PONTE DO SOR
PONTE DO SOR, UM ESPAÇO DE LIBERDADE BANHADO PELO RIO SOR
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
O CALIMERO DA PONTE DE SOR...
Sem surpresa, a entrevista ao Presidente da Câmara de Ponte
de Sor na edição de Setembro do Jornal A Ponte, comprova que tudo o que esteja
para lá do seu universo, não orbite à sua volta, ou contraponha a sua política,
é mau!
Na prática, é o conceito e o reflexo de uma organização de Estado
centrada no Ditador.
Para memória futura, ainda que o entrevistado não mereça
créditos desmedidos, importa salientar meia-dúzia de frases-chave que
caracterizam a sua imagem de “democrata” de longa data que busca o consenso
político, como afirma.
Tudo está mal para além do “seu” universo: é a Procuradora
do Ministério Público de Ponte de Sor que condenou o Presidente da CM e contra
a qual este apresentou queixa; é o Banco Santander Totta que se viu envolvido
num ainda pouco esclarecido produto financeiro subscrito pelo próprio
entrevistado; são os secretários de estado da administração local, “o anterior
e este”, “indignos para os cargos que ocupam”; é o não resolvido caso de
indigência em Foros de Arrão; é o responsável do IHRU que também é “indigno
para o cargo que ocupa”; é a desonestidade de António Prates e da sua Fundação,
na qual o entrevistado integra ou integrava os próprios corpos sociais…
Questionado sobre o confronto de ideias e entendimentos em
democracia, o entrevistado, na esfera da “sua” verdade, única e inquestionável,
atropela-se nos argumentos e na doentia deturpação de factos, insistindo que
tem “dificuldade em reconhecer mérito à oposição”, porque ”diz não a tudo,
porque ”diz que tudo está mal”, concluindo que a “oposição nunca buscou esse
entendimento [o dele, claro está!], nem “procurou ser esclarecida”, avisando,
de passagem, que se o Vereador do PSD tivesse a mesma postura [a dele, claro
está!] “teria exactamente o mesmo comportamento em relação a eles” [vereadores
CDU].
Porque para a mentira ser segura tem que ter alguma coisa de
verdade, propositadamente não referiu o número de votos favoráveis da CDU, as
suas declarações de voto ou os requerimentos, perguntas e propostas
apresentadas durante o mandato.
O Jornal volta a insistir se é por isso que retirou das
reuniões da CM o período de antes da ordem do dia…
Para o Presidente da Câmara de Ponte de Sor, no espírito
comezinho do seu ADN democrático, os Vereadores CDU na Câmara Municipal de
Ponte de Sor são alvos a abater, ou não
fosse a CDU, com um programa e intervenção sérios, a alternativa credível para
a gestão autárquica em Ponte de Sor.
Perante este breve exercício, tenho sérias dúvidas sobre
quem é a “oposição totalitária”… Há pois que desconfiar de certos tiques
congénitos e apurar as causas para os medos dos seus próprios demónios.
João Pedro Amante
Etiquetas: Câmara Municipal de Ponte de Sor, Ponte de Sor, Vigaristas do Partido Socialista de Ponte de Sor
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
ESTA HISTÓRIA NÃO ACABA ASSIM
Os erros de Pedro Passos Coelho estão listados.
É dele e só
dele a responsabilidade da crise política que desaba.
É dele e só dele o romper
abrupto da estabilidade social que acumulava quinze meses de austeridade
tolerada. Passos Coelho errou em tudo.
No que decidiu, no que comunicou, no que
não fez, até na atitude desleal demonstrada na sua última oportunidade.
Na
entrevista à RTP, os portugueses quiseram ouvi-lo – foi das entrevistas com
mais audiência dos últimos anos.
Mas o primeiro-ministro voltou a exibir
insensibilidade e incoerência, ao culpar os portugueses pela recessão, tinham
consumido menos do que era esperado.
