão usar a velha fórmula: não há dinheiro?
Aumentam-se os impostos, cortam-se uns pós nos subsídios de uns desgraçados sem emprego, irritam-se uns calões que se despedem para poderem viver de férias durante dois anos, insultam-se uns gestores, caluniam-se as poucas empresas que dão lucro e mantemos as empresas que deixam um rasto de milhões de euros de passivo enquanto os sindicalistas dessas mesmas empresas se entretêm a fazer greves, assediados por sindicatos irresponsáveis.
Entretanto o Presidente da República vai este fim-de-semana para uma jornada de jovens gastrónomos algures no país das maravilhas.
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