Como escreveu Manuel Esteves, somos
agora acusados de viver abaixo das nossas possibilidades.
Como sintetizou
Teresa de Sousa, Passos disse que, afinal, o Governo cumpriu, os portugueses
não.
As manifestações de Sábado foram muito mais do que
numerosas.
A tensão e raiva que lá se sentia fizeram das manifestações do 12 de
Março (há um ano e meio) uma caminhada pela paz e amor.
Nestas, pedia-se
justiça, demissões, convulsões.
Cada pessoa a quem se perguntava "por que
razão está aqui?" respondia com o seu próprio drama.
Muitas de lágrimas
dos olhos.
E agora?
"E agora?" é uma das perguntas que os cépticos das
manifestações, e alguns amnésicos sobre o que é a sociedade, costumam perguntar
no fim.
Como se uma manifestação tivesse apenas dois propósitos: enrolar as
bandeiras ou usá-las para partir montras.
Errado.
Os manifestantes é que
perguntam, exigem, "e agora?". É Passos Coelho quem tem agora de
responder.
O Governo responde com ameaça de cisão. Paulo Portas
respondeu com cinismo a Passos Coelho, dando sequência ao processo de
autodestruição da coligação. O pior cenário que temos pela frente é o de
eleições, mas deixar apodrecer um Governo de traidores é como usar uma máscara
de farinha ao vento.
É altura de Cavaco Silva intervir. E resolver.
Passos Coelho já perdeu esta luta porque já perdeu todas.
A
própria "chamada" de Cavaco Silva a Vítor Gaspar ao Conselho de
Estado, tornada pública, é um atestado de menoridade e um insulto ao
primeiro-ministro.
Cavaco chamou "quem sabe" e quem sabe é Gaspar.
É
esta a mensagem.
Da manifestação de 15 de Setembro à apresentação da proposta
do Orçamento do Estado decorrerá precisamente um mês.
Já não é possível
reconstituir o que havia colando os cacos, mas é preciso reerguer algo.
O
aumento da taxa social única para os trabalhadores tem de cair.
Até porque,
como disse ontem Maria João Rodrigues, há alternativas.
Mesmo sendo
alternativas de austeridade.
Este é o principal dano provocado pelo Governo: ter
destruído a disponibilidade para a dor que existia, porque vigorava o
sentimento de que este era um caminho duro mas de injustiça justamente
distribuída. Esse selo foi quebrado, irremediavelmente.
Como perguntou José
Gomes Ferreira, como vão ser agora aceites as próximas medidas de austeridade,
que obviamente surgirão daqui até 15 de Outubro?
Porque disso não nos livramos.
Depois das medidas extraordinárias deste ano (que incluem a concessão da ANA, em
vez de privatização), há um ror de austeridade para 2013 que não poderemos
evitar.
Os cortes na Função Pública e nos pensionistas, os impostos para
trabalhadores.
Na delirante mensagem que deixou vai para dez dias no
Facebook, o amigo, cidadão e pai Pedro escreveu uma frase certa:
"Esta
história não acaba assim".
Pois não.
Acabará de outra maneira.
Acaba mal
para Passos Coelho.
Mas não pode acabar mal para o País.
Pedro Santos Guerreiro
Etiquetas: Portugal Setembro de 2012
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
É JÁ SÁBADO
Assistir ao trabalho dos criados do capital é deprimente, mas a falta de esperança é irmã gémea da falta de coragem.
As razões para a indignação são demasiadas.
É preciso gritar. No dia 15 de Setembro, quem ficar calado não tem razão.
José Luís Peixoto
Etiquetas: 15 de Setembro, José Luís Peixoto
terça-feira, 11 de setembro de 2012
...P O R T U G A L...
Antero
Etiquetas: Economia, Portugal Setembro de 2012, Portugal um País de Bananas Governado por Sacanas
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
AINDA SE NÃO APERCEBERAM?
A troika diz que apenas apresenta o esboço, e que as
decisões são tomadas pelo Governo. Passos Coelho já nos havia advertido que
fora para lá do que a troika exigira. Fizera-o em nome da prevenção e a fim de
tranquilizar os "mercados."
Os "mercados" têm servido para
toda a espécie de embustes e de dissimulações, porque o pretendido é mascarar a
crise alargada que o capitalismo atravessa.
Bem gostaria de assistir a uma
palestra ou ler um artigo de qualquer economista sério que nos esclarecesse da
natureza exacta da crise.
Dizem eles que a natureza exacta é sempre difícil de
clarificar. E andamos nesta roda de balbúrdia atrás de balbúrdia, estando nós
no meio dela.
A ideologia neoliberal tem-se expandido, com panegiristas
não só entre os economistas "modernos", para os quais a ética é,
somente, uma experiência anacrónica, como em certos sectores jornalísticos.
Não
é inocente a citação constante do "Financial Times", cuja influência,
manifestamente, suplantou a do "The Wall Street Journal."
Numa época
em que a incerteza é dominante, o conflito acerca das debilidades da democracia
serve, objectivamente, os prosélitos do neoliberalismo.
Não será significativo
que, no caso português, poucas vezes a democracia seja objecto de estudo e de
defesa, e que uma tendência para branqueamento do fascismo tenha, por exemplo,
suscitado, na Imprensa, um sururu que está longe de ser uma polémica por
notória deficiência intelectual de uma das partes?
Fernando Rosas, com a
inteligência que se lhe reconhece, e a rectidão cultural de que é tributário,
fez editar, no "Público" de anteontem, um notável artigo, no qual põe
as coisas em pratos limpos e chama aos animais os nomes que os animais merecem.
A ideologia neoliberal é uma aberração, que põe em questão
os fundamentos da própria democracia, não para a melhorar, sim para a destruir.
Em Portugal, a I República tem servido de pretexto para se elogiar o
salazarismo, velada ou declaradamente.
Pode um inimigo da República situar-se
num plano de equilíbrio para analisar o assunto?
E o louvor do salazarismo não
será, ele também, um modo comparativo de se enxovalhar a democracia?
As
dificuldades extremas por que passamos, nesta fase histórica, não propiciam aos
historiadores (com aspas e sem aspas), um discurso factual que ilumine e
clarifique as origens dos nossos contratempos.
Os partidos "de poder" estão cada vez mais
desacreditados, e os políticos que os representam perderam, completamente, a caução
da nossa confiança.
Que fazer?
Vejamos: na luta contra o fascismo, o
antifascismo não foi, simplesmente, uma batalha ideológica.
Foram criadas as
condições para a criação de uma frente moral, que conglomerou a nata da cultura
portuguesa, a diversidade das opiniões partidárias, e o desgosto acentuado das
populações.
Não estará na hora de se recuperar essa grande tradição?
O descontentamento generalizado das pessoas terá de levar
àquilo que Mário Soares designou de "levantamento patriótico",
correspondente a essa frente moral que abalou os alicerces do salazarismo.
Estamos numa dilemática encruzilhada histórica. E não
podemos, nem devemos permitir que esta monumental manobra ideológica, muito bem
preparada e organizada, consiga alcançar as rupturas carismáticas, entre a
legalidade constituída, de forma que obtenha resultados definitivos.
Esta gente
tenta fazer com que o abandono emocional se transforme em permanente estado de
espírito. O sobressalto cívico de que precisamos, para sacudir esta fatal letargia,
não tem sido acompanhado, essa é que é a verdade, pelos escritores, pelos
jornalistas livres, pelos artistas.
O ataque à RTP e à RDP é um dos aspectos da
ofensiva que se estrutura.
Está em causa a nossa sobrevivência como nação, como povo,
como entidade cultural.
Será que ainda se não aperceberam do que está em jogo, e das
terríveis ameaças que sobre todos nós pairam?
B.B.
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